Módulo 5: As Classes Gramaticais: advérbio entre outras
Para que continuemos nossos estudos é preciso avançar na retomada de outras classes gramaticais:
Advérbio;
Pronome;
Numeral;
Preposição;
Conjunção; e
Interjeição.
Vamos começar?
O advérbio é a classe de palavras que modifica o verbo.
Quanto à tipologia os advérbios possuem sete agrupamentos distintos, os quais valem à pena serem lembrados:
a) De lugar: longe, perto aqui, ali, lá, acolá, à esquerda, à direita, entre outros.
b) De tempo: hoje, ontem, amanhã, jamais, já, agora, às vezes, breve, entre outros.
c) De modo: bem, mal, pior, melhor e a maioria dos advérbios terminados em "mente" – fortemente, calmamente, suavemente, diabolicamente.
d) De negação: não, tampouco, de forma alguma, nem pensar, entre outros.
e) De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, entre outros.
f) De afirmação: sim, é claro, obviamente, sem dúvida, entre outros.
g) De intensidade: muito, pouco bastante, menos mais, entre outros.
Ainda devemos mencionar que existem outros quatro advérbios, chamados interrogativos, pois ocorrem nas sentenças com interrogações diretas ou indiretas, são eles:
a) De lugar: onde
b) De tempo: quando
c) De modo: como
d) De causa: por quê
O advérbio não é flexionado em gênero ou número, apenas em grau, superlativo e comparativo.
Será superlativo sintético quando verificarmos um aumento com relação ao contexto, junto ao acréscimo de outro advérbio, conforme:
A loja estabeleceu-se aqui perto.
Será superlativo analítico quando o advérbio for acrescido de um sufixo,
A loja estabeleceu-se pertíssimo.
Será comparativo quando existir uma comparação real tem três níveis, de superioridade, de igualdade e de inferioridade, exatamente como acontece no adjetivo:
A loja estabeleceu-se mais longe do que aquela.
A loja estabeleceu-se tão longe quanto aquela.
A loja estabeleceu-se menos longe do que aquela.
O pronome é a classe de palavras que acompanha ou substitui o substantivo.
Existem vários tipos de pronomes. Os pronomes pessoais, indicativo das pessoas do discurso, podem ser do caso reto ou oblíquo. Serão do caso reto quando tiverem a função de sujeito da oração, e do caso oblíquo quando funcionarem como um complemento dela.
Observemos o quadro:
Número/Pessoa | Pronomes retos | Pronomes oblíquos | |
1ª. P. singular 2ª. P. singular 3ª. P. singular 1ª. P. plural 2ª. P. plural 3ª. P. plural |
eu tu ele/ela nós vós eles/elas ÁTONOS |
me te o, a, lhe, se nos vos os, as, lhe, se TÔNICOS |
min, comigo ti, contigo ele(a), si, consigo nós, conosco vós, convosco eles(as), si consigo |
1) Ela passeia pelo parque.
(o pronome exerce função de sujeito)
2) Todos os pensamentos passam-lhe despercebidos.
(o pronome exerce função de complemento e substitui passam por ela)
Dentro da classificação dos pronomes pessoais existem ainda os pronomes de tratamento, utilizados para chamar a segunda pessoa do discurso você, vindo de vossa mercê, passando pelo "vosmicê" e, finalmente, você, o mesmo que tu. Não se deve confundir que você designa a segunda pessoa, mas se flexiona como a terceira pessoa do discurso, veja:
Tu vais passear hoje?
Você vai passear hoje?
Dentre todos os pronomes de tratamento, que são muitos, os mais utilizados são:
Vossa Majestade – usado para reis, rainhas e imperadores. (V.M.)
Vossa Alteza – usado para príncipes, duques e arquiduques. (V.A.)
Vossa Santidade – usado para o Papa. (V.S.)
Vossa Eminência – usado para cardeais. (V. Ema.)
Vossa Excelência – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como presidentes, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, advogados, desembargadores, curadores e oficiais generais (até coronéis). (V.Exa.)
Vossa Senhoria – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como funcionários graduados e demais patentes militares, diretores de estabelecimentos federais, estaduais e municipais. (V. Sa.)
Vossa Magnificência – usado para reitores de universidades. (V.M.)
Tome muito cuidado para não criar confusão com os pronomes vossa e sua, pois vossa é indicativo de segunda pessoa, ou seja, com quem se fala e sua é indicativo de terceira pessoa, ou seja, sobre quem se fala, como vemos em:
Vossa Santidade está se sentindo bem?
(Aqui a pessoa está falando com o Papa.)
Sua Santidade não se sentiu bem ao chegar ao Brasil.
(Aqui a pessoa está falando sobre o Papa.)
Além dos pronomes pessoais, utilizados em maior número, existem ainda os pronomes possessivos, indicativos de posse, os demonstrativos, que indicam o posicionamento de uma pessoa em relação às pessoas do discurso:
1ª. P – proximidade de quem fala – tempo presente:
– este(s) – esta(s) – isto –
2ª. P – proximidade de quem escuta – tempo passado ou futuro próximos:
– esse(s) – essa(s) – isso –
3ª. P – distância de quem se fala e de quem escuta – passado remoto:
– aquele(s) –aquela(s) – aquilo.
Outros pronomes muito usados no discurso empresarial são os relativos, pois têm a função de retomar um termo expresso anteriormente ou antecedente. Dentre os relativos existem os chamados variáveis (o qual, cujo, quanto), que se flexionam quanto a número e gênero, e os invariáveis (que, onde e quem).
Os pronomes indefinidos se referem a terceira pessoa do discurso denotando certa imprecisão, dentre seus exemplares os mais usados são: alguém, ninguém ou qualquer. Podem ser divididos em pronomes variáveis e invariáveis, como alguém, ninguém, algo e tudo, dentre outros.
