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Módulo 7 - Período Composto
  • Módulo 7: Período Composto por Coordenação e por Subordinação

    Já foi uma revisão sobre o período simples, ou seja, frases que se constituem de apenas um verbo ou de uma locução verbal. Agora trataremos do período composto, que possui mais de um verbo, portanto mais de uma oração. O período composto pode apresentar duas relações distintas entre as orações: de coordenação ou de subordinação.

  • O período composto por coordenação

    As orações coordenadas são orações igualmente importantes para o período e, o mais importante aqui, não é saber toda a tipologia, mas saber que as orações podem ser assindéticas, quando unidas por justaposição, e sindéticas quando possuírem um síndeto, ou seja, uma conjunção.
    Tal explicação fica mais clara se verificarmos os exemplos:

    a) Saiu cedo, comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Assindética

    b) Saiu cedo e comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Sindética

    Fica claro que no exemplo "a" a união das orações é feita por uma vírgula e no exemplo "b", tal união acontece pela conjunção aditiva "e".
    Quando um período é composto por coordenação sindética, ou seja, possui conjunção, pode ser classificado, mediante a esta conjunção, da seguinte maneira:

    Oração Coordenada Sindética Aditiva – quando a ideia é de adição. (e, nem)
    Deitei E dormi.
    Não me diverti NEM brinquei.

  • Oração Coordenada Sindética Adversativa – quando a ideia é de oposição. (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto)
    Deitei, PORÉM não dormi.
    São Paulo é rica MAS o trânsito da cidade vai parar.

    Oração Coordenada Sindética Alternativa – quando a ideia é de alternância. (ora... ora, ou... ou, quer... quer)
    Fale agora OU cale-se para sempre.
    ORA brinca de boneca ORA quer ser adulta.

    Oração Coordenada Sindética Conclusiva – quando a ideia é de conclusão. (logo, portanto, então)
    Estudou, LOGO passou no vestibular.
    Gostamos um do outro, PORTANTO casaremos.

    Oração Coordenada Sindética Explicativa – quando a ideia é de explicação. (que, porque, pois)
    Ela não gosta de sair à noite PORQUE teme o escuro.
    Seja simpática QUE os amigos aparecerão.

  • Não há dificuldade para a identificação de um período composto por coordenação. O único problema é a verificação de que as duas orações possuem a mesma importância, não há uma mais importante do que a outra; feita esta constatação, é preciso ver como as orações estão unidas, por justaposição, assindéticas (ou por uma conjunção), ou sindéticas. Caso sejam sindéticas, cabe analisar a ideia da conjunção e identificar a tipologia.
    Para analisar sintaticamente um período composto, devemos separá-lo em todos os períodos simples que contiver e proceder verificando os termos essenciais, integrantes e acessórios de cada um destes períodos.
    Veja o seguinte exemplo de uma análise do período composto por coordenação:

    Ela mudou , pois o apartamento está vazio.
    Oração 1                    Oração 2

    Oração 1:
    Sujeito: ela .
    Núcleo do sujeito: ela – pronome pessoal do caso reto.
    Predicado verbal: mudou.
    Núcleo do predicado: mudou – Verbo Intransitivo.

    Oração 2:
    Sujeito: o apartamento.
    Núcleo do sujeito: apartamento.
    Predicado nominal: está vazio.
    Núcleo do predicado: está – Verbo de Ligação.
    Predicativo do sujeito: vazio.

    Termos acessórios: pois – conjunção explicativa.
    O: adjunto adnominal de "apartamento".

    Conclusão da análise: as orações coordenadas estão unidas pelo síndeto/conjunção "pois" com o valor explicativo e, devido a isto, em sua totalidade, é considerada uma oração coordenada sindética explicativa.

  • O período composto por subordinação

    Revisamos o período composto por coordenação e sabemos que existem os períodos compostos por subordinação e os períodos mistos.
    Na coordenação sabemos que as orações que estão articuladas a outras têm igual importância, mas na subordinação a relação entre tais orações, como diz o próprio nome é de subordinação, ou seja, uma é a oração principal e as outras estão dependentes dela e são as denominadas orações subordinadas.
    As orações subordinadas podem ser orações desenvolvidas, ou seja, orações que apresentam o verbo conjugado em uma das formas possíveis e, normalmente, apresentam uma conjunção ou um pronome relativo.
    As formas reduzidas acontecem quando o verbo da oração apresenta-se nas formas de infinitivo, gerúndio ou particípio.
    Há três grandes grupos de subordinadas: as substantivas, que possuem funções iguais as de um substantivo, ou seja, sujeito, objetos, complemento nominal, predicativo e aposto; as adjetivas, por sua vez, desempenham as funções que um adjetivo pode possuir, tais como, restritivo ou explicativo e, finalmente, as adverbiais, que possuem o maior número de utilizações, visto acompanharem as possíveis utilizações de um advérbio na oração em que está inserido, sendo elas de causa, consequência, condição, concessão, comparação, conformidade, finalidade, proporção e tempo.

  • Lembremos, rapidamente exemplos de cada uma das respectivas tipologias de subordinadas, mas não esqueça que se existirem dúvidas maiores recorra sempre há uma gramática de qualidade conforme as citadas no final deste livro.
    Passaremos agora ao estudo das orações subordinadas adjetivas, que se apresentam em menor número às substantivas


    O.S.Substantivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) subjetivas:
    Orações que exercem a função de sujeito.
    EXEMPLO: É preciso /que haja alguma coisa de flor em tudo isto (Vinícius de Moraes)
              OP                   O.S.S. Subjetiva

    2) objetivas diretas:
    Orações que exercem a função de objeto direto.
    EXEMPLO: Juro /que falarei toda a verdade.
              OP             O.S.S. Objetiva Direta

    3) objetivas indiretas:
    Orações que exercem a função de objeto indireto.
    EXEMPLO: Lembre-se/de que falarei toda a verdade.
              OP                    O.S.S. Objetiva Indireta

    4) completivas nominais:
    Orações que exercem a função de complemento nominal.
    EXEMPLO: Tenho a certeza/ de que estamos realizados.
              OP                             O.S.S. Completiva Nominal

    5) predicativas:
    Orações que exercem a função de predicativo do sujeito.
    EXEMPLO: Meu desejo é/ que tenhas bons sonhos.
              OP                         O.S.S. Predicativa

    6) apositivas:
    Orações que exercem a função de aposto.
    EXEMPLO: só desejo uma coisa: que se case comigo.
              OP             O.S.S. Apositiva

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais são, em número, as mais relevantes, pois se referem AA circunstâncias diversas, conforme em:


    O.S. Adjetivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) restritivas:
    Oração que possui uma restrição.
    EXEMPLO: As mulheres/que gostam de si mesmas são seguras. O.S.A. Restritiva
              OP                               restrição

    2) explicativas:
    Oração que possui uma explicação.
    EXEMPLO: As mulheres, /que gostam de si mesmas, são seguras. O.S.A. Explicativa
              OP                               Explicação

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais, últimas a serem lembradas exprimem algumas circunstâncias.


    O.S. Adverbiais: São circunstanciais de acordo com o advérbio utilizado.

    1) causa:
    Eu te amo porque não amo a mim mesmo. (Carlos Drummond Andrade)

    2) consequência:
    O cão é tão gordo que explodiu.

    3) condição:
    Tudo vale a pena se alma não é pequena. (Fernando Pessoa)

    4) concessão:
    Só irei se ela for.

    5) comparação:
    Eu deixo a arte como deixo a vida.

    6) conformidade:
    Como é o cão, também é o dono.

    7) finalidade:
    Vou cuidar dos filhos para que eles cuidem de mim.

    8) proporção:
    Quanto mais o tempo passa, mais gosto de ti.

    9) tempo:
    Antes de sair, feche a porta.

