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Módulo 6 - Frase, Oração e Período
  • Frase, Oração e Período

    Frase, Oração e Período

    Após a revisão de todas as classes gramaticais, veremos mais profundamente as diferenças e semelhanças entre frase, oração e período.

    Fique atento, pois será muito importante rever os conhecimentos já trabalhados.

  • A Frase

    A FRASE

    FRASE é uma unidade de comunicação linguística e não se constitui, necessariamente, por um verbo. No entanto as frases podem ser nominais ou verbais.

    São exemplos de frases nominais constituídas sem verbos:
    Rua!
    Socorro!

    São exemplos de frases nominais, também as constituídas por um verbo de ligação:
    ser, estar, parecer, permanecer, andar, no sentido de estar

    As frases verbais são constituídas por um verbo de ação:
    Amar, cantar, correr, descer, sorrir, suar, caminhar, beijar, suprir

  • A Frase

    Vejamos exemplos de frases retiradas do fragmento do texto Exemvel – Excelência Empresarial Sustentável (2008, p. 110)¹:

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação. (2) Sistemas tradicionalmente utilizados como referencial – (3) centrados em cargos – (2) vêm mostrando sua fragilidade em articular sistemicamente as várias ações da gestão da organização, e, por conseguinte, (4) comprometem o reconhecimento de seu valor.

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

    O trecho é composto por onze frases, sendo a (3) intercalada e não contém nenhuma frase chamada nominal, embora possua o verbo ser, que neste caso apóia o verbo principal. Teríamos um exemplo desta tipologia se modificássemos a frase (1), usando um verbo de ligação que desencadeia tal ideia e não apenas acompanha o verbo principal. O verbo parece formar uma locução verbal com o infinitivo (não há conjugação) passar.

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação.
    (1) O mercado parece passar por um amplo processo de transformação.

    ¹ Retirado do livro "Os mais relevantes projetos de conclusão dos cursos MBAs 2006". Coordenação editorial de Maria Madalena Nascimento Fonseca. Santo André, SP: Strong, 2007.
  • A Frase

    As frases podem ser de diversos tipos:

     Interrogativas, quando questionam;
     Imperativas, quando ordenam;
     Exclamativas, quando demonstram um estado afetivo ou entonação; e
     Declarativas, afirmativas ou negativas, quando declaram algo.

    Tais estruturas ão constituídas por duas partes muito importantes:

    Sujeito, que é o ser que age, sofre ação ou declara alguma coisa.

    Predicado, que pode ser nominal, quando seu núcleo for um verbo de ligação, ou verbal quando o seu núcleo for um verbo de ação, veja:

    O mercado/ está passando por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

    O mercado/ parece passar por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ligação – Predicado nominal.

  • A ORAÇÃO

    IMPORTANTE!!!!!

    Toda a frase que for constituída de um verbo, seja verbal ou nominal, que tenha um sujeito e um predicado ligados por este verbo entre si, chamamos de ORAÇÃO.

    Contamos o número de orações de uma frase de acordo com a quantidade de seus verbos, veja:

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

  • O PERÍODO

    O PERÍODO

    Chamamos de PERÍODO a frase constituída por uma ou mais orações, podendo ser simples ou composto.
    Um período simples é formado por uma única oração absoluta.
    Um período composto constrói-se por meio de duas ou mais orações e pode articular-se por coordenação ou por subordinação, conforme vimos anteriormente.

    O período simples

    Sabemos que o período simples é aquele que é formado por apenas uma oração, na qual o sujeito, o predicado e seus termos essenciais, estão ligados por um verbo. Dizer que um período possui termos essenciais, indica que são esses os termos indispensáveis para a formação de ações de uma sentença.
    Estudaremos tais termos: sujeito e predicado, denominados termos essenciais da oração, respectivamente.

    Termos essenciais da oração: sujeito

    Quando existe, o sujeito concorda com o verbo, vejamos:

    O mercado /está passando por um amplo processo de transformação.
    Sujeito Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

  • O PERÍODO

    Quanto à tipologia, o sujeito pode ser:

    SUJEITO SIMPLES: Quando tiver apenas um núcleo.
    EXEMPLO: O mercado / está passando por mudanças.

    O sujeito da oração é o vocábulo "mercado" que também é o seu núcleo.

    SUJEITO COMPOSTO: Quando existir mais de um núcleo do sujeito.
    EXEMPLO: O escritório e a produção da empresa / são partes igualmente importantes.

    O sujeito da oração compreende toda a primeira parte e tem como núcleos os substantivos "escritório" e "produção da empresa".

    SUJEITO INDETERMINADO: Quando não está evidenciado o núcleo, e no lugar dele existe a terceira pessoa do plural ou a terceira pessoa do singular, seguida do pronome "se".

    EXEMPLOS:
    Disseram que fariam greve.
    Quem disse que fará greve? "Eles".

    Precisam-se de digitadores.
    Do que é que se precisa? De "digitadores" ou "deles", equivalente a terceira pessoa do plural.

  • O PERÍODO

    ORAÇÃO SEM SUJEITO: Quando não há sujeito, as orações são compostas apenas por predicado e acontecem principalmente:

    a) Com verbos indicativos de fenômenos da natureza (chover, nevar, etc.).
    EXEMPLOS: Choveu muito esta noite.
    Chuviscou.

    b) Com os verbos estar, fazer, haver e ser, indicativos de fenômenos meteorológicos.
    EXEMPLO: Faz calor na cidade.
    Ainda está cedo.

    c) Com o verbo haver (quando é impessoal) indicando a existência de algo ou um acontecimento.
    EXEMPLOS: Havia bons motivos para a greve.
    Houve rebelião durante a tentativa de paz.

    Termos essenciais da oração: O predicado
    O predicado é a informação nova a ser revelada sobre o sujeito e pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.

  • O PERÍODO

    PREDICADO VERBAL: É o predicado que tem como núcleo um verbo de ação, ou seja, um verbo com transitividade, como o verbo comprar, no exemplo a seguir:
    A empresa /projeta muitos lucros.
    Predicado verbal

    PREDICADO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome ou um verbo de ligação, que irá qualificar o sujeito.
    EXEMPLOS:
    O setor parece frágil. (adjetivo)
    Predicado nominal

    As estratégias de vendas / andam problemáticas. (substantivo)
    Predicado nominal

    PREDICADO VERBO-NOMINAL: É o predicado que apresenta mais de um complemento, podendo ser um do sujeito e outro do objeto.
    Os homens / julgam as corporações * inconstantes.
    O verbo julgar pede um complemento, denominado verbal, e embutido no seu complemento que são as corporações, está presente outro conceito relativo, marcado com asterisco, o qual indica que as corporações, Complemento Verbal, *são inconstantes, que constitui um Complemento Nominal.
    Note que o verbo ser não está presente na forma escrita, mas é perfeitamente adequado à situação.