Como diz o nome, a função do pronome interrogativo é formular uma pergunta e nem todos são variáveis, pois que, o mais usado destes pronomes, não varia.
Numerais
O numeral é a classe de palavras que indica quantidade ou posição ocupada por um ser. Os numerais podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos.
Os cardinais são aqueles que demonstram uma quantidade determinada, como um, dois, três, mil, um milhão e se flexionam em gênero, número e grau.
Os ordinais são aqueles que indicam ordem ou posição ocupada; primeiros, terceiro, centésimo, último, penúltimo e antepenúltimo.
Os fracionários indicam partes de um todo, como uma fração ou divisão, assim como: meio, quarto, quinto, milésimo, treze avos.
Os multiplicativos indicam, como já diz o nome, multiplicações, como em: dobro, triplo quádruplo, cêntuplo.
EXEMPLOS:
1) A corporação adquiriu um helicóptero.
2) Fui o penúltimo trabalhador a sair da empresa.
3) A arte de administrar é constituída dois terços por inteligência.
4) Saia daquele emprego porque o emprego atual paga o triplo daquele salário.
PREPOSIÇÕES
Revendo o fragmento do texto em estudo, vemos que as palavras sublinhadas são invariáveis e servem para unir teremos ou orações entre si.
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre, em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano, de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
Existem as preposições essenciais, e mais usadas, no texto destacadas por: em e com e as preposições acidentais, que não nos deteremos aqui. As preposições essenciais podem estar combinadas entre si, é o que percebemos em: no = em+o.
Vejamos todas as preposições essenciais e suas possíveis contrações:
a, ante, até, após,
com, contra,
de desde,
em, entre,
para, per, perante, por
sem, sob, sobre,
trás
As combinações das preposições acontecem, quando existe uma preposição unida à outra palavra de classe distinta, é o caso de:
aos – (preposição a + artigo os).
aonde – (preposição a + advérbio onde).
As contrações acontecem quando na união há a perda de algum elemento fonético, é o caso de:
donde – (preposição de + advérbio onde).
na – (preposição em + artigo a).
Há uma ocorrência de contração que merece destaque, a esta ocorrência chamamos de crase, quando a preposição a se funde ao artigo a e a crase, quando ocorre deve ser marcada pelo sinal gráfico à.
A crase ocorre em maior número em alguns casos específicos:
1) Diante de um substantivo feminino.
EXEMPLO: Vou à França.
2) Diante de um núcleo do objeto direto feminino.
EXEMPLO: Assisti à última leitura de Machado de Assis.
A crase nunca ocorre diante de verbos, sujeito, pronome pessoal, pois não admitem artigos.
A melhor maneira de se tirar dúvidas quanto ao uso da crase é a substituição da palavra feminina por uma maiúscula que peça artigo, se esta não alterar a ideia daquela, usa-se crase.
EXEMPLO: Assisti à última peça de Marília Pêra.
Assisti ao último jogo da seleção.
Os pronomes que também admitem crase são "aquele" e "a qual", bem como suas flexões.
Conjunções
A conjunção, assim como a preposição é uma classe de palavras invariáveis que serve para unir orações ou termos de uma oração, pode ser coordenativa ou subordinativa, veja a diferença:
1) Eu comprei morangos e bananas.
2) Juro que não vai doer se um dia roubar o seu anel de brilhantes... (Rita Lee)
Na primeira sentença tem-se a conjunção "e" que une o termo morangos ao termo bananas, é chamada de coordenativa, diferente da segunda sentença, pois a conjunção "que" mostra claramente que, o fato de o anel ser roubado não vai doer, estar subordinado à oração principal, juro.
Não é o ideal somente decorar as conjunções, como sempre nos tentaram fazer na escola, o que funciona mesmo é entender a ideia que cada um destes conectores tem, para que possamos utilizá-los de maneira eficaz.
Os conectivos mais usados:
Ideia de adição: e, nem.
Ideia de alternância: ou, ora...ora.
Ideia de causa: como, visto que.
Ideia de comparação: como, tal qual.
Ideia de conclusão: logo, então, portanto.
Ideia de condição: se, caso, exceto a menos que.
Ideia de conformidade: conforme, segundo
Ideia de consequência: tal, de modo que.
Ideia de finalidade. a fim de que, para.
Ideia de oposição: mas, porém. (adversativo)
embora, ainda que. (concessivo)
Ideia de proporção: à medida que, ao passo que.
Ideia de tempo: quando, enquanto.
INTERJEIÇÕES
Classe de palavras invariável, utilizada para exprimir emoções, a qual depende totalmente do contexto, pois tem a ver com a entonação.
Sempre ocorre com a presença da pontuação exclamativa.
As interjeições acontecem para exprimir vários tipos de sentimentos distintos e possuem ideias de: advertência, afugentamento, alegria, animação, aplauso, chamamento, desejo, dor, espanto, silêncio e terror.
DICAS IMPORTANTES
Fique esperto:
Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br
BIBLIOGRAFIA:
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
http://soslportuguesa.blogspot.com.br/2011/05/questoes-sobre-adverbios-preposicoes-e.html
http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/pronomes-exercicios-com-gabarito-ii.html
Autoavaliação
1.Complete com "eu" ou "mim":
I - eles chegaram antes de ____ .
II - há algum trabalho para _____ fazer?
III- há algum trabalho para _____ ?