    LEGENDA:
    OS - Oração Subordinada.

  • Regência

    O que é regência?
    É o nome que damos à ligação das palavras interdependentes de uma sentença, podendo ser verbal ou nominal, pois sabemos que alguns verbos são transitivos e pedem complementos e alguns nomes também. Vejamos que a regência do verbo "referir" acontece da mesma forma que no substantivo "referência":

    A professora referiu-se à situação acadêmica. Objeto Indireto
    Verbo Transitivo Indireto

    A professora fez uma referência à situação acadêmica. Complemento Nominal
    Substantivo

    Muito importante:
    1. Os verbos e nomes que admitem complementos são chamados de subordinantes (referiu-se e referência).
    2. Os termos que são complementares, tanto objetos, quanto adjuntos são chamados subordinados ou regidos.

  • REGÊNCIA VERBAL: São, mediante a diversidade de complementos, as diferentes formas de um verbo:

    a. A enfermeira assistiu o doente.
    (ajudou)
    b. A enfermeira assistiu ao doente.
    (viu)

    a. Cheguei ao metrô.
    no local do

    b. Cheguei no metrô.
    no meio de transporte, dentro de

    Alguns verbos intransitivos, como, por exemplo, CHEGAR/IR/COMPARECER têm a seguinte regência:

    a. Cheguei a esta casa.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    b. Cheguei a esta casa em setembro.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    c. Fui ao cinema
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    d. Fui ao cinema ontem
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    e. Compareci ao estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    f. Compareci no estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

  • Não diferente dos outros, os verbos transitivos diretos merecem atenção, principalmente no que se refere ao uso dos pronomes oblíquos o, a, os, as, que indicam sempre um objeto direto.

    Quanto à regência alguns verbos ficam:

    Abandonar - abandoná-lo/la = abandonar ele/ela
    Adorar - adorá-la/lo = adorar ele/ela
    Conhecer - conhecê-lo/la = conhecer ele/ela

    IMPORTANTE: Apenas usamos o pronome oblíquo LHE quando este tiver valor de adjunto adnominal.

    EXEMPLO: Conheço-lhe o mau humor (dele).

    Quanto aos verbos transitivos indiretos, podemos considerar:

    Consistir (em) = A aula consiste em analise de tópicos.
    O verdadeiro saber consiste no aproveitamento dos conteúdos.

    Obedecer (a) = Obedeça aos seus pais.
    Obedeça às leis.

    Responder (a) = Responda ao questionário.
    Responda às questões.

    Renunciar (a) = Renuncio às minhas convicções.
    Renuncio ao espírito.

  • REGÊNCIA NOMINAL: É a forma como se apresentam os complementos dos nomes. Quanto aos "erros da norma padrão", acontecem em menor número do que na regência verbal. Vejamos:

    SUBSTANTIVOS
    1. Sentia aversão aos estudos.
    2. Tenho medo de você.
    3. Devo obediência a Igreja.
    4. Quando teremos respeito para com os pais?

    ADJETIVOS
    5. Escrevia poemas acessíveis a todos.
    6. Era capaz de produzir muitas peças de arte.
    7. José de Alencar é contemporâneo de Machado de Assis.
    8. Este filme é impróprio para crianças.
    9. Bom senso é necessário a todos.

    ADVÉRBIOS
    10. Todos os advérbios terminados em mente são regidos pela preposição "de".
    11. Os advérbios com ideia de relativo a, semelhante a também são regidos pela preposição "de".
    12. São da mesma forma regidos os advérbios perto e longe.

  • Concordância

    São muitas as regras para o estabelecimento da concordância, seja ela nominal ou verbal, e não devemos esquecer que neste livro trabalharemos apenas com as regras mais básicas.
    CONCORDÂNCIA NOMINAL

    À variação no gênero e número de um nome substantivo com relação a outro, adjetivo ou palavras com o valor de adjetivo (artigo, numeral, pronome adjetivo e particípio), recebem o nome de concordância nominal.
    Vejamos alguns substantivos isoladamente:
    Carro     Cachorro     Mesa     Bola

  • Ao atribuirmos aos substantivos uma definição, uma qualidade, e um número, veremos que todos os acompanhamentos, que também são nomes, se flexionam para realizar a concordância:

    Os carros são azuis.
    O carro é vermelho.

    O cachorro marrom corre intensamente.
    Os cachorros pretos são ferozes.

    As mesas de minha casa são italianas.
    A mesa acrílica de minha casa quebrou.

    A bola é de plástico.
    As bolas são verdes.
    As carroças velhas desapareceram.
    A charrete é charmosa.

    A cadela poodle é branquinha.
    As cachorrinhas são lindas.

    O quarto é de madeira.
    Os quartos são amplos.

    O pião é vermelho.
    Os piões são coloridos.
  • ALGUNS CASOS IMPORTANTES E ESPECIAIS:

    1. O adjetivo irá para o plural ou irá concordar com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentios.
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentio.

    2. No caso de substantivos com gêneros diferentes, o adjetivo ficará no masculino ou concordará com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiros.
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiras.
    A enciclopédia traz conto e crônica brasileira.

    3. Quando o adjetivo vem antes, geralmente concorda com o substantivo posposto:

    EXEMPLOS:
    Percorre tortuosos caminhos e veredas.
    Percorre tortuosas veredas e caminhos.

    OBSERVAÇÃO 1: Cuidado com as expressões "É proibido" e "É necessário", que quando se referirem a um substantivo genérico não vaiam, mas se este substantivo for determinado por um artigo, este concorda com o substantivo.

    OBSERVAÇÃO 2: Não confunda meio com meia, pois meio equivale à metade e concorda com o substantivo e meia é um substantivo e o advérbio meia é invariável.

  • CONCORDÂNCIA VERBAL

    A regra geral para a concordância verbal está no numero de sujeitos da oração.

    1. Se houver apenas um sujeito, o verbo concordará com ele.
    EXEMPLOS:
    Eu comi melancia.
    Nós gostamos de alface.

    2. Se houverem mais sujeitos, os verbos terão concordâncias diferentes:
    EXEMPLO:
    Ela sonhou que tu chegavas de carruagem.
    Sujeito: ela     Sujeito: tu

    3. Se o sujeito tiver mais do que um núcleo, o verbo irá para o plural:
    EXEMPLO:
    Eu e ela estamos apaixonados.
    Sujeito 1: Eu
    Sujeito 2: Ela

  • OBSERVAÇÃO 1: Os verbos impessoais que indicarem fenômenos da natureza ficam na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLO:
    Choveu muito na serra.

    OBSERVAÇÃO 2: O verbo impessoal "haver", no sentido de "existir" é empregado apenas na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLOS:
    Houve um momento de tensão.
    Havia algo de estranho no ar.

    OBSERVAÇÃO 3: A regra da 3ª. Pessoa vale também par os verbos impessoais "haver" e "fazer", quando estes indicam tempo decorrido.
    EXEMPLOS:
    Há muito tempo não te vejo.
    Faz muito tempo que no te vejo.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    Assista aos vídeos:

    http://www.youtube.com/watch?v=1wN3Vh4KSqs
    http://www.youtube.com/watch?v=vqVuUyw4Hz4

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://exercicios-de-portugues.blogspot.com.br/2011/10/exercicios-de-oracoes-coordenadas-e.html
    http://www.analisedetextos.com.br/2010/08/10-otimos-exercicios-de-regencia-verbal.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/05/concordancia-verbal-e-nominal.html

  • Autoavaliação

    Autoavaliação

    1. Na frase "E quando Larissa se agita, é para desobedecer ao pai ou à mãe.", temos como incorreta:


    e. O período é composto por coordenação

    2. Há erro de concordância em:


    d. fazendas e engenho prósperas

    3. Indique a alternativa em que há erro:


    d. Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis
  • Módulo 7: Período Composto por Coordenação e por Subordinação

    Já foi uma revisão sobre o período simples, ou seja, frases que se constituem de apenas um verbo ou de uma locução verbal. Agora trataremos do período composto, que possui mais de um verbo, portanto mais de uma oração. O período composto pode apresentar duas relações distintas entre as orações: de coordenação ou de subordinação.