    . Termos integrantes da oração

    Os termos integrantes da oração aparecem quando analisamos o predicado das orações, que como já estudamos, pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.
    Existem, portanto os complementos verbais e nominais e agentes da passiva. Vejamo-los respectivamente:

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO VERBAL

    O complemento verbal pode identificar, de acordo com a transitividade dos verbos nele empregados, o objeto direto e o objeto indireto, conforme em:

    A empresa / comprou / vale-transportes.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Direto)
    Complemento sem preposição= vale-transportes (Objeto Direto)

    A empresa / precisa de dinheiro.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Indireto)
    Complemento com preposição = de dinheiro (Objeto Indireto)

    A empresa / viabilizou benefícios para os funcionários.
    Verbo que pede dois complementos (Verbo Transitivo Direto e Indireto)
    Complemento sem preposição = benefícios (Objeto Direto)
    Complemento com preposição = para os funcionários (Objeto Indireto)

    Maria / chorou.
    Verbo que não pede complemento (Verbo Intransitivo)
    Se não há Complemento Verbal, não há objeto.

    DICA ÚTIL: Dependendo do contexto, os verbos pedirão ou não complemento; quando não o pedirem são chamados intransitivos, quando pedirem complemento e estes não necessitarem de preposição, serão transitivos diretos, mas quando necessitarem serão transitivos indiretos ou serão ambos.

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome, que conforme já estudamos, pode ser transitivo, ou seja, pedir um complemento. Enquanto ao complemento de um verbo de ação, damos o nome de complemento verbal, e ao núcleo nominal, damos o nome de complemento nominal.

    EXEMPLOS:
    Joana / desenvolveu profunda misericórdia pelos pobres.
    O núcleo deste predicado é o substantivo misericórdia que é transitivo porque pede complemento = pelos pobres (Complemento Nominal).

    O trabalho / é necessário ao homem.
    O núcleo deste predicado é o adjetivo necessário que é transitivo porque pede complemento = ao homem (Complemento Nominal)

    AGENTE DA PASSIVA: Já estudamos que o sujeito agente age e o sujeito paciente sofre uma ação, conforme vemos em:

    A empresa/rendeu bons lucros neste mês. Os lucros/foram rentáveis para a empresa.
    Sujeito. agente.                                     Sujeito. paciente

  • O PERÍODO

    Neste caso, temos uma nomenclatura distinta para designar o processo verbal, pois a locução foram rentáveis é chamada de locução verbal passiva e desencadeará um complemento, denominado agente da passiva. Vejamos outros exemplos:

    Machado de Assis / é adorado pelos leitores.
    Locução verbal + adorar + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    O homem / é corrompido pela ganância.
    Locução verbal + corromper + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    Termos acessórios da oração
    Anteriormente, estudamos os termos essenciais da oração, nomeados sujeito e predicado. Depois, os termos integrantes da oração, que vão ao encontro dos estudos do predicado, sendo nomeados como complementos (verbal ou nominal) ou objetos (diretos ou indiretos) e, finalmente estudaremos os termos acessórios da oração.
    Tais termos caracterizam-se por serem os substantivos, adjetivos e verbos que acompanham os substantivos e os verbos que exercem nas orações as funções essenciais, como núcleo do sujeito e do predicado.

  • O PERÍODO

    Os termos acessórios têm a característica de serem acidentais explicativos ou circunstanciais, vejamos inicialmente, um exemplo bem claro, apenas contendo o predicado verbal:

    Nevou.

    Sabemos que se trata de um verbo que designa um fenômeno da natureza e é suficiente para passar transmitir a ideia, mas pode estar rodeado de termos acessórios, que ampliam a gama de informações que poderão estar contidas nele:

    Nevou fortemente no sul dos Estados Unidos.

    Sabemos que esta é uma oração sem sujeito e seu predicado é verbal, desse modo, as informações, todas em destaque, são consideradas termos acessórios, pois corroboram para os detalhes de uma ideia já conhecida.
    Os termos acessórios da oração podem ser adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais, apostos e vocativos.

  • O PERÍODO

    O ADJUNTO ADVERBIAL é um termo que indica uma circunstância e modifica um verbo, conforme veremos nos destaques:
    1) Ontem viajei de ônibus àquela horrível cidade.
    2) O amor mudou muito.
    3) Ainda amava, muito mais que no início.
    4) Cortou-a com a faca.

    ADJUNTO ADNOMINAL é o termo acessório que explica, determina ou especifica um substantivo, ou seja, tem uma função de adjetivação do substantivo e, dentro da oração, as classes que o constituem são: adjetivos, artigos, numerais e pronomes, conforme em:

    A jovem professora / escreveu um livro notável.

    SUJEITO (simples): A jovem professora.
    NÚCLEO DO SUJEITO: professora.
    PREDICADO (verbal): escreveu um livro notável.
    NÚCLEO DO PREDICADO: escreveu (VTD).
    OBJETO DIRETO: um livro notável.
    NÚCLEO DO OBJETO DIRETO: livro (substantivo).
    COMPLEMENTO NOMINAL: notável (do OD: o livro era notável).

  • O PERÍODO

    Tendo analisado os temos essenciais e integrantes da oração passemos aos adjuntos adnominais (acessórios).
    A jovem professora / escreveu um livro notável.
    1   2                                                 3      4         5

    São ADJUNTOS ADNOMINAIS:

    1) artigo
    2) adjetivo
    3) artigo
    4) substantivo
    5) adjetivo

    O APOSTO é o termo acessório que amplia, explica, resume ou desenvolve a ideia de outro termo e vem sempre entre vírgulas ou inserido em outro tipo de pontuação, conforme em:

    1) Hoje, quarta-feira, é dia de feira.
    2) A teologia, ciência das religiões, anda pouco procurada.
    3) A humanidade se estrutura em: corpo e alma.
    4) Machado de Assis, maior escritor brasileiro, ainda vive em nossas mentes.
    5) A aula de hoje, comunicação empresarial, está monótona.

  • O PERÍODO

    O VOCATIVO é também um termo acessório da oração que tem a função de chamar, evocar um ouvinte ou a segunda pessoa do discurso, conforme em:

    1) Que venhas, belo sol da manhã.
    2) Tu, poderosa anfitriã, não os deixe sair bêbados.
    3) Marcela, venha já até aqui.

    Não podemos esquecer que não é a função desta oficina estudar de forma aprofundada a gramática, mas relembrar as questões gramaticais mais importantes, e, por este motivo, sempre que uma dúvida de maior porte surgir, utilize uma boa gramática.

    Na próxima aula trataremos do período Composto.
    Até lá....

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.

    http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/sintaxe-exercicios-com-gabarito.html

  • Autoavaliação

    Autoavaliação

    1. Na oração: "Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha", o núcleo do sujeito é:


    d. vaqueiros

    2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:


    e. não existem flores no vaso (sujeito inexistente)

    3. Em "Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta", o sujeito desta oração é:


    a. subentendido
  • Módulo 6: Frase, Oração e Período

    Após a revisão de todas as classes gramaticais, veremos mais profundamente as diferenças e semelhanças entre frase, oração e período.