/
IV - ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios;
V- para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa;
2. Complete as lacunas com o pronome adequado:
I. "_____ documento que tens à mão é importante, Pedrinho?
II. ) "A estrada do mar, larga e oscilante _______ sim, o tentava."
III. 3) "Na traseira do caminhão lia-se ________ frase: Tristeza não paga dívida".
IV. 4) "Cuidado, mergulhador, ________ animais são venenosos: a arraia miúda, o peixe-escorpião, a medusa, o mangangá."
3. Vossa Excelência _____ arrependerá de ter traído ______ povo!
Módulo 5: As Classes Gramaticais: advérbio entre outras
Para que continuemos nossos estudos é preciso avançar na retomada de outras classes gramaticais:
Advérbio;
Pronome;
Numeral;
Preposição;
Conjunção; e
Interjeição.
Vamos começar?
O advérbio é a classe de palavras que modifica o verbo.
Quanto à tipologia os advérbios possuem sete agrupamentos distintos, os quais valem à pena serem lembrados:
a) De lugar: longe, perto aqui, ali, lá, acolá, à esquerda, à direita, entre outros.
b) De tempo: hoje, ontem, amanhã, jamais, já, agora, às vezes, breve, entre outros.
c) De modo: bem, mal, pior, melhor e a maioria dos advérbios terminados em "mente" – fortemente, calmamente, suavemente, diabolicamente.
d) De negação: não, tampouco, de forma alguma, nem pensar, entre outros.
e) De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, entre outros.
f) De afirmação: sim, é claro, obviamente, sem dúvida, entre outros.
g) De intensidade: muito, pouco bastante, menos mais, entre outros.
Ainda devemos mencionar que existem outros quatro advérbios, chamados interrogativos, pois ocorrem nas sentenças com interrogações diretas ou indiretas, são eles:
a) De lugar: onde
b) De tempo: quando
c) De modo: como
d) De causa: por quê
O advérbio não é flexionado em gênero ou número, apenas em grau, superlativo e comparativo.
Será superlativo sintético quando verificarmos um aumento com relação ao contexto, junto ao acréscimo de outro advérbio, conforme:
A loja estabeleceu-se aqui perto.
Será superlativo analítico quando o advérbio for acrescido de um sufixo,
A loja estabeleceu-se pertíssimo.
Será comparativo quando existir uma comparação real tem três níveis, de superioridade, de igualdade e de inferioridade, exatamente como acontece no adjetivo:
A loja estabeleceu-se mais longe do que aquela.
A loja estabeleceu-se tão longe quanto aquela.
A loja estabeleceu-se menos longe do que aquela.
O pronome é a classe de palavras que acompanha ou substitui o substantivo.
Existem vários tipos de pronomes. Os pronomes pessoais, indicativo das pessoas do discurso, podem ser do caso reto ou oblíquo. Serão do caso reto quando tiverem a função de sujeito da oração, e do caso oblíquo quando funcionarem como um complemento dela.
Observemos o quadro:
Número/Pessoa | Pronomes retos | Pronomes oblíquos | |
1ª. P. singular 2ª. P. singular 3ª. P. singular 1ª. P. plural 2ª. P. plural 3ª. P. plural |
eu tu ele/ela nós vós eles/elas ÁTONOS |
me te o, a, lhe, se nos vos os, as, lhe, se TÔNICOS |
min, comigo ti, contigo ele(a), si, consigo nós, conosco vós, convosco eles(as), si consigo |
1) Ela passeia pelo parque.
(o pronome exerce função de sujeito)
2) Todos os pensamentos passam-lhe despercebidos.
(o pronome exerce função de complemento e substitui passam por ela)
Dentro da classificação dos pronomes pessoais existem ainda os pronomes de tratamento, utilizados para chamar a segunda pessoa do discurso você, vindo de vossa mercê, passando pelo "vosmicê" e, finalmente, você, o mesmo que tu. Não se deve confundir que você designa a segunda pessoa, mas se flexiona como a terceira pessoa do discurso, veja:
Tu vais passear hoje?
Você vai passear hoje?
Dentre todos os pronomes de tratamento, que são muitos, os mais utilizados são:
Vossa Majestade – usado para reis, rainhas e imperadores. (V.M.)
Vossa Alteza – usado para príncipes, duques e arquiduques. (V.A.)
Vossa Santidade – usado para o Papa. (V.S.)
Vossa Eminência – usado para cardeais. (V. Ema.)
Vossa Excelência – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como presidentes, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, advogados, desembargadores, curadores e oficiais generais (até coronéis). (V.Exa.)
Vossa Senhoria – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como funcionários graduados e demais patentes militares, diretores de estabelecimentos federais, estaduais e municipais. (V. Sa.)
Vossa Magnificência – usado para reitores de universidades. (V.M.)
Tome muito cuidado para não criar confusão com os pronomes vossa e sua, pois vossa é indicativo de segunda pessoa, ou seja, com quem se fala e sua é indicativo de terceira pessoa, ou seja, sobre quem se fala, como vemos em:
Vossa Santidade está se sentindo bem?
(Aqui a pessoa está falando com o Papa.)
Sua Santidade não se sentiu bem ao chegar ao Brasil.
(Aqui a pessoa está falando sobre o Papa.)
Além dos pronomes pessoais, utilizados em maior número, existem ainda os pronomes possessivos, indicativos de posse, os demonstrativos, que indicam o posicionamento de uma pessoa em relação às pessoas do discurso:
1ª. P – proximidade de quem fala – tempo presente:
– este(s) – esta(s) – isto –
2ª. P – proximidade de quem escuta – tempo passado ou futuro próximos:
– esse(s) – essa(s) – isso –
3ª. P – distância de quem se fala e de quem escuta – passado remoto:
– aquele(s) –aquela(s) – aquilo.
Outros pronomes muito usados no discurso empresarial são os relativos, pois têm a função de retomar um termo expresso anteriormente ou antecedente. Dentre os relativos existem os chamados variáveis (o qual, cujo, quanto), que se flexionam quanto a número e gênero, e os invariáveis (que, onde e quem).