  • O período composto por coordenação

    As orações coordenadas são orações igualmente importantes para o período e, o mais importante aqui, não é saber toda a tipologia, mas saber que as orações podem ser assindéticas, quando unidas por justaposição, e sindéticas quando possuírem um síndeto, ou seja, uma conjunção.
    Tal explicação fica mais clara se verificarmos os exemplos:

    a) Saiu cedo, comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Assindética

    b) Saiu cedo e comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Sindética

    Fica claro que no exemplo "a" a união das orações é feita por uma vírgula e no exemplo "b", tal união acontece pela conjunção aditiva "e".
    Quando um período é composto por coordenação sindética, ou seja, possui conjunção, pode ser classificado, mediante a esta conjunção, da seguinte maneira:

    Oração Coordenada Sindética Aditiva – quando a ideia é de adição. (e, nem)
    Deitei E dormi.
    Não me diverti NEM brinquei.

  • Oração Coordenada Sindética Adversativa – quando a ideia é de oposição. (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto)
    Deitei, PORÉM não dormi.
    São Paulo é rica MAS o trânsito da cidade vai parar.

    Oração Coordenada Sindética Alternativa – quando a ideia é de alternância. (ora... ora, ou... ou, quer... quer)
    Fale agora OU cale-se para sempre.
    ORA brinca de boneca ORA quer ser adulta.

    Oração Coordenada Sindética Conclusiva – quando a ideia é de conclusão. (logo, portanto, então)
    Estudou, LOGO passou no vestibular.
    Gostamos um do outro, PORTANTO casaremos.

    Oração Coordenada Sindética Explicativa – quando a ideia é de explicação. (que, porque, pois)
    Ela não gosta de sair à noite PORQUE teme o escuro.
    Seja simpática QUE os amigos aparecerão.

  • Não há dificuldade para a identificação de um período composto por coordenação. O único problema é a verificação de que as duas orações possuem a mesma importância, não há uma mais importante do que a outra; feita esta constatação, é preciso ver como as orações estão unidas, por justaposição, assindéticas (ou por uma conjunção), ou sindéticas. Caso sejam sindéticas, cabe analisar a ideia da conjunção e identificar a tipologia.
    Para analisar sintaticamente um período composto, devemos separá-lo em todos os períodos simples que contiver e proceder verificando os termos essenciais, integrantes e acessórios de cada um destes períodos.
    Veja o seguinte exemplo de uma análise do período composto por coordenação:

    Ela mudou , pois o apartamento está vazio.
    Oração 1                    Oração 2

    Oração 1:
    Sujeito: ela .
    Núcleo do sujeito: ela – pronome pessoal do caso reto.
    Predicado verbal: mudou.
    Núcleo do predicado: mudou – Verbo Intransitivo.

    Oração 2:
    Sujeito: o apartamento.
    Núcleo do sujeito: apartamento.
    Predicado nominal: está vazio.
    Núcleo do predicado: está – Verbo de Ligação.
    Predicativo do sujeito: vazio.

    Termos acessórios: pois – conjunção explicativa.
    O: adjunto adnominal de "apartamento".

    Conclusão da análise: as orações coordenadas estão unidas pelo síndeto/conjunção "pois" com o valor explicativo e, devido a isto, em sua totalidade, é considerada uma oração coordenada sindética explicativa.

  • O período composto por subordinação

    Revisamos o período composto por coordenação e sabemos que existem os períodos compostos por subordinação e os períodos mistos.
    Na coordenação sabemos que as orações que estão articuladas a outras têm igual importância, mas na subordinação a relação entre tais orações, como diz o próprio nome é de subordinação, ou seja, uma é a oração principal e as outras estão dependentes dela e são as denominadas orações subordinadas.
    As orações subordinadas podem ser orações desenvolvidas, ou seja, orações que apresentam o verbo conjugado em uma das formas possíveis e, normalmente, apresentam uma conjunção ou um pronome relativo.
    As formas reduzidas acontecem quando o verbo da oração apresenta-se nas formas de infinitivo, gerúndio ou particípio.
    Há três grandes grupos de subordinadas: as substantivas, que possuem funções iguais as de um substantivo, ou seja, sujeito, objetos, complemento nominal, predicativo e aposto; as adjetivas, por sua vez, desempenham as funções que um adjetivo pode possuir, tais como, restritivo ou explicativo e, finalmente, as adverbiais, que possuem o maior número de utilizações, visto acompanharem as possíveis utilizações de um advérbio na oração em que está inserido, sendo elas de causa, consequência, condição, concessão, comparação, conformidade, finalidade, proporção e tempo.

  • Lembremos, rapidamente exemplos de cada uma das respectivas tipologias de subordinadas, mas não esqueça que se existirem dúvidas maiores recorra sempre há uma gramática de qualidade conforme as citadas no final deste livro.
    Passaremos agora ao estudo das orações subordinadas adjetivas, que se apresentam em menor número às substantivas


    O.S.Substantivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) subjetivas:
    Orações que exercem a função de sujeito.
    EXEMPLO: É preciso /que haja alguma coisa de flor em tudo isto (Vinícius de Moraes)
              OP                   O.S.S. Subjetiva

    2) objetivas diretas:
    Orações que exercem a função de objeto direto.
    EXEMPLO: Juro /que falarei toda a verdade.
              OP             O.S.S. Objetiva Direta

    3) objetivas indiretas:
    Orações que exercem a função de objeto indireto.
    EXEMPLO: Lembre-se/de que falarei toda a verdade.
              OP                    O.S.S. Objetiva Indireta

    4) completivas nominais:
    Orações que exercem a função de complemento nominal.
    EXEMPLO: Tenho a certeza/ de que estamos realizados.
              OP                             O.S.S. Completiva Nominal

    5) predicativas:
    Orações que exercem a função de predicativo do sujeito.
    EXEMPLO: Meu desejo é/ que tenhas bons sonhos.
              OP                         O.S.S. Predicativa

    6) apositivas:
    Orações que exercem a função de aposto.
    EXEMPLO: só desejo uma coisa: que se case comigo.
              OP             O.S.S. Apositiva

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais são, em número, as mais relevantes, pois se referem AA circunstâncias diversas, conforme em:


    O.S. Adjetivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) restritivas:
    Oração que possui uma restrição.
    EXEMPLO: As mulheres/que gostam de si mesmas são seguras. O.S.A. Restritiva
              OP                               restrição

    2) explicativas:
    Oração que possui uma explicação.
    EXEMPLO: As mulheres, /que gostam de si mesmas, são seguras. O.S.A. Explicativa
              OP                               Explicação

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais, últimas a serem lembradas exprimem algumas circunstâncias.


    O.S. Adverbiais: São circunstanciais de acordo com o advérbio utilizado.

    1) causa:
    Eu te amo porque não amo a mim mesmo. (Carlos Drummond Andrade)

    2) consequência:
    O cão é tão gordo que explodiu.

    3) condição:
    Tudo vale a pena se alma não é pequena. (Fernando Pessoa)

    4) concessão:
    Só irei se ela for.

    5) comparação:
    Eu deixo a arte como deixo a vida.

    6) conformidade:
    Como é o cão, também é o dono.

    7) finalidade:
    Vou cuidar dos filhos para que eles cuidem de mim.

    8) proporção:
    Quanto mais o tempo passa, mais gosto de ti.