    Fique atento, pois será muito importante rever os conhecimentos já trabalhados.

  • A Frase

    A FRASE

    FRASE é uma unidade de comunicação linguística e não se constitui, necessariamente, por um verbo. No entanto as frases podem ser nominais ou verbais.

    São exemplos de frases nominais constituídas sem verbos:
    Rua!
    Socorro!

    São exemplos de frases nominais, também as constituídas por um verbo de ligação:
    ser, estar, parecer, permanecer, andar, no sentido de estar

    As frases verbais são constituídas por um verbo de ação:
    Amar, cantar, correr, descer, sorrir, suar, caminhar, beijar, suprir

  • A Frase

    Vejamos exemplos de frases retiradas do fragmento do texto Exemvel – Excelência Empresarial Sustentável (2008, p. 110)¹:

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação. (2) Sistemas tradicionalmente utilizados como referencial – (3) centrados em cargos – (2) vêm mostrando sua fragilidade em articular sistemicamente as várias ações da gestão da organização, e, por conseguinte, (4) comprometem o reconhecimento de seu valor.

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

    O trecho é composto por onze frases, sendo a (3) intercalada e não contém nenhuma frase chamada nominal, embora possua o verbo ser, que neste caso apóia o verbo principal. Teríamos um exemplo desta tipologia se modificássemos a frase (1), usando um verbo de ligação que desencadeia tal ideia e não apenas acompanha o verbo principal. O verbo parece formar uma locução verbal com o infinitivo (não há conjugação) passar.

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação.
    (1) O mercado parece passar por um amplo processo de transformação.

    ¹ Retirado do livro "Os mais relevantes projetos de conclusão dos cursos MBAs 2006". Coordenação editorial de Maria Madalena Nascimento Fonseca. Santo André, SP: Strong, 2007.
  • A Frase

    As frases podem ser de diversos tipos:

     Interrogativas, quando questionam;
     Imperativas, quando ordenam;
     Exclamativas, quando demonstram um estado afetivo ou entonação; e
     Declarativas, afirmativas ou negativas, quando declaram algo.

    Tais estruturas ão constituídas por duas partes muito importantes:

    Sujeito, que é o ser que age, sofre ação ou declara alguma coisa.

    Predicado, que pode ser nominal, quando seu núcleo for um verbo de ligação, ou verbal quando o seu núcleo for um verbo de ação, veja:

    O mercado/ está passando por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

    O mercado/ parece passar por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ligação – Predicado nominal.

  • A ORAÇÃO

    IMPORTANTE!!!!!

    Toda a frase que for constituída de um verbo, seja verbal ou nominal, que tenha um sujeito e um predicado ligados por este verbo entre si, chamamos de ORAÇÃO.

    Contamos o número de orações de uma frase de acordo com a quantidade de seus verbos, veja:

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

  • O PERÍODO

    O PERÍODO

    Chamamos de PERÍODO a frase constituída por uma ou mais orações, podendo ser simples ou composto.
    Um período simples é formado por uma única oração absoluta.
    Um período composto constrói-se por meio de duas ou mais orações e pode articular-se por coordenação ou por subordinação, conforme vimos anteriormente.

    O período simples

    Sabemos que o período simples é aquele que é formado por apenas uma oração, na qual o sujeito, o predicado e seus termos essenciais, estão ligados por um verbo. Dizer que um período possui termos essenciais, indica que são esses os termos indispensáveis para a formação de ações de uma sentença.
    Estudaremos tais termos: sujeito e predicado, denominados termos essenciais da oração, respectivamente.

    Termos essenciais da oração: sujeito

    Quando existe, o sujeito concorda com o verbo, vejamos:

    O mercado /está passando por um amplo processo de transformação.
    Sujeito Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

  • O PERÍODO

    Quanto à tipologia, o sujeito pode ser:

    SUJEITO SIMPLES: Quando tiver apenas um núcleo.
    EXEMPLO: O mercado / está passando por mudanças.

    O sujeito da oração é o vocábulo "mercado" que também é o seu núcleo.

    SUJEITO COMPOSTO: Quando existir mais de um núcleo do sujeito.
    EXEMPLO: O escritório e a produção da empresa / são partes igualmente importantes.

    O sujeito da oração compreende toda a primeira parte e tem como núcleos os substantivos "escritório" e "produção da empresa".

    SUJEITO INDETERMINADO: Quando não está evidenciado o núcleo, e no lugar dele existe a terceira pessoa do plural ou a terceira pessoa do singular, seguida do pronome "se".

    EXEMPLOS:
    Disseram que fariam greve.
    Quem disse que fará greve? "Eles".

    Precisam-se de digitadores.
    Do que é que se precisa? De "digitadores" ou "deles", equivalente a terceira pessoa do plural.

  • O PERÍODO

    ORAÇÃO SEM SUJEITO: Quando não há sujeito, as orações são compostas apenas por predicado e acontecem principalmente:

    a) Com verbos indicativos de fenômenos da natureza (chover, nevar, etc.).
    EXEMPLOS: Choveu muito esta noite.
    Chuviscou.

    b) Com os verbos estar, fazer, haver e ser, indicativos de fenômenos meteorológicos.
    EXEMPLO: Faz calor na cidade.
    Ainda está cedo.

    c) Com o verbo haver (quando é impessoal) indicando a existência de algo ou um acontecimento.
    EXEMPLOS: Havia bons motivos para a greve.
    Houve rebelião durante a tentativa de paz.

    Termos essenciais da oração: O predicado
    O predicado é a informação nova a ser revelada sobre o sujeito e pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.

  • O PERÍODO

    PREDICADO VERBAL: É o predicado que tem como núcleo um verbo de ação, ou seja, um verbo com transitividade, como o verbo comprar, no exemplo a seguir:
    A empresa /projeta muitos lucros.
    Predicado verbal

    PREDICADO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome ou um verbo de ligação, que irá qualificar o sujeito.
    EXEMPLOS:
    O setor parece frágil. (adjetivo)
    Predicado nominal

    As estratégias de vendas / andam problemáticas. (substantivo)
    Predicado nominal

    PREDICADO VERBO-NOMINAL: É o predicado que apresenta mais de um complemento, podendo ser um do sujeito e outro do objeto.
    Os homens / julgam as corporações * inconstantes.
    O verbo julgar pede um complemento, denominado verbal, e embutido no seu complemento que são as corporações, está presente outro conceito relativo, marcado com asterisco, o qual indica que as corporações, Complemento Verbal, *são inconstantes, que constitui um Complemento Nominal.
    Note que o verbo ser não está presente na forma escrita, mas é perfeitamente adequado à situação.