Os pronomes indefinidos se referem a terceira pessoa do discurso denotando certa imprecisão, dentre seus exemplares os mais usados são: alguém, ninguém ou qualquer. Podem ser divididos em pronomes variáveis e invariáveis, como alguém, ninguém, algo e tudo, dentre outros.
Como diz o nome, a função do pronome interrogativo é formular uma pergunta e nem todos são variáveis, pois que, o mais usado destes pronomes, não varia.
Numerais
O numeral é a classe de palavras que indica quantidade ou posição ocupada por um ser. Os numerais podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos.
Os cardinais são aqueles que demonstram uma quantidade determinada, como um, dois, três, mil, um milhão e se flexionam em gênero, número e grau.
Os ordinais são aqueles que indicam ordem ou posição ocupada; primeiros, terceiro, centésimo, último, penúltimo e antepenúltimo.
Os fracionários indicam partes de um todo, como uma fração ou divisão, assim como: meio, quarto, quinto, milésimo, treze avos.
Os multiplicativos indicam, como já diz o nome, multiplicações, como em: dobro, triplo quádruplo, cêntuplo.
EXEMPLOS:
1) A corporação adquiriu um helicóptero.
2) Fui o penúltimo trabalhador a sair da empresa.
3) A arte de administrar é constituída dois terços por inteligência.
4) Saia daquele emprego porque o emprego atual paga o triplo daquele salário.
PREPOSIÇÕES
Revendo o fragmento do texto em estudo, vemos que as palavras sublinhadas são invariáveis e servem para unir teremos ou orações entre si.
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre, em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano, de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
Existem as preposições essenciais, e mais usadas, no texto destacadas por: em e com e as preposições acidentais, que não nos deteremos aqui. As preposições essenciais podem estar combinadas entre si, é o que percebemos em: no = em+o.
Vejamos todas as preposições essenciais e suas possíveis contrações:
a, ante, até, após,
com, contra,
de desde,
em, entre,
para, per, perante, por
sem, sob, sobre,
trás
As combinações das preposições acontecem, quando existe uma preposição unida à outra palavra de classe distinta, é o caso de:
aos – (preposição a + artigo os).
aonde – (preposição a + advérbio onde).
As contrações acontecem quando na união há a perda de algum elemento fonético, é o caso de:
donde – (preposição de + advérbio onde).
na – (preposição em + artigo a).
Há uma ocorrência de contração que merece destaque, a esta ocorrência chamamos de crase, quando a preposição a se funde ao artigo a e a crase, quando ocorre deve ser marcada pelo sinal gráfico à.
A crase ocorre em maior número em alguns casos específicos:
1) Diante de um substantivo feminino.
EXEMPLO: Vou à França.
2) Diante de um núcleo do objeto direto feminino.
EXEMPLO: Assisti à última leitura de Machado de Assis.
A crase nunca ocorre diante de verbos, sujeito, pronome pessoal, pois não admitem artigos.
A melhor maneira de se tirar dúvidas quanto ao uso da crase é a substituição da palavra feminina por uma maiúscula que peça artigo, se esta não alterar a ideia daquela, usa-se crase.
EXEMPLO: Assisti à última peça de Marília Pêra.
Assisti ao último jogo da seleção.
Os pronomes que também admitem crase são "aquele" e "a qual", bem como suas flexões.
Conjunções
A conjunção, assim como a preposição é uma classe de palavras invariáveis que serve para unir orações ou termos de uma oração, pode ser coordenativa ou subordinativa, veja a diferença:
1) Eu comprei morangos e bananas.
2) Juro que não vai doer se um dia roubar o seu anel de brilhantes... (Rita Lee)
Na primeira sentença tem-se a conjunção "e" que une o termo morangos ao termo bananas, é chamada de coordenativa, diferente da segunda sentença, pois a conjunção "que" mostra claramente que, o fato de o anel ser roubado não vai doer, estar subordinado à oração principal, juro.
Não é o ideal somente decorar as conjunções, como sempre nos tentaram fazer na escola, o que funciona mesmo é entender a ideia que cada um destes conectores tem, para que possamos utilizá-los de maneira eficaz.
Os conectivos mais usados:
Ideia de adição: e, nem.
Ideia de alternância: ou, ora...ora.
Ideia de causa: como, visto que.
Ideia de comparação: como, tal qual.
Ideia de conclusão: logo, então, portanto.
Ideia de condição: se, caso, exceto a menos que.
Ideia de conformidade: conforme, segundo
Ideia de consequência: tal, de modo que.
Ideia de finalidade. a fim de que, para.
Ideia de oposição: mas, porém. (adversativo)
embora, ainda que. (concessivo)
Ideia de proporção: à medida que, ao passo que.
Ideia de tempo: quando, enquanto.
INTERJEIÇÕES
Classe de palavras invariável, utilizada para exprimir emoções, a qual depende totalmente do contexto, pois tem a ver com a entonação.
Sempre ocorre com a presença da pontuação exclamativa.
As interjeições acontecem para exprimir vários tipos de sentimentos distintos e possuem ideias de: advertência, afugentamento, alegria, animação, aplauso, chamamento, desejo, dor, espanto, silêncio e terror.
DICAS IMPORTANTES
Fique esperto:
Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br
BIBLIOGRAFIA:
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
http://soslportuguesa.blogspot.com.br/2011/05/questoes-sobre-adverbios-preposicoes-e.html
http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/pronomes-exercicios-com-gabarito-ii.html
Módulo 5: As Classes Gramaticais: advérbio entre outras
Para que continuemos nossos estudos é preciso avançar na retomada de outras classes gramaticais:
Advérbio;
Pronome;
Numeral;
Preposição;
Conjunção; e
Interjeição.
Vamos começar?