    9) tempo:
    Antes de sair, feche a porta.

    LEGENDA:
    OS - Oração Subordinada.

  • Regência

    O que é regência?
    É o nome que damos à ligação das palavras interdependentes de uma sentença, podendo ser verbal ou nominal, pois sabemos que alguns verbos são transitivos e pedem complementos e alguns nomes também. Vejamos que a regência do verbo "referir" acontece da mesma forma que no substantivo "referência":

    A professora referiu-se à situação acadêmica. Objeto Indireto
    Verbo Transitivo Indireto

    A professora fez uma referência à situação acadêmica. Complemento Nominal
    Substantivo

    Muito importante:
    1. Os verbos e nomes que admitem complementos são chamados de subordinantes (referiu-se e referência).
    2. Os termos que são complementares, tanto objetos, quanto adjuntos são chamados subordinados ou regidos.

  • REGÊNCIA VERBAL: São, mediante a diversidade de complementos, as diferentes formas de um verbo:

    a. A enfermeira assistiu o doente.
    (ajudou)
    b. A enfermeira assistiu ao doente.
    (viu)

    a. Cheguei ao metrô.
    no local do

    b. Cheguei no metrô.
    no meio de transporte, dentro de

    Alguns verbos intransitivos, como, por exemplo, CHEGAR/IR/COMPARECER têm a seguinte regência:

    a. Cheguei a esta casa.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    b. Cheguei a esta casa em setembro.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    c. Fui ao cinema
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    d. Fui ao cinema ontem
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    e. Compareci ao estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    f. Compareci no estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

  • Não diferente dos outros, os verbos transitivos diretos merecem atenção, principalmente no que se refere ao uso dos pronomes oblíquos o, a, os, as, que indicam sempre um objeto direto.

    Quanto à regência alguns verbos ficam:

    Abandonar - abandoná-lo/la = abandonar ele/ela
    Adorar - adorá-la/lo = adorar ele/ela
    Conhecer - conhecê-lo/la = conhecer ele/ela

    IMPORTANTE: Apenas usamos o pronome oblíquo LHE quando este tiver valor de adjunto adnominal.

    EXEMPLO: Conheço-lhe o mau humor (dele).

    Quanto aos verbos transitivos indiretos, podemos considerar:

    Consistir (em) = A aula consiste em analise de tópicos.
    O verdadeiro saber consiste no aproveitamento dos conteúdos.

    Obedecer (a) = Obedeça aos seus pais.
    Obedeça às leis.

    Responder (a) = Responda ao questionário.
    Responda às questões.

    Renunciar (a) = Renuncio às minhas convicções.
    Renuncio ao espírito.

  • REGÊNCIA NOMINAL: É a forma como se apresentam os complementos dos nomes. Quanto aos "erros da norma padrão", acontecem em menor número do que na regência verbal. Vejamos:

    SUBSTANTIVOS
    1. Sentia aversão aos estudos.
    2. Tenho medo de você.
    3. Devo obediência a Igreja.
    4. Quando teremos respeito para com os pais?

    ADJETIVOS
    5. Escrevia poemas acessíveis a todos.
    6. Era capaz de produzir muitas peças de arte.
    7. José de Alencar é contemporâneo de Machado de Assis.
    8. Este filme é impróprio para crianças.
    9. Bom senso é necessário a todos.

    ADVÉRBIOS
    10. Todos os advérbios terminados em mente são regidos pela preposição "de".
    11. Os advérbios com ideia de relativo a, semelhante a também são regidos pela preposição "de".
    12. São da mesma forma regidos os advérbios perto e longe.

  • Concordância

    São muitas as regras para o estabelecimento da concordância, seja ela nominal ou verbal, e não devemos esquecer que neste livro trabalharemos apenas com as regras mais básicas.
    CONCORDÂNCIA NOMINAL

    À variação no gênero e número de um nome substantivo com relação a outro, adjetivo ou palavras com o valor de adjetivo (artigo, numeral, pronome adjetivo e particípio), recebem o nome de concordância nominal.
    Vejamos alguns substantivos isoladamente:
    Carro     Cachorro     Mesa     Bola

  • Ao atribuirmos aos substantivos uma definição, uma qualidade, e um número, veremos que todos os acompanhamentos, que também são nomes, se flexionam para realizar a concordância:

    Os carros são azuis.
    O carro é vermelho.

    O cachorro marrom corre intensamente.
    Os cachorros pretos são ferozes.

    As mesas de minha casa são italianas.
    A mesa acrílica de minha casa quebrou.

    A bola é de plástico.
    As bolas são verdes.
    As carroças velhas desapareceram.
    A charrete é charmosa.

    A cadela poodle é branquinha.
    As cachorrinhas são lindas.

    O quarto é de madeira.
    Os quartos são amplos.

    O pião é vermelho.
    Os piões são coloridos.
  • ALGUNS CASOS IMPORTANTES E ESPECIAIS:

    1. O adjetivo irá para o plural ou irá concordar com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentios.
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentio.

    2. No caso de substantivos com gêneros diferentes, o adjetivo ficará no masculino ou concordará com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiros.
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiras.
    A enciclopédia traz conto e crônica brasileira.

    3. Quando o adjetivo vem antes, geralmente concorda com o substantivo posposto:

    EXEMPLOS:
    Percorre tortuosos caminhos e veredas.
    Percorre tortuosas veredas e caminhos.

    OBSERVAÇÃO 1: Cuidado com as expressões "É proibido" e "É necessário", que quando se referirem a um substantivo genérico não vaiam, mas se este substantivo for determinado por um artigo, este concorda com o substantivo.

    OBSERVAÇÃO 2: Não confunda meio com meia, pois meio equivale à metade e concorda com o substantivo e meia é um substantivo e o advérbio meia é invariável.

  • CONCORDÂNCIA VERBAL

    A regra geral para a concordância verbal está no numero de sujeitos da oração.

    1. Se houver apenas um sujeito, o verbo concordará com ele.
    EXEMPLOS:
    Eu comi melancia.
    Nós gostamos de alface.

    2. Se houverem mais sujeitos, os verbos terão concordâncias diferentes:
    EXEMPLO:
    Ela sonhou que tu chegavas de carruagem.
    Sujeito: ela     Sujeito: tu

    3. Se o sujeito tiver mais do que um núcleo, o verbo irá para o plural:
    EXEMPLO:
    Eu e ela estamos apaixonados.
    Sujeito 1: Eu
    Sujeito 2: Ela

  • OBSERVAÇÃO 1: Os verbos impessoais que indicarem fenômenos da natureza ficam na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLO:
    Choveu muito na serra.

    OBSERVAÇÃO 2: O verbo impessoal "haver", no sentido de "existir" é empregado apenas na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLOS:
    Houve um momento de tensão.
    Havia algo de estranho no ar.

    OBSERVAÇÃO 3: A regra da 3ª. Pessoa vale também par os verbos impessoais "haver" e "fazer", quando estes indicam tempo decorrido.
    EXEMPLOS:
    Há muito tempo não te vejo.
    Faz muito tempo que no te vejo.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    Assista aos vídeos:

    http://www.youtube.com/watch?v=1wN3Vh4KSqs
    http://www.youtube.com/watch?v=vqVuUyw4Hz4

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://exercicios-de-portugues.blogspot.com.br/2011/10/exercicios-de-oracoes-coordenadas-e.html
    http://www.analisedetextos.com.br/2010/08/10-otimos-exercicios-de-regencia-verbal.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/05/concordancia-verbal-e-nominal.html

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Módulo 7 - Período Composto
  • Módulo 7: Período Composto por Coordenação e por Subordinação

    Já foi uma revisão sobre o período simples, ou seja, frases que se constituem de apenas um verbo ou de uma locução verbal. Agora trataremos do período composto, que possui mais de um verbo, portanto mais de uma oração. O período composto pode apresentar duas relações distintas entre as orações: de coordenação ou de subordinação.