    . Termos integrantes da oração

    Os termos integrantes da oração aparecem quando analisamos o predicado das orações, que como já estudamos, pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.
    Existem, portanto os complementos verbais e nominais e agentes da passiva. Vejamo-los respectivamente:

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO VERBAL

    O complemento verbal pode identificar, de acordo com a transitividade dos verbos nele empregados, o objeto direto e o objeto indireto, conforme em:

    A empresa / comprou / vale-transportes.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Direto)
    Complemento sem preposição= vale-transportes (Objeto Direto)

    A empresa / precisa de dinheiro.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Indireto)
    Complemento com preposição = de dinheiro (Objeto Indireto)

    A empresa / viabilizou benefícios para os funcionários.
    Verbo que pede dois complementos (Verbo Transitivo Direto e Indireto)
    Complemento sem preposição = benefícios (Objeto Direto)
    Complemento com preposição = para os funcionários (Objeto Indireto)

    Maria / chorou.
    Verbo que não pede complemento (Verbo Intransitivo)
    Se não há Complemento Verbal, não há objeto.

    DICA ÚTIL: Dependendo do contexto, os verbos pedirão ou não complemento; quando não o pedirem são chamados intransitivos, quando pedirem complemento e estes não necessitarem de preposição, serão transitivos diretos, mas quando necessitarem serão transitivos indiretos ou serão ambos.

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome, que conforme já estudamos, pode ser transitivo, ou seja, pedir um complemento. Enquanto ao complemento de um verbo de ação, damos o nome de complemento verbal, e ao núcleo nominal, damos o nome de complemento nominal.

    EXEMPLOS:
    Joana / desenvolveu profunda misericórdia pelos pobres.
    O núcleo deste predicado é o substantivo misericórdia que é transitivo porque pede complemento = pelos pobres (Complemento Nominal).

    O trabalho / é necessário ao homem.
    O núcleo deste predicado é o adjetivo necessário que é transitivo porque pede complemento = ao homem (Complemento Nominal)

    AGENTE DA PASSIVA: Já estudamos que o sujeito agente age e o sujeito paciente sofre uma ação, conforme vemos em:

    A empresa/rendeu bons lucros neste mês. Os lucros/foram rentáveis para a empresa.
    Sujeito. agente.                                     Sujeito. paciente

  • O PERÍODO

    Neste caso, temos uma nomenclatura distinta para designar o processo verbal, pois a locução foram rentáveis é chamada de locução verbal passiva e desencadeará um complemento, denominado agente da passiva. Vejamos outros exemplos:

    Machado de Assis / é adorado pelos leitores.
    Locução verbal + adorar + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    O homem / é corrompido pela ganância.
    Locução verbal + corromper + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    Termos acessórios da oração
    Anteriormente, estudamos os termos essenciais da oração, nomeados sujeito e predicado. Depois, os termos integrantes da oração, que vão ao encontro dos estudos do predicado, sendo nomeados como complementos (verbal ou nominal) ou objetos (diretos ou indiretos) e, finalmente estudaremos os termos acessórios da oração.
    Tais termos caracterizam-se por serem os substantivos, adjetivos e verbos que acompanham os substantivos e os verbos que exercem nas orações as funções essenciais, como núcleo do sujeito e do predicado.

  • O PERÍODO

    Os termos acessórios têm a característica de serem acidentais explicativos ou circunstanciais, vejamos inicialmente, um exemplo bem claro, apenas contendo o predicado verbal:

    Nevou.

    Sabemos que se trata de um verbo que designa um fenômeno da natureza e é suficiente para passar transmitir a ideia, mas pode estar rodeado de termos acessórios, que ampliam a gama de informações que poderão estar contidas nele:

    Nevou fortemente no sul dos Estados Unidos.

    Sabemos que esta é uma oração sem sujeito e seu predicado é verbal, desse modo, as informações, todas em destaque, são consideradas termos acessórios, pois corroboram para os detalhes de uma ideia já conhecida.
    Os termos acessórios da oração podem ser adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais, apostos e vocativos.

  • O PERÍODO

    O ADJUNTO ADVERBIAL é um termo que indica uma circunstância e modifica um verbo, conforme veremos nos destaques:
    1) Ontem viajei de ônibus àquela horrível cidade.
    2) O amor mudou muito.
    3) Ainda amava, muito mais que no início.
    4) Cortou-a com a faca.

    ADJUNTO ADNOMINAL é o termo acessório que explica, determina ou especifica um substantivo, ou seja, tem uma função de adjetivação do substantivo e, dentro da oração, as classes que o constituem são: adjetivos, artigos, numerais e pronomes, conforme em:

    A jovem professora / escreveu um livro notável.

    SUJEITO (simples): A jovem professora.
    NÚCLEO DO SUJEITO: professora.
    PREDICADO (verbal): escreveu um livro notável.
    NÚCLEO DO PREDICADO: escreveu (VTD).
    OBJETO DIRETO: um livro notável.
    NÚCLEO DO OBJETO DIRETO: livro (substantivo).
    COMPLEMENTO NOMINAL: notável (do OD: o livro era notável).

  • O PERÍODO

    Tendo analisado os temos essenciais e integrantes da oração passemos aos adjuntos adnominais (acessórios).
    A jovem professora / escreveu um livro notável.
    1   2                                                 3      4         5

    São ADJUNTOS ADNOMINAIS:

    1) artigo
    2) adjetivo
    3) artigo
    4) substantivo
    5) adjetivo

    O APOSTO é o termo acessório que amplia, explica, resume ou desenvolve a ideia de outro termo e vem sempre entre vírgulas ou inserido em outro tipo de pontuação, conforme em:

    1) Hoje, quarta-feira, é dia de feira.
    2) A teologia, ciência das religiões, anda pouco procurada.
    3) A humanidade se estrutura em: corpo e alma.
    4) Machado de Assis, maior escritor brasileiro, ainda vive em nossas mentes.
    5) A aula de hoje, comunicação empresarial, está monótona.

  • O PERÍODO

    O VOCATIVO é também um termo acessório da oração que tem a função de chamar, evocar um ouvinte ou a segunda pessoa do discurso, conforme em:

    1) Que venhas, belo sol da manhã.
    2) Tu, poderosa anfitriã, não os deixe sair bêbados.
    3) Marcela, venha já até aqui.

    Não podemos esquecer que não é a função desta oficina estudar de forma aprofundada a gramática, mas relembrar as questões gramaticais mais importantes, e, por este motivo, sempre que uma dúvida de maior porte surgir, utilize uma boa gramática.

    Na próxima aula trataremos do período Composto.
    Até lá....

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.

    http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/sintaxe-exercicios-com-gabarito.html

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Módulo 6 - Frase, Oração e Período
  • Frase, Oração e Período

    Frase, Oração e Período

    Após a revisão de todas as classes gramaticais, veremos mais profundamente as diferenças e semelhanças entre frase, oração e período.

    Fique atento, pois será muito importante rever os conhecimentos já trabalhados.

  • A Frase

    A FRASE

    FRASE é uma unidade de comunicação linguística e não se constitui, necessariamente, por um verbo. No entanto as frases podem ser nominais ou verbais.