O advérbio é a classe de palavras que modifica o verbo.
Quanto à tipologia os advérbios possuem sete agrupamentos distintos, os quais valem à pena serem lembrados:
a) De lugar: longe, perto aqui, ali, lá, acolá, à esquerda, à direita, entre outros.
b) De tempo: hoje, ontem, amanhã, jamais, já, agora, às vezes, breve, entre outros.
c) De modo: bem, mal, pior, melhor e a maioria dos advérbios terminados em "mente" – fortemente, calmamente, suavemente, diabolicamente.
d) De negação: não, tampouco, de forma alguma, nem pensar, entre outros.
e) De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, entre outros.
f) De afirmação: sim, é claro, obviamente, sem dúvida, entre outros.
g) De intensidade: muito, pouco bastante, menos mais, entre outros.
Ainda devemos mencionar que existem outros quatro advérbios, chamados interrogativos, pois ocorrem nas sentenças com interrogações diretas ou indiretas, são eles:
a) De lugar: onde
b) De tempo: quando
c) De modo: como
d) De causa: por quê
O advérbio não é flexionado em gênero ou número, apenas em grau, superlativo e comparativo.
Será superlativo sintético quando verificarmos um aumento com relação ao contexto, junto ao acréscimo de outro advérbio, conforme:
A loja estabeleceu-se aqui perto.
Será superlativo analítico quando o advérbio for acrescido de um sufixo,
A loja estabeleceu-se pertíssimo.
Será comparativo quando existir uma comparação real tem três níveis, de superioridade, de igualdade e de inferioridade, exatamente como acontece no adjetivo:
A loja estabeleceu-se mais longe do que aquela.
A loja estabeleceu-se tão longe quanto aquela.
A loja estabeleceu-se menos longe do que aquela.
O pronome é a classe de palavras que acompanha ou substitui o substantivo.
Existem vários tipos de pronomes. Os pronomes pessoais, indicativo das pessoas do discurso, podem ser do caso reto ou oblíquo. Serão do caso reto quando tiverem a função de sujeito da oração, e do caso oblíquo quando funcionarem como um complemento dela.
Observemos o quadro:
Número/Pessoa | Pronomes retos | Pronomes oblíquos | |
1ª. P. singular 2ª. P. singular 3ª. P. singular 1ª. P. plural 2ª. P. plural 3ª. P. plural |
eu tu ele/ela nós vós eles/elas ÁTONOS |
me te o, a, lhe, se nos vos os, as, lhe, se TÔNICOS |
min, comigo ti, contigo ele(a), si, consigo nós, conosco vós, convosco eles(as), si consigo |
1) Ela passeia pelo parque.
(o pronome exerce função de sujeito)
2) Todos os pensamentos passam-lhe despercebidos.
(o pronome exerce função de complemento e substitui passam por ela)
Dentro da classificação dos pronomes pessoais existem ainda os pronomes de tratamento, utilizados para chamar a segunda pessoa do discurso você, vindo de vossa mercê, passando pelo "vosmicê" e, finalmente, você, o mesmo que tu. Não se deve confundir que você designa a segunda pessoa, mas se flexiona como a terceira pessoa do discurso, veja:
Tu vais passear hoje?
Você vai passear hoje?
Dentre todos os pronomes de tratamento, que são muitos, os mais utilizados são:
Vossa Majestade – usado para reis, rainhas e imperadores. (V.M.)
Vossa Alteza – usado para príncipes, duques e arquiduques. (V.A.)
Vossa Santidade – usado para o Papa. (V.S.)
Vossa Eminência – usado para cardeais. (V. Ema.)
Vossa Excelência – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como presidentes, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, advogados, desembargadores, curadores e oficiais generais (até coronéis). (V.Exa.)
Vossa Senhoria – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como funcionários graduados e demais patentes militares, diretores de estabelecimentos federais, estaduais e municipais. (V. Sa.)
Vossa Magnificência – usado para reitores de universidades. (V.M.)
Tome muito cuidado para não criar confusão com os pronomes vossa e sua, pois vossa é indicativo de segunda pessoa, ou seja, com quem se fala e sua é indicativo de terceira pessoa, ou seja, sobre quem se fala, como vemos em:
Vossa Santidade está se sentindo bem?
(Aqui a pessoa está falando com o Papa.)
Sua Santidade não se sentiu bem ao chegar ao Brasil.
(Aqui a pessoa está falando sobre o Papa.)
Além dos pronomes pessoais, utilizados em maior número, existem ainda os pronomes possessivos, indicativos de posse, os demonstrativos, que indicam o posicionamento de uma pessoa em relação às pessoas do discurso:
1ª. P – proximidade de quem fala – tempo presente:
– este(s) – esta(s) – isto –
2ª. P – proximidade de quem escuta – tempo passado ou futuro próximos:
– esse(s) – essa(s) – isso –
3ª. P – distância de quem se fala e de quem escuta – passado remoto:
– aquele(s) –aquela(s) – aquilo.
Outros pronomes muito usados no discurso empresarial são os relativos, pois têm a função de retomar um termo expresso anteriormente ou antecedente. Dentre os relativos existem os chamados variáveis (o qual, cujo, quanto), que se flexionam quanto a número e gênero, e os invariáveis (que, onde e quem).
Os pronomes indefinidos se referem a terceira pessoa do discurso denotando certa imprecisão, dentre seus exemplares os mais usados são: alguém, ninguém ou qualquer. Podem ser divididos em pronomes variáveis e invariáveis, como alguém, ninguém, algo e tudo, dentre outros.
Como diz o nome, a função do pronome interrogativo é formular uma pergunta e nem todos são variáveis, pois que, o mais usado destes pronomes, não varia.
Numerais
O numeral é a classe de palavras que indica quantidade ou posição ocupada por um ser. Os numerais podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos.