  • O período composto por coordenação

    As orações coordenadas são orações igualmente importantes para o período e, o mais importante aqui, não é saber toda a tipologia, mas saber que as orações podem ser assindéticas, quando unidas por justaposição, e sindéticas quando possuírem um síndeto, ou seja, uma conjunção.
    Tal explicação fica mais clara se verificarmos os exemplos:

    a) Saiu cedo, comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Assindética

    b) Saiu cedo e comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Sindética

    Fica claro que no exemplo "a" a união das orações é feita por uma vírgula e no exemplo "b", tal união acontece pela conjunção aditiva "e".
    Quando um período é composto por coordenação sindética, ou seja, possui conjunção, pode ser classificado, mediante a esta conjunção, da seguinte maneira:

    Oração Coordenada Sindética Aditiva – quando a ideia é de adição. (e, nem)
    Deitei E dormi.
    Não me diverti NEM brinquei.

  • Oração Coordenada Sindética Adversativa – quando a ideia é de oposição. (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto)
    Deitei, PORÉM não dormi.
    São Paulo é rica MAS o trânsito da cidade vai parar.

    Oração Coordenada Sindética Alternativa – quando a ideia é de alternância. (ora... ora, ou... ou, quer... quer)
    Fale agora OU cale-se para sempre.
    ORA brinca de boneca ORA quer ser adulta.

    Oração Coordenada Sindética Conclusiva – quando a ideia é de conclusão. (logo, portanto, então)
    Estudou, LOGO passou no vestibular.
    Gostamos um do outro, PORTANTO casaremos.

    Oração Coordenada Sindética Explicativa – quando a ideia é de explicação. (que, porque, pois)
    Ela não gosta de sair à noite PORQUE teme o escuro.
    Seja simpática QUE os amigos aparecerão.

  • Não há dificuldade para a identificação de um período composto por coordenação. O único problema é a verificação de que as duas orações possuem a mesma importância, não há uma mais importante do que a outra; feita esta constatação, é preciso ver como as orações estão unidas, por justaposição, assindéticas (ou por uma conjunção), ou sindéticas. Caso sejam sindéticas, cabe analisar a ideia da conjunção e identificar a tipologia.
    Para analisar sintaticamente um período composto, devemos separá-lo em todos os períodos simples que contiver e proceder verificando os termos essenciais, integrantes e acessórios de cada um destes períodos.
    Veja o seguinte exemplo de uma análise do período composto por coordenação:

    Ela mudou , pois o apartamento está vazio.
    Oração 1                    Oração 2

    Oração 1:
    Sujeito: ela .
    Núcleo do sujeito: ela – pronome pessoal do caso reto.
    Predicado verbal: mudou.
    Núcleo do predicado: mudou – Verbo Intransitivo.

    Oração 2:
    Sujeito: o apartamento.
    Núcleo do sujeito: apartamento.
    Predicado nominal: está vazio.
    Núcleo do predicado: está – Verbo de Ligação.
    Predicativo do sujeito: vazio.

    Termos acessórios: pois – conjunção explicativa.
    O: adjunto adnominal de "apartamento".

    Conclusão da análise: as orações coordenadas estão unidas pelo síndeto/conjunção "pois" com o valor explicativo e, devido a isto, em sua totalidade, é considerada uma oração coordenada sindética explicativa.

  • O período composto por subordinação

    Revisamos o período composto por coordenação e sabemos que existem os períodos compostos por subordinação e os períodos mistos.
    Na coordenação sabemos que as orações que estão articuladas a outras têm igual importância, mas na subordinação a relação entre tais orações, como diz o próprio nome é de subordinação, ou seja, uma é a oração principal e as outras estão dependentes dela e são as denominadas orações subordinadas.
    As orações subordinadas podem ser orações desenvolvidas, ou seja, orações que apresentam o verbo conjugado em uma das formas possíveis e, normalmente, apresentam uma conjunção ou um pronome relativo.
    As formas reduzidas acontecem quando o verbo da oração apresenta-se nas formas de infinitivo, gerúndio ou particípio.
    Há três grandes grupos de subordinadas: as substantivas, que possuem funções iguais as de um substantivo, ou seja, sujeito, objetos, complemento nominal, predicativo e aposto; as adjetivas, por sua vez, desempenham as funções que um adjetivo pode possuir, tais como, restritivo ou explicativo e, finalmente, as adverbiais, que possuem o maior número de utilizações, visto acompanharem as possíveis utilizações de um advérbio na oração em que está inserido, sendo elas de causa, consequência, condição, concessão, comparação, conformidade, finalidade, proporção e tempo.

  • Lembremos, rapidamente exemplos de cada uma das respectivas tipologias de subordinadas, mas não esqueça que se existirem dúvidas maiores recorra sempre há uma gramática de qualidade conforme as citadas no final deste livro.
    Passaremos agora ao estudo das orações subordinadas adjetivas, que se apresentam em menor número às substantivas


    O.S.Substantivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) subjetivas:
    Orações que exercem a função de sujeito.
    EXEMPLO: É preciso /que haja alguma coisa de flor em tudo isto (Vinícius de Moraes)
              OP                   O.S.S. Subjetiva

    2) objetivas diretas:
    Orações que exercem a função de objeto direto.
    EXEMPLO: Juro /que falarei toda a verdade.
              OP             O.S.S. Objetiva Direta

    3) objetivas indiretas:
    Orações que exercem a função de objeto indireto.
    EXEMPLO: Lembre-se/de que falarei toda a verdade.
              OP                    O.S.S. Objetiva Indireta

    4) completivas nominais:
    Orações que exercem a função de complemento nominal.
    EXEMPLO: Tenho a certeza/ de que estamos realizados.
              OP                             O.S.S. Completiva Nominal

    5) predicativas:
    Orações que exercem a função de predicativo do sujeito.
    EXEMPLO: Meu desejo é/ que tenhas bons sonhos.
              OP                         O.S.S. Predicativa

    6) apositivas:
    Orações que exercem a função de aposto.
    EXEMPLO: só desejo uma coisa: que se case comigo.
              OP             O.S.S. Apositiva

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais são, em número, as mais relevantes, pois se referem AA circunstâncias diversas, conforme em:


    O.S. Adjetivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) restritivas:
    Oração que possui uma restrição.
    EXEMPLO: As mulheres/que gostam de si mesmas são seguras. O.S.A. Restritiva
              OP                               restrição

    2) explicativas:
    Oração que possui uma explicação.
    EXEMPLO: As mulheres, /que gostam de si mesmas, são seguras. O.S.A. Explicativa
              OP                               Explicação

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais, últimas a serem lembradas exprimem algumas circunstâncias.


    O.S. Adverbiais: São circunstanciais de acordo com o advérbio utilizado.

    1) causa:
    Eu te amo porque não amo a mim mesmo. (Carlos Drummond Andrade)

    2) consequência:
    O cão é tão gordo que explodiu.

    3) condição:
    Tudo vale a pena se alma não é pequena. (Fernando Pessoa)

    4) concessão:
    Só irei se ela for.

    5) comparação:
    Eu deixo a arte como deixo a vida.

    6) conformidade:
    Como é o cão, também é o dono.

    7) finalidade:
    Vou cuidar dos filhos para que eles cuidem de mim.

    8) proporção:
    Quanto mais o tempo passa, mais gosto de ti.

    9) tempo:
    Antes de sair, feche a porta.

    LEGENDA:
    OS - Oração Subordinada.