    São exemplos de frases nominais constituídas sem verbos:
    Rua!
    Socorro!

    São exemplos de frases nominais, também as constituídas por um verbo de ligação:
    ser, estar, parecer, permanecer, andar, no sentido de estar

    As frases verbais são constituídas por um verbo de ação:
    Amar, cantar, correr, descer, sorrir, suar, caminhar, beijar, suprir

  • A Frase

    Vejamos exemplos de frases retiradas do fragmento do texto Exemvel – Excelência Empresarial Sustentável (2008, p. 110)¹:

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação. (2) Sistemas tradicionalmente utilizados como referencial – (3) centrados em cargos – (2) vêm mostrando sua fragilidade em articular sistemicamente as várias ações da gestão da organização, e, por conseguinte, (4) comprometem o reconhecimento de seu valor.

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

    O trecho é composto por onze frases, sendo a (3) intercalada e não contém nenhuma frase chamada nominal, embora possua o verbo ser, que neste caso apóia o verbo principal. Teríamos um exemplo desta tipologia se modificássemos a frase (1), usando um verbo de ligação que desencadeia tal ideia e não apenas acompanha o verbo principal. O verbo parece formar uma locução verbal com o infinitivo (não há conjugação) passar.

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação.
    (1) O mercado parece passar por um amplo processo de transformação.

    ¹ Retirado do livro "Os mais relevantes projetos de conclusão dos cursos MBAs 2006". Coordenação editorial de Maria Madalena Nascimento Fonseca. Santo André, SP: Strong, 2007.
  • A Frase

    As frases podem ser de diversos tipos:

     Interrogativas, quando questionam;
     Imperativas, quando ordenam;
     Exclamativas, quando demonstram um estado afetivo ou entonação; e
     Declarativas, afirmativas ou negativas, quando declaram algo.

    Tais estruturas ão constituídas por duas partes muito importantes:

    Sujeito, que é o ser que age, sofre ação ou declara alguma coisa.

    Predicado, que pode ser nominal, quando seu núcleo for um verbo de ligação, ou verbal quando o seu núcleo for um verbo de ação, veja:

    O mercado/ está passando por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

    O mercado/ parece passar por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ligação – Predicado nominal.

  • A ORAÇÃO

    IMPORTANTE!!!!!

    Toda a frase que for constituída de um verbo, seja verbal ou nominal, que tenha um sujeito e um predicado ligados por este verbo entre si, chamamos de ORAÇÃO.

    Contamos o número de orações de uma frase de acordo com a quantidade de seus verbos, veja:

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

  • O PERÍODO

    O PERÍODO

    Chamamos de PERÍODO a frase constituída por uma ou mais orações, podendo ser simples ou composto.
    Um período simples é formado por uma única oração absoluta.
    Um período composto constrói-se por meio de duas ou mais orações e pode articular-se por coordenação ou por subordinação, conforme vimos anteriormente.

    O período simples

    Sabemos que o período simples é aquele que é formado por apenas uma oração, na qual o sujeito, o predicado e seus termos essenciais, estão ligados por um verbo. Dizer que um período possui termos essenciais, indica que são esses os termos indispensáveis para a formação de ações de uma sentença.
    Estudaremos tais termos: sujeito e predicado, denominados termos essenciais da oração, respectivamente.

    Termos essenciais da oração: sujeito

    Quando existe, o sujeito concorda com o verbo, vejamos:

    O mercado /está passando por um amplo processo de transformação.
    Sujeito Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

  • O PERÍODO

    Quanto à tipologia, o sujeito pode ser:

    SUJEITO SIMPLES: Quando tiver apenas um núcleo.
    EXEMPLO: O mercado / está passando por mudanças.

    O sujeito da oração é o vocábulo "mercado" que também é o seu núcleo.

    SUJEITO COMPOSTO: Quando existir mais de um núcleo do sujeito.
    EXEMPLO: O escritório e a produção da empresa / são partes igualmente importantes.

    O sujeito da oração compreende toda a primeira parte e tem como núcleos os substantivos "escritório" e "produção da empresa".

    SUJEITO INDETERMINADO: Quando não está evidenciado o núcleo, e no lugar dele existe a terceira pessoa do plural ou a terceira pessoa do singular, seguida do pronome "se".

    EXEMPLOS:
    Disseram que fariam greve.
    Quem disse que fará greve? "Eles".

    Precisam-se de digitadores.
    Do que é que se precisa? De "digitadores" ou "deles", equivalente a terceira pessoa do plural.

  • O PERÍODO

    ORAÇÃO SEM SUJEITO: Quando não há sujeito, as orações são compostas apenas por predicado e acontecem principalmente:

    a) Com verbos indicativos de fenômenos da natureza (chover, nevar, etc.).
    EXEMPLOS: Choveu muito esta noite.
    Chuviscou.

    b) Com os verbos estar, fazer, haver e ser, indicativos de fenômenos meteorológicos.
    EXEMPLO: Faz calor na cidade.
    Ainda está cedo.

    c) Com o verbo haver (quando é impessoal) indicando a existência de algo ou um acontecimento.
    EXEMPLOS: Havia bons motivos para a greve.
    Houve rebelião durante a tentativa de paz.

    Termos essenciais da oração: O predicado
    O predicado é a informação nova a ser revelada sobre o sujeito e pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.

  • O PERÍODO

    PREDICADO VERBAL: É o predicado que tem como núcleo um verbo de ação, ou seja, um verbo com transitividade, como o verbo comprar, no exemplo a seguir:
    A empresa /projeta muitos lucros.
    Predicado verbal

    PREDICADO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome ou um verbo de ligação, que irá qualificar o sujeito.
    EXEMPLOS:
    O setor parece frágil. (adjetivo)
    Predicado nominal

    As estratégias de vendas / andam problemáticas. (substantivo)
    Predicado nominal

    PREDICADO VERBO-NOMINAL: É o predicado que apresenta mais de um complemento, podendo ser um do sujeito e outro do objeto.
    Os homens / julgam as corporações * inconstantes.
    O verbo julgar pede um complemento, denominado verbal, e embutido no seu complemento que são as corporações, está presente outro conceito relativo, marcado com asterisco, o qual indica que as corporações, Complemento Verbal, *são inconstantes, que constitui um Complemento Nominal.
    Note que o verbo ser não está presente na forma escrita, mas é perfeitamente adequado à situação.