Os cardinais são aqueles que demonstram uma quantidade determinada, como um, dois, três, mil, um milhão e se flexionam em gênero, número e grau.
Os ordinais são aqueles que indicam ordem ou posição ocupada; primeiros, terceiro, centésimo, último, penúltimo e antepenúltimo.
Os fracionários indicam partes de um todo, como uma fração ou divisão, assim como: meio, quarto, quinto, milésimo, treze avos.
Os multiplicativos indicam, como já diz o nome, multiplicações, como em: dobro, triplo quádruplo, cêntuplo.
EXEMPLOS:
1) A corporação adquiriu um helicóptero.
2) Fui o penúltimo trabalhador a sair da empresa.
3) A arte de administrar é constituída dois terços por inteligência.
4) Saia daquele emprego porque o emprego atual paga o triplo daquele salário.
PREPOSIÇÕES
Revendo o fragmento do texto em estudo, vemos que as palavras sublinhadas são invariáveis e servem para unir teremos ou orações entre si.
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre, em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano, de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
Existem as preposições essenciais, e mais usadas, no texto destacadas por: em e com e as preposições acidentais, que não nos deteremos aqui. As preposições essenciais podem estar combinadas entre si, é o que percebemos em: no = em+o.
Vejamos todas as preposições essenciais e suas possíveis contrações:
a, ante, até, após,
com, contra,
de desde,
em, entre,
para, per, perante, por
sem, sob, sobre,
trás
As combinações das preposições acontecem, quando existe uma preposição unida à outra palavra de classe distinta, é o caso de:
aos – (preposição a + artigo os).
aonde – (preposição a + advérbio onde).
As contrações acontecem quando na união há a perda de algum elemento fonético, é o caso de:
donde – (preposição de + advérbio onde).
na – (preposição em + artigo a).
Há uma ocorrência de contração que merece destaque, a esta ocorrência chamamos de crase, quando a preposição a se funde ao artigo a e a crase, quando ocorre deve ser marcada pelo sinal gráfico à.
A crase ocorre em maior número em alguns casos específicos:
1) Diante de um substantivo feminino.
EXEMPLO: Vou à França.
2) Diante de um núcleo do objeto direto feminino.
EXEMPLO: Assisti à última leitura de Machado de Assis.
A crase nunca ocorre diante de verbos, sujeito, pronome pessoal, pois não admitem artigos.
A melhor maneira de se tirar dúvidas quanto ao uso da crase é a substituição da palavra feminina por uma maiúscula que peça artigo, se esta não alterar a ideia daquela, usa-se crase.
EXEMPLO: Assisti à última peça de Marília Pêra.
Assisti ao último jogo da seleção.
Os pronomes que também admitem crase são "aquele" e "a qual", bem como suas flexões.
Conjunções
A conjunção, assim como a preposição é uma classe de palavras invariáveis que serve para unir orações ou termos de uma oração, pode ser coordenativa ou subordinativa, veja a diferença:
1) Eu comprei morangos e bananas.
2) Juro que não vai doer se um dia roubar o seu anel de brilhantes... (Rita Lee)
Na primeira sentença tem-se a conjunção "e" que une o termo morangos ao termo bananas, é chamada de coordenativa, diferente da segunda sentença, pois a conjunção "que" mostra claramente que, o fato de o anel ser roubado não vai doer, estar subordinado à oração principal, juro.
Não é o ideal somente decorar as conjunções, como sempre nos tentaram fazer na escola, o que funciona mesmo é entender a ideia que cada um destes conectores tem, para que possamos utilizá-los de maneira eficaz.
Os conectivos mais usados:
Ideia de adição: e, nem.
Ideia de alternância: ou, ora...ora.
Ideia de causa: como, visto que.
Ideia de comparação: como, tal qual.
Ideia de conclusão: logo, então, portanto.
Ideia de condição: se, caso, exceto a menos que.
Ideia de conformidade: conforme, segundo
Ideia de consequência: tal, de modo que.
Ideia de finalidade. a fim de que, para.
Ideia de oposição: mas, porém. (adversativo)
embora, ainda que. (concessivo)
Ideia de proporção: à medida que, ao passo que.
Ideia de tempo: quando, enquanto.
INTERJEIÇÕES
Classe de palavras invariável, utilizada para exprimir emoções, a qual depende totalmente do contexto, pois tem a ver com a entonação.
Sempre ocorre com a presença da pontuação exclamativa.
As interjeições acontecem para exprimir vários tipos de sentimentos distintos e possuem ideias de: advertência, afugentamento, alegria, animação, aplauso, chamamento, desejo, dor, espanto, silêncio e terror.
DICAS IMPORTANTES
Fique esperto:
Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br
BIBLIOGRAFIA:
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
http://soslportuguesa.blogspot.com.br/2011/05/questoes-sobre-adverbios-preposicoes-e.html
http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/pronomes-exercicios-com-gabarito-ii.html
Autoavaliação
1.Complete com "eu" ou "mim":
I - eles chegaram antes de ____ .
II - há algum trabalho para _____ fazer?
III- há algum trabalho para _____ ?
/
IV - ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios;
V- para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa;
2. Complete as lacunas com o pronome adequado:
I. "_____ documento que tens à mão é importante, Pedrinho?
II. ) "A estrada do mar, larga e oscilante _______ sim, o tentava."
III. 3) "Na traseira do caminhão lia-se ________ frase: Tristeza não paga dívida".
IV. 4) "Cuidado, mergulhador, ________ animais são venenosos: a arraia miúda, o peixe-escorpião, a medusa, o mangangá."
3. Vossa Excelência _____ arrependerá de ter traído ______ povo!
Módulo 5: As Classes Gramaticais: advérbio entre outras
Para que continuemos nossos estudos é preciso avançar na retomada de outras classes gramaticais:
Advérbio;
Pronome;
Numeral;
Preposição;
Conjunção; e
Interjeição.