  • Regência

    O que é regência?
    É o nome que damos à ligação das palavras interdependentes de uma sentença, podendo ser verbal ou nominal, pois sabemos que alguns verbos são transitivos e pedem complementos e alguns nomes também. Vejamos que a regência do verbo "referir" acontece da mesma forma que no substantivo "referência":

    A professora referiu-se à situação acadêmica. Objeto Indireto
    Verbo Transitivo Indireto

    A professora fez uma referência à situação acadêmica. Complemento Nominal
    Substantivo

    Muito importante:
    1. Os verbos e nomes que admitem complementos são chamados de subordinantes (referiu-se e referência).
    2. Os termos que são complementares, tanto objetos, quanto adjuntos são chamados subordinados ou regidos.

  • REGÊNCIA VERBAL: São, mediante a diversidade de complementos, as diferentes formas de um verbo:

    a. A enfermeira assistiu o doente.
    (ajudou)
    b. A enfermeira assistiu ao doente.
    (viu)

    a. Cheguei ao metrô.
    no local do

    b. Cheguei no metrô.
    no meio de transporte, dentro de

    Alguns verbos intransitivos, como, por exemplo, CHEGAR/IR/COMPARECER têm a seguinte regência:

    a. Cheguei a esta casa.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    b. Cheguei a esta casa em setembro.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    c. Fui ao cinema
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    d. Fui ao cinema ontem
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    e. Compareci ao estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    f. Compareci no estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

  • Não diferente dos outros, os verbos transitivos diretos merecem atenção, principalmente no que se refere ao uso dos pronomes oblíquos o, a, os, as, que indicam sempre um objeto direto.

    Quanto à regência alguns verbos ficam:

    Abandonar - abandoná-lo/la = abandonar ele/ela
    Adorar - adorá-la/lo = adorar ele/ela
    Conhecer - conhecê-lo/la = conhecer ele/ela

    IMPORTANTE: Apenas usamos o pronome oblíquo LHE quando este tiver valor de adjunto adnominal.

    EXEMPLO: Conheço-lhe o mau humor (dele).

    Quanto aos verbos transitivos indiretos, podemos considerar:

    Consistir (em) = A aula consiste em analise de tópicos.
    O verdadeiro saber consiste no aproveitamento dos conteúdos.

    Obedecer (a) = Obedeça aos seus pais.
    Obedeça às leis.

    Responder (a) = Responda ao questionário.
    Responda às questões.

    Renunciar (a) = Renuncio às minhas convicções.
    Renuncio ao espírito.

  • REGÊNCIA NOMINAL: É a forma como se apresentam os complementos dos nomes. Quanto aos "erros da norma padrão", acontecem em menor número do que na regência verbal. Vejamos:

    SUBSTANTIVOS
    1. Sentia aversão aos estudos.
    2. Tenho medo de você.
    3. Devo obediência a Igreja.
    4. Quando teremos respeito para com os pais?

    ADJETIVOS
    5. Escrevia poemas acessíveis a todos.
    6. Era capaz de produzir muitas peças de arte.
    7. José de Alencar é contemporâneo de Machado de Assis.
    8. Este filme é impróprio para crianças.
    9. Bom senso é necessário a todos.

    ADVÉRBIOS
    10. Todos os advérbios terminados em mente são regidos pela preposição "de".
    11. Os advérbios com ideia de relativo a, semelhante a também são regidos pela preposição "de".
    12. São da mesma forma regidos os advérbios perto e longe.

  • Concordância

    São muitas as regras para o estabelecimento da concordância, seja ela nominal ou verbal, e não devemos esquecer que neste livro trabalharemos apenas com as regras mais básicas.
    CONCORDÂNCIA NOMINAL

    À variação no gênero e número de um nome substantivo com relação a outro, adjetivo ou palavras com o valor de adjetivo (artigo, numeral, pronome adjetivo e particípio), recebem o nome de concordância nominal.
    Vejamos alguns substantivos isoladamente:
    Carro     Cachorro     Mesa     Bola

  • Ao atribuirmos aos substantivos uma definição, uma qualidade, e um número, veremos que todos os acompanhamentos, que também são nomes, se flexionam para realizar a concordância:

    Os carros são azuis.
    O carro é vermelho.

    O cachorro marrom corre intensamente.
    Os cachorros pretos são ferozes.

    As mesas de minha casa são italianas.
    A mesa acrílica de minha casa quebrou.

    A bola é de plástico.
    As bolas são verdes.
    As carroças velhas desapareceram.
    A charrete é charmosa.

    A cadela poodle é branquinha.
    As cachorrinhas são lindas.

    O quarto é de madeira.
    Os quartos são amplos.

    O pião é vermelho.
    Os piões são coloridos.
  • ALGUNS CASOS IMPORTANTES E ESPECIAIS:

    1. O adjetivo irá para o plural ou irá concordar com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentios.
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentio.

    2. No caso de substantivos com gêneros diferentes, o adjetivo ficará no masculino ou concordará com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiros.
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiras.
    A enciclopédia traz conto e crônica brasileira.

    3. Quando o adjetivo vem antes, geralmente concorda com o substantivo posposto:

    EXEMPLOS:
    Percorre tortuosos caminhos e veredas.
    Percorre tortuosas veredas e caminhos.

    OBSERVAÇÃO 1: Cuidado com as expressões "É proibido" e "É necessário", que quando se referirem a um substantivo genérico não vaiam, mas se este substantivo for determinado por um artigo, este concorda com o substantivo.

    OBSERVAÇÃO 2: Não confunda meio com meia, pois meio equivale à metade e concorda com o substantivo e meia é um substantivo e o advérbio meia é invariável.

  • CONCORDÂNCIA VERBAL

    A regra geral para a concordância verbal está no numero de sujeitos da oração.

    1. Se houver apenas um sujeito, o verbo concordará com ele.
    EXEMPLOS:
    Eu comi melancia.
    Nós gostamos de alface.

    2. Se houverem mais sujeitos, os verbos terão concordâncias diferentes:
    EXEMPLO:
    Ela sonhou que tu chegavas de carruagem.
    Sujeito: ela     Sujeito: tu

    3. Se o sujeito tiver mais do que um núcleo, o verbo irá para o plural:
    EXEMPLO:
    Eu e ela estamos apaixonados.
    Sujeito 1: Eu
    Sujeito 2: Ela

  • OBSERVAÇÃO 1: Os verbos impessoais que indicarem fenômenos da natureza ficam na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLO:
    Choveu muito na serra.

    OBSERVAÇÃO 2: O verbo impessoal "haver", no sentido de "existir" é empregado apenas na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLOS:
    Houve um momento de tensão.
    Havia algo de estranho no ar.

    OBSERVAÇÃO 3: A regra da 3ª. Pessoa vale também par os verbos impessoais "haver" e "fazer", quando estes indicam tempo decorrido.
    EXEMPLOS:
    Há muito tempo não te vejo.
    Faz muito tempo que no te vejo.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    Assista aos vídeos:

    http://www.youtube.com/watch?v=1wN3Vh4KSqs
    http://www.youtube.com/watch?v=vqVuUyw4Hz4

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://exercicios-de-portugues.blogspot.com.br/2011/10/exercicios-de-oracoes-coordenadas-e.html
    http://www.analisedetextos.com.br/2010/08/10-otimos-exercicios-de-regencia-verbal.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/05/concordancia-verbal-e-nominal.html

  • Autoavaliação

    Autoavaliação

    1. Na frase "E quando Larissa se agita, é para desobedecer ao pai ou à mãe.", temos como incorreta:


    e. O período é composto por coordenação

    2. Há erro de concordância em:


    d. fazendas e engenho prósperas

    3. Indique a alternativa em que há erro:


    d. Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis
  • Módulo 7: Período Composto por Coordenação e por Subordinação

    Já foi uma revisão sobre o período simples, ou seja, frases que se constituem de apenas um verbo ou de uma locução verbal. Agora trataremos do período composto, que possui mais de um verbo, portanto mais de uma oração. O período composto pode apresentar duas relações distintas entre as orações: de coordenação ou de subordinação.