    . Termos integrantes da oração

    Os termos integrantes da oração aparecem quando analisamos o predicado das orações, que como já estudamos, pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.
    Existem, portanto os complementos verbais e nominais e agentes da passiva. Vejamo-los respectivamente:

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO VERBAL

    O complemento verbal pode identificar, de acordo com a transitividade dos verbos nele empregados, o objeto direto e o objeto indireto, conforme em:

    A empresa / comprou / vale-transportes.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Direto)
    Complemento sem preposição= vale-transportes (Objeto Direto)

    A empresa / precisa de dinheiro.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Indireto)
    Complemento com preposição = de dinheiro (Objeto Indireto)

    A empresa / viabilizou benefícios para os funcionários.
    Verbo que pede dois complementos (Verbo Transitivo Direto e Indireto)
    Complemento sem preposição = benefícios (Objeto Direto)
    Complemento com preposição = para os funcionários (Objeto Indireto)

    Maria / chorou.
    Verbo que não pede complemento (Verbo Intransitivo)
    Se não há Complemento Verbal, não há objeto.

    DICA ÚTIL: Dependendo do contexto, os verbos pedirão ou não complemento; quando não o pedirem são chamados intransitivos, quando pedirem complemento e estes não necessitarem de preposição, serão transitivos diretos, mas quando necessitarem serão transitivos indiretos ou serão ambos.

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome, que conforme já estudamos, pode ser transitivo, ou seja, pedir um complemento. Enquanto ao complemento de um verbo de ação, damos o nome de complemento verbal, e ao núcleo nominal, damos o nome de complemento nominal.

    EXEMPLOS:
    Joana / desenvolveu profunda misericórdia pelos pobres.
    O núcleo deste predicado é o substantivo misericórdia que é transitivo porque pede complemento = pelos pobres (Complemento Nominal).

    O trabalho / é necessário ao homem.
    O núcleo deste predicado é o adjetivo necessário que é transitivo porque pede complemento = ao homem (Complemento Nominal)

    AGENTE DA PASSIVA: Já estudamos que o sujeito agente age e o sujeito paciente sofre uma ação, conforme vemos em:

    A empresa/rendeu bons lucros neste mês. Os lucros/foram rentáveis para a empresa.
    Sujeito. agente.                                     Sujeito. paciente

  • O PERÍODO

    Neste caso, temos uma nomenclatura distinta para designar o processo verbal, pois a locução foram rentáveis é chamada de locução verbal passiva e desencadeará um complemento, denominado agente da passiva. Vejamos outros exemplos:

    Machado de Assis / é adorado pelos leitores.
    Locução verbal + adorar + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    O homem / é corrompido pela ganância.
    Locução verbal + corromper + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    Termos acessórios da oração
    Anteriormente, estudamos os termos essenciais da oração, nomeados sujeito e predicado. Depois, os termos integrantes da oração, que vão ao encontro dos estudos do predicado, sendo nomeados como complementos (verbal ou nominal) ou objetos (diretos ou indiretos) e, finalmente estudaremos os termos acessórios da oração.
    Tais termos caracterizam-se por serem os substantivos, adjetivos e verbos que acompanham os substantivos e os verbos que exercem nas orações as funções essenciais, como núcleo do sujeito e do predicado.

  • O PERÍODO

    Os termos acessórios têm a característica de serem acidentais explicativos ou circunstanciais, vejamos inicialmente, um exemplo bem claro, apenas contendo o predicado verbal:

    Nevou.

    Sabemos que se trata de um verbo que designa um fenômeno da natureza e é suficiente para passar transmitir a ideia, mas pode estar rodeado de termos acessórios, que ampliam a gama de informações que poderão estar contidas nele:

    Nevou fortemente no sul dos Estados Unidos.

    Sabemos que esta é uma oração sem sujeito e seu predicado é verbal, desse modo, as informações, todas em destaque, são consideradas termos acessórios, pois corroboram para os detalhes de uma ideia já conhecida.
    Os termos acessórios da oração podem ser adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais, apostos e vocativos.

  • O PERÍODO

    O ADJUNTO ADVERBIAL é um termo que indica uma circunstância e modifica um verbo, conforme veremos nos destaques:
    1) Ontem viajei de ônibus àquela horrível cidade.
    2) O amor mudou muito.
    3) Ainda amava, muito mais que no início.
    4) Cortou-a com a faca.

    ADJUNTO ADNOMINAL é o termo acessório que explica, determina ou especifica um substantivo, ou seja, tem uma função de adjetivação do substantivo e, dentro da oração, as classes que o constituem são: adjetivos, artigos, numerais e pronomes, conforme em:

    A jovem professora / escreveu um livro notável.

    SUJEITO (simples): A jovem professora.
    NÚCLEO DO SUJEITO: professora.
    PREDICADO (verbal): escreveu um livro notável.
    NÚCLEO DO PREDICADO: escreveu (VTD).
    OBJETO DIRETO: um livro notável.
    NÚCLEO DO OBJETO DIRETO: livro (substantivo).
    COMPLEMENTO NOMINAL: notável (do OD: o livro era notável).

  • O PERÍODO

    Tendo analisado os temos essenciais e integrantes da oração passemos aos adjuntos adnominais (acessórios).
    A jovem professora / escreveu um livro notável.
    1   2                                                 3      4         5

    São ADJUNTOS ADNOMINAIS:

    1) artigo
    2) adjetivo
    3) artigo
    4) substantivo
    5) adjetivo

    O APOSTO é o termo acessório que amplia, explica, resume ou desenvolve a ideia de outro termo e vem sempre entre vírgulas ou inserido em outro tipo de pontuação, conforme em:

    1) Hoje, quarta-feira, é dia de feira.
    2) A teologia, ciência das religiões, anda pouco procurada.
    3) A humanidade se estrutura em: corpo e alma.
    4) Machado de Assis, maior escritor brasileiro, ainda vive em nossas mentes.
    5) A aula de hoje, comunicação empresarial, está monótona.

  • O PERÍODO

    O VOCATIVO é também um termo acessório da oração que tem a função de chamar, evocar um ouvinte ou a segunda pessoa do discurso, conforme em:

    1) Que venhas, belo sol da manhã.
    2) Tu, poderosa anfitriã, não os deixe sair bêbados.
    3) Marcela, venha já até aqui.

    Não podemos esquecer que não é a função desta oficina estudar de forma aprofundada a gramática, mas relembrar as questões gramaticais mais importantes, e, por este motivo, sempre que uma dúvida de maior porte surgir, utilize uma boa gramática.

    Na próxima aula trataremos do período Composto.
    Até lá....

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.

    http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/sintaxe-exercicios-com-gabarito.html

  • Autoavaliação

    Autoavaliação

    1. Na oração: "Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha", o núcleo do sujeito é:


    d. vaqueiros

    2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:


    e. não existem flores no vaso (sujeito inexistente)

    3. Em "Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta", o sujeito desta oração é:


    a. subentendido
  • Módulo 6: Frase, Oração e Período

    Após a revisão de todas as classes gramaticais, veremos mais profundamente as diferenças e semelhanças entre frase, oração e período.

    Fique atento, pois será muito importante rever os conhecimentos já trabalhados.

  • A Frase

    A FRASE

    FRASE é uma unidade de comunicação linguística e não se constitui, necessariamente, por um verbo. No entanto as frases podem ser nominais ou verbais.