Vamos começar?
O advérbio é a classe de palavras que modifica o verbo.
Quanto à tipologia os advérbios possuem sete agrupamentos distintos, os quais valem à pena serem lembrados:
a) De lugar: longe, perto aqui, ali, lá, acolá, à esquerda, à direita, entre outros.
b) De tempo: hoje, ontem, amanhã, jamais, já, agora, às vezes, breve, entre outros.
c) De modo: bem, mal, pior, melhor e a maioria dos advérbios terminados em "mente" – fortemente, calmamente, suavemente, diabolicamente.
d) De negação: não, tampouco, de forma alguma, nem pensar, entre outros.
e) De dúvida: talvez, acaso, provavelmente, entre outros.
f) De afirmação: sim, é claro, obviamente, sem dúvida, entre outros.
g) De intensidade: muito, pouco bastante, menos mais, entre outros.
Ainda devemos mencionar que existem outros quatro advérbios, chamados interrogativos, pois ocorrem nas sentenças com interrogações diretas ou indiretas, são eles:
a) De lugar: onde
b) De tempo: quando
c) De modo: como
d) De causa: por quê
O advérbio não é flexionado em gênero ou número, apenas em grau, superlativo e comparativo.
Será superlativo sintético quando verificarmos um aumento com relação ao contexto, junto ao acréscimo de outro advérbio, conforme:
A loja estabeleceu-se aqui perto.
Será superlativo analítico quando o advérbio for acrescido de um sufixo,
A loja estabeleceu-se pertíssimo.
Será comparativo quando existir uma comparação real tem três níveis, de superioridade, de igualdade e de inferioridade, exatamente como acontece no adjetivo:
A loja estabeleceu-se mais longe do que aquela.
A loja estabeleceu-se tão longe quanto aquela.
A loja estabeleceu-se menos longe do que aquela.
O pronome é a classe de palavras que acompanha ou substitui o substantivo.
Existem vários tipos de pronomes. Os pronomes pessoais, indicativo das pessoas do discurso, podem ser do caso reto ou oblíquo. Serão do caso reto quando tiverem a função de sujeito da oração, e do caso oblíquo quando funcionarem como um complemento dela.
Observemos o quadro:
Número/Pessoa | Pronomes retos | Pronomes oblíquos | |
1ª. P. singular 2ª. P. singular 3ª. P. singular 1ª. P. plural 2ª. P. plural 3ª. P. plural |
eu tu ele/ela nós vós eles/elas ÁTONOS |
me te o, a, lhe, se nos vos os, as, lhe, se TÔNICOS |
min, comigo ti, contigo ele(a), si, consigo nós, conosco vós, convosco eles(as), si consigo |
1) Ela passeia pelo parque.
(o pronome exerce função de sujeito)
2) Todos os pensamentos passam-lhe despercebidos.
(o pronome exerce função de complemento e substitui passam por ela)
Dentro da classificação dos pronomes pessoais existem ainda os pronomes de tratamento, utilizados para chamar a segunda pessoa do discurso você, vindo de vossa mercê, passando pelo "vosmicê" e, finalmente, você, o mesmo que tu. Não se deve confundir que você designa a segunda pessoa, mas se flexiona como a terceira pessoa do discurso, veja:
Tu vais passear hoje?
Você vai passear hoje?
Dentre todos os pronomes de tratamento, que são muitos, os mais utilizados são:
Vossa Majestade – usado para reis, rainhas e imperadores. (V.M.)
Vossa Alteza – usado para príncipes, duques e arquiduques. (V.A.)
Vossa Santidade – usado para o Papa. (V.S.)
Vossa Eminência – usado para cardeais. (V. Ema.)
Vossa Excelência – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como presidentes, senadores, governadores, prefeitos, vereadores, advogados, desembargadores, curadores e oficiais generais (até coronéis). (V.Exa.)
Vossa Senhoria – usado para altas autoridades e pessoas de respeito, como funcionários graduados e demais patentes militares, diretores de estabelecimentos federais, estaduais e municipais. (V. Sa.)
Vossa Magnificência – usado para reitores de universidades. (V.M.)
Tome muito cuidado para não criar confusão com os pronomes vossa e sua, pois vossa é indicativo de segunda pessoa, ou seja, com quem se fala e sua é indicativo de terceira pessoa, ou seja, sobre quem se fala, como vemos em:
Vossa Santidade está se sentindo bem?
(Aqui a pessoa está falando com o Papa.)
Sua Santidade não se sentiu bem ao chegar ao Brasil.
(Aqui a pessoa está falando sobre o Papa.)
Além dos pronomes pessoais, utilizados em maior número, existem ainda os pronomes possessivos, indicativos de posse, os demonstrativos, que indicam o posicionamento de uma pessoa em relação às pessoas do discurso:
1ª. P – proximidade de quem fala – tempo presente:
– este(s) – esta(s) – isto –
2ª. P – proximidade de quem escuta – tempo passado ou futuro próximos:
– esse(s) – essa(s) – isso –
3ª. P – distância de quem se fala e de quem escuta – passado remoto:
– aquele(s) –aquela(s) – aquilo.
Outros pronomes muito usados no discurso empresarial são os relativos, pois têm a função de retomar um termo expresso anteriormente ou antecedente. Dentre os relativos existem os chamados variáveis (o qual, cujo, quanto), que se flexionam quanto a número e gênero, e os invariáveis (que, onde e quem).