  • O período composto por coordenação

    As orações coordenadas são orações igualmente importantes para o período e, o mais importante aqui, não é saber toda a tipologia, mas saber que as orações podem ser assindéticas, quando unidas por justaposição, e sindéticas quando possuírem um síndeto, ou seja, uma conjunção.
    Tal explicação fica mais clara se verificarmos os exemplos:

    a) Saiu cedo, comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Assindética

    b) Saiu cedo e comprou tudo o que devia. Oração Coordenada Sindética

    Fica claro que no exemplo "a" a união das orações é feita por uma vírgula e no exemplo "b", tal união acontece pela conjunção aditiva "e".
    Quando um período é composto por coordenação sindética, ou seja, possui conjunção, pode ser classificado, mediante a esta conjunção, da seguinte maneira:

    Oração Coordenada Sindética Aditiva – quando a ideia é de adição. (e, nem)
    Deitei E dormi.
    Não me diverti NEM brinquei.

  • Oração Coordenada Sindética Adversativa – quando a ideia é de oposição. (mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto)
    Deitei, PORÉM não dormi.
    São Paulo é rica MAS o trânsito da cidade vai parar.

    Oração Coordenada Sindética Alternativa – quando a ideia é de alternância. (ora... ora, ou... ou, quer... quer)
    Fale agora OU cale-se para sempre.
    ORA brinca de boneca ORA quer ser adulta.

    Oração Coordenada Sindética Conclusiva – quando a ideia é de conclusão. (logo, portanto, então)
    Estudou, LOGO passou no vestibular.
    Gostamos um do outro, PORTANTO casaremos.

    Oração Coordenada Sindética Explicativa – quando a ideia é de explicação. (que, porque, pois)
    Ela não gosta de sair à noite PORQUE teme o escuro.
    Seja simpática QUE os amigos aparecerão.

  • Não há dificuldade para a identificação de um período composto por coordenação. O único problema é a verificação de que as duas orações possuem a mesma importância, não há uma mais importante do que a outra; feita esta constatação, é preciso ver como as orações estão unidas, por justaposição, assindéticas (ou por uma conjunção), ou sindéticas. Caso sejam sindéticas, cabe analisar a ideia da conjunção e identificar a tipologia.
    Para analisar sintaticamente um período composto, devemos separá-lo em todos os períodos simples que contiver e proceder verificando os termos essenciais, integrantes e acessórios de cada um destes períodos.
    Veja o seguinte exemplo de uma análise do período composto por coordenação:

    Ela mudou , pois o apartamento está vazio.
    Oração 1                    Oração 2

    Oração 1:
    Sujeito: ela .
    Núcleo do sujeito: ela – pronome pessoal do caso reto.
    Predicado verbal: mudou.
    Núcleo do predicado: mudou – Verbo Intransitivo.

    Oração 2:
    Sujeito: o apartamento.
    Núcleo do sujeito: apartamento.
    Predicado nominal: está vazio.
    Núcleo do predicado: está – Verbo de Ligação.
    Predicativo do sujeito: vazio.

    Termos acessórios: pois – conjunção explicativa.
    O: adjunto adnominal de "apartamento".

    Conclusão da análise: as orações coordenadas estão unidas pelo síndeto/conjunção "pois" com o valor explicativo e, devido a isto, em sua totalidade, é considerada uma oração coordenada sindética explicativa.

  • O período composto por subordinação

    Revisamos o período composto por coordenação e sabemos que existem os períodos compostos por subordinação e os períodos mistos.
    Na coordenação sabemos que as orações que estão articuladas a outras têm igual importância, mas na subordinação a relação entre tais orações, como diz o próprio nome é de subordinação, ou seja, uma é a oração principal e as outras estão dependentes dela e são as denominadas orações subordinadas.
    As orações subordinadas podem ser orações desenvolvidas, ou seja, orações que apresentam o verbo conjugado em uma das formas possíveis e, normalmente, apresentam uma conjunção ou um pronome relativo.
    As formas reduzidas acontecem quando o verbo da oração apresenta-se nas formas de infinitivo, gerúndio ou particípio.
    Há três grandes grupos de subordinadas: as substantivas, que possuem funções iguais as de um substantivo, ou seja, sujeito, objetos, complemento nominal, predicativo e aposto; as adjetivas, por sua vez, desempenham as funções que um adjetivo pode possuir, tais como, restritivo ou explicativo e, finalmente, as adverbiais, que possuem o maior número de utilizações, visto acompanharem as possíveis utilizações de um advérbio na oração em que está inserido, sendo elas de causa, consequência, condição, concessão, comparação, conformidade, finalidade, proporção e tempo.

  • Lembremos, rapidamente exemplos de cada uma das respectivas tipologias de subordinadas, mas não esqueça que se existirem dúvidas maiores recorra sempre há uma gramática de qualidade conforme as citadas no final deste livro.
    Passaremos agora ao estudo das orações subordinadas adjetivas, que se apresentam em menor número às substantivas


    O.S.Substantivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) subjetivas:
    Orações que exercem a função de sujeito.
    EXEMPLO: É preciso /que haja alguma coisa de flor em tudo isto (Vinícius de Moraes)
              OP                   O.S.S. Subjetiva

    2) objetivas diretas:
    Orações que exercem a função de objeto direto.
    EXEMPLO: Juro /que falarei toda a verdade.
              OP             O.S.S. Objetiva Direta

    3) objetivas indiretas:
    Orações que exercem a função de objeto indireto.
    EXEMPLO: Lembre-se/de que falarei toda a verdade.
              OP                    O.S.S. Objetiva Indireta

    4) completivas nominais:
    Orações que exercem a função de complemento nominal.
    EXEMPLO: Tenho a certeza/ de que estamos realizados.
              OP                             O.S.S. Completiva Nominal

    5) predicativas:
    Orações que exercem a função de predicativo do sujeito.
    EXEMPLO: Meu desejo é/ que tenhas bons sonhos.
              OP                         O.S.S. Predicativa

    6) apositivas:
    Orações que exercem a função de aposto.
    EXEMPLO: só desejo uma coisa: que se case comigo.
              OP             O.S.S. Apositiva

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais são, em número, as mais relevantes, pois se referem AA circunstâncias diversas, conforme em:


    O.S. Adjetivas: Possuem valor igual ao de um substantivo, são elas:

    1) restritivas:
    Oração que possui uma restrição.
    EXEMPLO: As mulheres/que gostam de si mesmas são seguras. O.S.A. Restritiva
              OP                               restrição

    2) explicativas:
    Oração que possui uma explicação.
    EXEMPLO: As mulheres, /que gostam de si mesmas, são seguras. O.S.A. Explicativa
              OP                               Explicação

    LEGENDA:
    OP - Oração Principal.
    OS - Oração Subordinada Adjetiva.

  • As orações subordinadas adverbiais, últimas a serem lembradas exprimem algumas circunstâncias.


    O.S. Adverbiais: São circunstanciais de acordo com o advérbio utilizado.

    1) causa:
    Eu te amo porque não amo a mim mesmo. (Carlos Drummond Andrade)

    2) consequência:
    O cão é tão gordo que explodiu.

    3) condição:
    Tudo vale a pena se alma não é pequena. (Fernando Pessoa)

    4) concessão:
    Só irei se ela for.

    5) comparação:
    Eu deixo a arte como deixo a vida.

    6) conformidade:
    Como é o cão, também é o dono.

    7) finalidade:
    Vou cuidar dos filhos para que eles cuidem de mim.

    8) proporção:
    Quanto mais o tempo passa, mais gosto de ti.

    9) tempo:
    Antes de sair, feche a porta.