    São exemplos de frases nominais constituídas sem verbos:
    Rua!
    Socorro!

    São exemplos de frases nominais, também as constituídas por um verbo de ligação:
    ser, estar, parecer, permanecer, andar, no sentido de estar

    As frases verbais são constituídas por um verbo de ação:
    Amar, cantar, correr, descer, sorrir, suar, caminhar, beijar, suprir

  • A Frase

    Vejamos exemplos de frases retiradas do fragmento do texto Exemvel – Excelência Empresarial Sustentável (2008, p. 110)¹:

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação. (2) Sistemas tradicionalmente utilizados como referencial – (3) centrados em cargos – (2) vêm mostrando sua fragilidade em articular sistemicamente as várias ações da gestão da organização, e, por conseguinte, (4) comprometem o reconhecimento de seu valor.

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

    O trecho é composto por onze frases, sendo a (3) intercalada e não contém nenhuma frase chamada nominal, embora possua o verbo ser, que neste caso apóia o verbo principal. Teríamos um exemplo desta tipologia se modificássemos a frase (1), usando um verbo de ligação que desencadeia tal ideia e não apenas acompanha o verbo principal. O verbo parece formar uma locução verbal com o infinitivo (não há conjugação) passar.

    (1) O mercado está passando por um amplo processo de transformação.
    (1) O mercado parece passar por um amplo processo de transformação.

    ¹ Retirado do livro "Os mais relevantes projetos de conclusão dos cursos MBAs 2006". Coordenação editorial de Maria Madalena Nascimento Fonseca. Santo André, SP: Strong, 2007.
  • A Frase

    As frases podem ser de diversos tipos:

     Interrogativas, quando questionam;
     Imperativas, quando ordenam;
     Exclamativas, quando demonstram um estado afetivo ou entonação; e
     Declarativas, afirmativas ou negativas, quando declaram algo.

    Tais estruturas ão constituídas por duas partes muito importantes:

    Sujeito, que é o ser que age, sofre ação ou declara alguma coisa.

    Predicado, que pode ser nominal, quando seu núcleo for um verbo de ligação, ou verbal quando o seu núcleo for um verbo de ação, veja:

    O mercado/ está passando por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

    O mercado/ parece passar por um amplo processo de transformação.
    Locução Verbal de Ligação – Predicado nominal.

  • A ORAÇÃO

    IMPORTANTE!!!!!

    Toda a frase que for constituída de um verbo, seja verbal ou nominal, que tenha um sujeito e um predicado ligados por este verbo entre si, chamamos de ORAÇÃO.

    Contamos o número de orações de uma frase de acordo com a quantidade de seus verbos, veja:

    (5) Para lidar adequadamente com esta realidade (6) existe uma abordagem de gestão de pessoas (7) que tem no seu núcleo o conceito de competência. (8) Este conceito apresenta imensas possibilidades de (9) articular as relações entre as diferentes ações de gestão de RH, como por exemplo, a (10) conjugação de desempenho, desenvolvimento e potencial, (11) aumentando em consequência a sinergia do sistema.

  • O PERÍODO

    O PERÍODO

    Chamamos de PERÍODO a frase constituída por uma ou mais orações, podendo ser simples ou composto.
    Um período simples é formado por uma única oração absoluta.
    Um período composto constrói-se por meio de duas ou mais orações e pode articular-se por coordenação ou por subordinação, conforme vimos anteriormente.

    O período simples

    Sabemos que o período simples é aquele que é formado por apenas uma oração, na qual o sujeito, o predicado e seus termos essenciais, estão ligados por um verbo. Dizer que um período possui termos essenciais, indica que são esses os termos indispensáveis para a formação de ações de uma sentença.
    Estudaremos tais termos: sujeito e predicado, denominados termos essenciais da oração, respectivamente.

    Termos essenciais da oração: sujeito

    Quando existe, o sujeito concorda com o verbo, vejamos:

    O mercado /está passando por um amplo processo de transformação.
    Sujeito Locução Verbal de Ação – Predicado verbal.

  • O PERÍODO

    Quanto à tipologia, o sujeito pode ser:

    SUJEITO SIMPLES: Quando tiver apenas um núcleo.
    EXEMPLO: O mercado / está passando por mudanças.

    O sujeito da oração é o vocábulo "mercado" que também é o seu núcleo.

    SUJEITO COMPOSTO: Quando existir mais de um núcleo do sujeito.
    EXEMPLO: O escritório e a produção da empresa / são partes igualmente importantes.

    O sujeito da oração compreende toda a primeira parte e tem como núcleos os substantivos "escritório" e "produção da empresa".

    SUJEITO INDETERMINADO: Quando não está evidenciado o núcleo, e no lugar dele existe a terceira pessoa do plural ou a terceira pessoa do singular, seguida do pronome "se".

    EXEMPLOS:
    Disseram que fariam greve.
    Quem disse que fará greve? "Eles".

    Precisam-se de digitadores.
    Do que é que se precisa? De "digitadores" ou "deles", equivalente a terceira pessoa do plural.

  • O PERÍODO

    ORAÇÃO SEM SUJEITO: Quando não há sujeito, as orações são compostas apenas por predicado e acontecem principalmente:

    a) Com verbos indicativos de fenômenos da natureza (chover, nevar, etc.).
    EXEMPLOS: Choveu muito esta noite.
    Chuviscou.

    b) Com os verbos estar, fazer, haver e ser, indicativos de fenômenos meteorológicos.
    EXEMPLO: Faz calor na cidade.
    Ainda está cedo.

    c) Com o verbo haver (quando é impessoal) indicando a existência de algo ou um acontecimento.
    EXEMPLOS: Havia bons motivos para a greve.
    Houve rebelião durante a tentativa de paz.

    Termos essenciais da oração: O predicado
    O predicado é a informação nova a ser revelada sobre o sujeito e pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.

  • O PERÍODO

    PREDICADO VERBAL: É o predicado que tem como núcleo um verbo de ação, ou seja, um verbo com transitividade, como o verbo comprar, no exemplo a seguir:
    A empresa /projeta muitos lucros.
    Predicado verbal

    PREDICADO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome ou um verbo de ligação, que irá qualificar o sujeito.
    EXEMPLOS:
    O setor parece frágil. (adjetivo)
    Predicado nominal

    As estratégias de vendas / andam problemáticas. (substantivo)
    Predicado nominal

    PREDICADO VERBO-NOMINAL: É o predicado que apresenta mais de um complemento, podendo ser um do sujeito e outro do objeto.
    Os homens / julgam as corporações * inconstantes.
    O verbo julgar pede um complemento, denominado verbal, e embutido no seu complemento que são as corporações, está presente outro conceito relativo, marcado com asterisco, o qual indica que as corporações, Complemento Verbal, *são inconstantes, que constitui um Complemento Nominal.
    Note que o verbo ser não está presente na forma escrita, mas é perfeitamente adequado à situação.