Os pronomes indefinidos se referem a terceira pessoa do discurso denotando certa imprecisão, dentre seus exemplares os mais usados são: alguém, ninguém ou qualquer. Podem ser divididos em pronomes variáveis e invariáveis, como alguém, ninguém, algo e tudo, dentre outros.
Como diz o nome, a função do pronome interrogativo é formular uma pergunta e nem todos são variáveis, pois que, o mais usado destes pronomes, não varia.
Numerais
O numeral é a classe de palavras que indica quantidade ou posição ocupada por um ser. Os numerais podem ser cardinais, ordinais, fracionários ou multiplicativos.
Os cardinais são aqueles que demonstram uma quantidade determinada, como um, dois, três, mil, um milhão e se flexionam em gênero, número e grau.
Os ordinais são aqueles que indicam ordem ou posição ocupada; primeiros, terceiro, centésimo, último, penúltimo e antepenúltimo.
Os fracionários indicam partes de um todo, como uma fração ou divisão, assim como: meio, quarto, quinto, milésimo, treze avos.
Os multiplicativos indicam, como já diz o nome, multiplicações, como em: dobro, triplo quádruplo, cêntuplo.
EXEMPLOS:
1) A corporação adquiriu um helicóptero.
2) Fui o penúltimo trabalhador a sair da empresa.
3) A arte de administrar é constituída dois terços por inteligência.
4) Saia daquele emprego porque o emprego atual paga o triplo daquele salário.
PREPOSIÇÕES
Revendo o fragmento do texto em estudo, vemos que as palavras sublinhadas são invariáveis e servem para unir teremos ou orações entre si.
A loja física deverá ser estabelecida em espaço amplo, com decoração moderna e ligada ao tema, necessariamente com ambiente climatizado.
A loja deverá ser instalada no bairro Jardim, em Santo André. Esse é um bairro nobre, em uma região central do ABC, com fácil acesso a outras áreas nobres de São Caetano, de São Bernardo e mesmo de São Paulo, com o melhor poder aquisitivo da região.
Existem as preposições essenciais, e mais usadas, no texto destacadas por: em e com e as preposições acidentais, que não nos deteremos aqui. As preposições essenciais podem estar combinadas entre si, é o que percebemos em: no = em+o.
Vejamos todas as preposições essenciais e suas possíveis contrações:
a, ante, até, após,
com, contra,
de desde,
em, entre,
para, per, perante, por
sem, sob, sobre,
trás
As combinações das preposições acontecem, quando existe uma preposição unida à outra palavra de classe distinta, é o caso de:
aos – (preposição a + artigo os).
aonde – (preposição a + advérbio onde).
As contrações acontecem quando na união há a perda de algum elemento fonético, é o caso de:
donde – (preposição de + advérbio onde).
na – (preposição em + artigo a).
Há uma ocorrência de contração que merece destaque, a esta ocorrência chamamos de crase, quando a preposição a se funde ao artigo a e a crase, quando ocorre deve ser marcada pelo sinal gráfico à.
A crase ocorre em maior número em alguns casos específicos:
1) Diante de um substantivo feminino.
EXEMPLO: Vou à França.
2) Diante de um núcleo do objeto direto feminino.
EXEMPLO: Assisti à última leitura de Machado de Assis.
A crase nunca ocorre diante de verbos, sujeito, pronome pessoal, pois não admitem artigos.
A melhor maneira de se tirar dúvidas quanto ao uso da crase é a substituição da palavra feminina por uma maiúscula que peça artigo, se esta não alterar a ideia daquela, usa-se crase.
EXEMPLO: Assisti à última peça de Marília Pêra.
Assisti ao último jogo da seleção.
Os pronomes que também admitem crase são "aquele" e "a qual", bem como suas flexões.
Conjunções
A conjunção, assim como a preposição é uma classe de palavras invariáveis que serve para unir orações ou termos de uma oração, pode ser coordenativa ou subordinativa, veja a diferença:
1) Eu comprei morangos e bananas.
2) Juro que não vai doer se um dia roubar o seu anel de brilhantes... (Rita Lee)
Na primeira sentença tem-se a conjunção "e" que une o termo morangos ao termo bananas, é chamada de coordenativa, diferente da segunda sentença, pois a conjunção "que" mostra claramente que, o fato de o anel ser roubado não vai doer, estar subordinado à oração principal, juro.
Não é o ideal somente decorar as conjunções, como sempre nos tentaram fazer na escola, o que funciona mesmo é entender a ideia que cada um destes conectores tem, para que possamos utilizá-los de maneira eficaz.
Os conectivos mais usados:
Ideia de adição: e, nem.
Ideia de alternância: ou, ora...ora.
Ideia de causa: como, visto que.
Ideia de comparação: como, tal qual.
Ideia de conclusão: logo, então, portanto.
Ideia de condição: se, caso, exceto a menos que.
Ideia de conformidade: conforme, segundo
Ideia de consequência: tal, de modo que.
Ideia de finalidade. a fim de que, para.
Ideia de oposição: mas, porém. (adversativo)
embora, ainda que. (concessivo)
Ideia de proporção: à medida que, ao passo que.
Ideia de tempo: quando, enquanto.
INTERJEIÇÕES
Classe de palavras invariável, utilizada para exprimir emoções, a qual depende totalmente do contexto, pois tem a ver com a entonação.
Sempre ocorre com a presença da pontuação exclamativa.
As interjeições acontecem para exprimir vários tipos de sentimentos distintos e possuem ideias de: advertência, afugentamento, alegria, animação, aplauso, chamamento, desejo, dor, espanto, silêncio e terror.
DICAS IMPORTANTES
Fique esperto:
Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br
BIBLIOGRAFIA:
BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
http://soslportuguesa.blogspot.com.br/2011/05/questoes-sobre-adverbios-preposicoes-e.html
http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/pronomes-exercicios-com-gabarito-ii.html
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