    LEGENDA:
    OS - Oração Subordinada.

  • Regência

    O que é regência?
    É o nome que damos à ligação das palavras interdependentes de uma sentença, podendo ser verbal ou nominal, pois sabemos que alguns verbos são transitivos e pedem complementos e alguns nomes também. Vejamos que a regência do verbo "referir" acontece da mesma forma que no substantivo "referência":

    A professora referiu-se à situação acadêmica. Objeto Indireto
    Verbo Transitivo Indireto

    A professora fez uma referência à situação acadêmica. Complemento Nominal
    Substantivo

    Muito importante:
    1. Os verbos e nomes que admitem complementos são chamados de subordinantes (referiu-se e referência).
    2. Os termos que são complementares, tanto objetos, quanto adjuntos são chamados subordinados ou regidos.

  • REGÊNCIA VERBAL: São, mediante a diversidade de complementos, as diferentes formas de um verbo:

    a. A enfermeira assistiu o doente.
    (ajudou)
    b. A enfermeira assistiu ao doente.
    (viu)

    a. Cheguei ao metrô.
    no local do

    b. Cheguei no metrô.
    no meio de transporte, dentro de

    Alguns verbos intransitivos, como, por exemplo, CHEGAR/IR/COMPARECER têm a seguinte regência:

    a. Cheguei a esta casa.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    b. Cheguei a esta casa em setembro.
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    c. Fui ao cinema
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    d. Fui ao cinema ontem
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar Adjunto Adverbial de Tempo

    e. Compareci ao estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

    f. Compareci no estádio
    Verbo Intransitivo Adjunto Adverbial de Lugar

  • Não diferente dos outros, os verbos transitivos diretos merecem atenção, principalmente no que se refere ao uso dos pronomes oblíquos o, a, os, as, que indicam sempre um objeto direto.

    Quanto à regência alguns verbos ficam:

    Abandonar - abandoná-lo/la = abandonar ele/ela
    Adorar - adorá-la/lo = adorar ele/ela
    Conhecer - conhecê-lo/la = conhecer ele/ela

    IMPORTANTE: Apenas usamos o pronome oblíquo LHE quando este tiver valor de adjunto adnominal.

    EXEMPLO: Conheço-lhe o mau humor (dele).

    Quanto aos verbos transitivos indiretos, podemos considerar:

    Consistir (em) = A aula consiste em analise de tópicos.
    O verdadeiro saber consiste no aproveitamento dos conteúdos.

    Obedecer (a) = Obedeça aos seus pais.
    Obedeça às leis.

    Responder (a) = Responda ao questionário.
    Responda às questões.

    Renunciar (a) = Renuncio às minhas convicções.
    Renuncio ao espírito.

  • REGÊNCIA NOMINAL: É a forma como se apresentam os complementos dos nomes. Quanto aos "erros da norma padrão", acontecem em menor número do que na regência verbal. Vejamos:

    SUBSTANTIVOS
    1. Sentia aversão aos estudos.
    2. Tenho medo de você.
    3. Devo obediência a Igreja.
    4. Quando teremos respeito para com os pais?

    ADJETIVOS
    5. Escrevia poemas acessíveis a todos.
    6. Era capaz de produzir muitas peças de arte.
    7. José de Alencar é contemporâneo de Machado de Assis.
    8. Este filme é impróprio para crianças.
    9. Bom senso é necessário a todos.

    ADVÉRBIOS
    10. Todos os advérbios terminados em mente são regidos pela preposição "de".
    11. Os advérbios com ideia de relativo a, semelhante a também são regidos pela preposição "de".
    12. São da mesma forma regidos os advérbios perto e longe.

  • Concordância

    São muitas as regras para o estabelecimento da concordância, seja ela nominal ou verbal, e não devemos esquecer que neste livro trabalharemos apenas com as regras mais básicas.
    CONCORDÂNCIA NOMINAL

    À variação no gênero e número de um nome substantivo com relação a outro, adjetivo ou palavras com o valor de adjetivo (artigo, numeral, pronome adjetivo e particípio), recebem o nome de concordância nominal.
    Vejamos alguns substantivos isoladamente:
    Carro     Cachorro     Mesa     Bola

  • Ao atribuirmos aos substantivos uma definição, uma qualidade, e um número, veremos que todos os acompanhamentos, que também são nomes, se flexionam para realizar a concordância:

    Os carros são azuis.
    O carro é vermelho.

    O cachorro marrom corre intensamente.
    Os cachorros pretos são ferozes.

    As mesas de minha casa são italianas.
    A mesa acrílica de minha casa quebrou.

    A bola é de plástico.
    As bolas são verdes.
    As carroças velhas desapareceram.
    A charrete é charmosa.

    A cadela poodle é branquinha.
    As cachorrinhas são lindas.

    O quarto é de madeira.
    Os quartos são amplos.

    O pião é vermelho.
    Os piões são coloridos.
  • ALGUNS CASOS IMPORTANTES E ESPECIAIS:

    1. O adjetivo irá para o plural ou irá concordar com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentios.
    A menina desenvolveu por aquele brinquedo um amor e um zelo doentio.

    2. No caso de substantivos com gêneros diferentes, o adjetivo ficará no masculino ou concordará com o substantivo mais próximo:

    EXEMPLOS:
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiros.
    A enciclopédia traz contos e crônicas brasileiras.
    A enciclopédia traz conto e crônica brasileira.

    3. Quando o adjetivo vem antes, geralmente concorda com o substantivo posposto:

    EXEMPLOS:
    Percorre tortuosos caminhos e veredas.
    Percorre tortuosas veredas e caminhos.

    OBSERVAÇÃO 1: Cuidado com as expressões "É proibido" e "É necessário", que quando se referirem a um substantivo genérico não vaiam, mas se este substantivo for determinado por um artigo, este concorda com o substantivo.

    OBSERVAÇÃO 2: Não confunda meio com meia, pois meio equivale à metade e concorda com o substantivo e meia é um substantivo e o advérbio meia é invariável.

  • CONCORDÂNCIA VERBAL

    A regra geral para a concordância verbal está no numero de sujeitos da oração.

    1. Se houver apenas um sujeito, o verbo concordará com ele.
    EXEMPLOS:
    Eu comi melancia.
    Nós gostamos de alface.

    2. Se houverem mais sujeitos, os verbos terão concordâncias diferentes:
    EXEMPLO:
    Ela sonhou que tu chegavas de carruagem.
    Sujeito: ela     Sujeito: tu

    3. Se o sujeito tiver mais do que um núcleo, o verbo irá para o plural:
    EXEMPLO:
    Eu e ela estamos apaixonados.
    Sujeito 1: Eu
    Sujeito 2: Ela

  • OBSERVAÇÃO 1: Os verbos impessoais que indicarem fenômenos da natureza ficam na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLO:
    Choveu muito na serra.

    OBSERVAÇÃO 2: O verbo impessoal "haver", no sentido de "existir" é empregado apenas na 3ª. pessoa do singular.
    EXEMPLOS:
    Houve um momento de tensão.
    Havia algo de estranho no ar.

    OBSERVAÇÃO 3: A regra da 3ª. Pessoa vale também par os verbos impessoais "haver" e "fazer", quando estes indicam tempo decorrido.
    EXEMPLOS:
    Há muito tempo não te vejo.
    Faz muito tempo que no te vejo.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    Assista aos vídeos:

    http://www.youtube.com/watch?v=1wN3Vh4KSqs
    http://www.youtube.com/watch?v=vqVuUyw4Hz4

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://exercicios-de-portugues.blogspot.com.br/2011/10/exercicios-de-oracoes-coordenadas-e.html
    http://www.analisedetextos.com.br/2010/08/10-otimos-exercicios-de-regencia-verbal.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/05/concordancia-verbal-e-nominal.html


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