    . Termos integrantes da oração

    Os termos integrantes da oração aparecem quando analisamos o predicado das orações, que como já estudamos, pode ser verbal, nominal e verbo-nominal.
    Existem, portanto os complementos verbais e nominais e agentes da passiva. Vejamo-los respectivamente:

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO VERBAL

    O complemento verbal pode identificar, de acordo com a transitividade dos verbos nele empregados, o objeto direto e o objeto indireto, conforme em:

    A empresa / comprou / vale-transportes.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Direto)
    Complemento sem preposição= vale-transportes (Objeto Direto)

    A empresa / precisa de dinheiro.
    Verbo que pede complemento (Verbo Transitivo Indireto)
    Complemento com preposição = de dinheiro (Objeto Indireto)

    A empresa / viabilizou benefícios para os funcionários.
    Verbo que pede dois complementos (Verbo Transitivo Direto e Indireto)
    Complemento sem preposição = benefícios (Objeto Direto)
    Complemento com preposição = para os funcionários (Objeto Indireto)

    Maria / chorou.
    Verbo que não pede complemento (Verbo Intransitivo)
    Se não há Complemento Verbal, não há objeto.

    DICA ÚTIL: Dependendo do contexto, os verbos pedirão ou não complemento; quando não o pedirem são chamados intransitivos, quando pedirem complemento e estes não necessitarem de preposição, serão transitivos diretos, mas quando necessitarem serão transitivos indiretos ou serão ambos.

  • O PERÍODO

    COMPLEMENTO NOMINAL: É o predicado que tem como núcleo um nome, que conforme já estudamos, pode ser transitivo, ou seja, pedir um complemento. Enquanto ao complemento de um verbo de ação, damos o nome de complemento verbal, e ao núcleo nominal, damos o nome de complemento nominal.

    EXEMPLOS:
    Joana / desenvolveu profunda misericórdia pelos pobres.
    O núcleo deste predicado é o substantivo misericórdia que é transitivo porque pede complemento = pelos pobres (Complemento Nominal).

    O trabalho / é necessário ao homem.
    O núcleo deste predicado é o adjetivo necessário que é transitivo porque pede complemento = ao homem (Complemento Nominal)

    AGENTE DA PASSIVA: Já estudamos que o sujeito agente age e o sujeito paciente sofre uma ação, conforme vemos em:

    A empresa/rendeu bons lucros neste mês. Os lucros/foram rentáveis para a empresa.
    Sujeito. agente.                                     Sujeito. paciente

  • O PERÍODO

    Neste caso, temos uma nomenclatura distinta para designar o processo verbal, pois a locução foram rentáveis é chamada de locução verbal passiva e desencadeará um complemento, denominado agente da passiva. Vejamos outros exemplos:

    Machado de Assis / é adorado pelos leitores.
    Locução verbal + adorar + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    O homem / é corrompido pela ganância.
    Locução verbal + corromper + particípio
    Agente da passiva = preposição + substantivo.

    Termos acessórios da oração
    Anteriormente, estudamos os termos essenciais da oração, nomeados sujeito e predicado. Depois, os termos integrantes da oração, que vão ao encontro dos estudos do predicado, sendo nomeados como complementos (verbal ou nominal) ou objetos (diretos ou indiretos) e, finalmente estudaremos os termos acessórios da oração.
    Tais termos caracterizam-se por serem os substantivos, adjetivos e verbos que acompanham os substantivos e os verbos que exercem nas orações as funções essenciais, como núcleo do sujeito e do predicado.

  • O PERÍODO

    Os termos acessórios têm a característica de serem acidentais explicativos ou circunstanciais, vejamos inicialmente, um exemplo bem claro, apenas contendo o predicado verbal:

    Nevou.

    Sabemos que se trata de um verbo que designa um fenômeno da natureza e é suficiente para passar transmitir a ideia, mas pode estar rodeado de termos acessórios, que ampliam a gama de informações que poderão estar contidas nele:

    Nevou fortemente no sul dos Estados Unidos.

    Sabemos que esta é uma oração sem sujeito e seu predicado é verbal, desse modo, as informações, todas em destaque, são consideradas termos acessórios, pois corroboram para os detalhes de uma ideia já conhecida.
    Os termos acessórios da oração podem ser adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais, apostos e vocativos.

  • O PERÍODO

    O ADJUNTO ADVERBIAL é um termo que indica uma circunstância e modifica um verbo, conforme veremos nos destaques:
    1) Ontem viajei de ônibus àquela horrível cidade.
    2) O amor mudou muito.
    3) Ainda amava, muito mais que no início.
    4) Cortou-a com a faca.

    ADJUNTO ADNOMINAL é o termo acessório que explica, determina ou especifica um substantivo, ou seja, tem uma função de adjetivação do substantivo e, dentro da oração, as classes que o constituem são: adjetivos, artigos, numerais e pronomes, conforme em:

    A jovem professora / escreveu um livro notável.

    SUJEITO (simples): A jovem professora.
    NÚCLEO DO SUJEITO: professora.
    PREDICADO (verbal): escreveu um livro notável.
    NÚCLEO DO PREDICADO: escreveu (VTD).
    OBJETO DIRETO: um livro notável.
    NÚCLEO DO OBJETO DIRETO: livro (substantivo).
    COMPLEMENTO NOMINAL: notável (do OD: o livro era notável).

  • O PERÍODO

    Tendo analisado os temos essenciais e integrantes da oração passemos aos adjuntos adnominais (acessórios).
    A jovem professora / escreveu um livro notável.
    1   2                                                 3      4         5

    São ADJUNTOS ADNOMINAIS:

    1) artigo
    2) adjetivo
    3) artigo
    4) substantivo
    5) adjetivo

    O APOSTO é o termo acessório que amplia, explica, resume ou desenvolve a ideia de outro termo e vem sempre entre vírgulas ou inserido em outro tipo de pontuação, conforme em:

    1) Hoje, quarta-feira, é dia de feira.
    2) A teologia, ciência das religiões, anda pouco procurada.
    3) A humanidade se estrutura em: corpo e alma.
    4) Machado de Assis, maior escritor brasileiro, ainda vive em nossas mentes.
    5) A aula de hoje, comunicação empresarial, está monótona.

  • O PERÍODO

    O VOCATIVO é também um termo acessório da oração que tem a função de chamar, evocar um ouvinte ou a segunda pessoa do discurso, conforme em:

    1) Que venhas, belo sol da manhã.
    2) Tu, poderosa anfitriã, não os deixe sair bêbados.
    3) Marcela, venha já até aqui.

    Não podemos esquecer que não é a função desta oficina estudar de forma aprofundada a gramática, mas relembrar as questões gramaticais mais importantes, e, por este motivo, sempre que uma dúvida de maior porte surgir, utilize uma boa gramática.

    Na próxima aula trataremos do período Composto.
    Até lá....

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.

    http://www.portuguesconcurso.com/2009/07/sintaxe-exercicios-com-gabarito.html


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