Área de Inscrição - Preencha os campos abaixo:
Oficina de Gramática
Área de inscrição
Tipos, objetivos de leitura, gêneros textuais e objetivos
  • Módulo 8: Tipos, objetivos e estratégias de leitura, gêneros textuais e objetivos

    Assim como acontece com os objetivos que devemos ter ao falar e escrever, acontece ao lermos alguma coisa.

    Para o leitor proficiente é muito comum, ao ler o título, imaginar o que vem a seguir, no entanto há perigos; muitos títulos são um resumo do texto e por este motivo o chamamos de orientadores, mas alguns são tão diferentes do esperado que chamamos de desorientadores.

    Será orientador quando for um resumo real do que foi lido, e desta forma facilitará seu entendimento; será desorientador se sua função for satirizar questionar ou "sair fora" do que o leitor imagina encontrar. Esta prática não está errada, porém é muito astuciosa e exige habilidades muito bem definidas para ser realizada.

    Ao estabelecermos objetivos de leitura de um texto, deparamo-nos com três tipologias diferentes relacionadas à leitura: a seletiva e informativa crítica e a interpretativa, cada uma destas exige do leitor habilidades muito distintas.

  • Tipos de Leituras

    TIPOS DE LEITURAS

    Leitura informativa seletiva

    Para realizar tal leitura, o leitor deve ter a habilidade de saber claramente o motivo porque está lendo determinado texto, para possivelmente realizar instruções provenientes dela ou ainda, verificar se as informações ali contidas interessam ou não aos seus objetivos.
    Quando lemos textos instrucionais, tais como manuais de eletro-eletrônicos, bulas de remédios ou receitas diversas, realizando a habilidade anteriormente citada, da mesma forma em que lemos o resumo de um artigo científico, ou a manchete de um jornal; pois nossas primeiras impressões quanto ao conteúdo farão com que sigamos ou não a leitura.

  • Tipos de Leituras

    Leitura informativa crítica

    Ao realizar uma leitura informativa crítica, o leitor já sabe se continua ou não a leitura, pois já realizou a seleção dos textos que irá consultar ou da receita que irá fazer, por exemplo.
    Para realizar tal escolha, o leitor deve ter a habilidade de sintetizar o que lhe é mais importante, ou o que lhe mais interessa e, com isso, continuar a sua leitura. Neste caso ainda o leitor, para saber o que lhe interessa e ter optado por tal escolha deve ter um conhecimento, ainda que pequeno, sobre o que está lendo para só então manifestar-se de forma crítica diante das informações lidas; ou seja, o leitor após ter selecionado o texto e ter se aprofundado nele tem capacidade de interação, aplicando seus conhecimentos sobre o mesmo tema. No caso da receita, o leitor pode interagir utilizando mudanças de ingredientes ou de quantidades, bem como no caso de uma produção científica, onde o leitor pode interagir junto a seus conhecimentos, preenchendo suas lacunas quanto à falta de conteúdo da sua mensagem, ou simplesmente reforçando-a.

    Leitura interpretativa

    Para a realização deste tipo de leitura, o leitor deve já ter feito sua seleção, deve também já ter dialogado com o texto, levando em consideração seus conhecimentos de mundo e o próximo passo é ler o que não está efetivamente dito por palavras, mas por intenções.
    Sabemos que todo o texto é uma resposta a outro texto, e que ninguém que escreve ou fala espera não ser ouvido. Sabemos também, que o texto possui componentes ideacionais, os quais já estudamos e, por este motivo o bom leitor sabe que não está diante de um aglomerado de palavras, mas de um todo de ideias, e para desvendá-las parte de muitas observações, tais como: saber onde foi publicado, quem é o autor, a questão histórica do momento, dentre outros itens.

  • Níveis de Leitura

    Níveis de leitura

    Embora devamos ter objetivos muito claros ao realizar qualquer tipo de leitura, sejam as leituras informativas ou interpretativas, devemos saber que interiormente obedecemos a passos a serem seguidos para que realmente consigamos interagir com o texto que estamos lendo.
    Gradualmente, ao ativarmos nossa capacidade de leitura, deveríamos ter as seguintes habilidades: intelecção, compreensão, interpretação e extrapolação.
    A intelecção é a capacidade que o leitor tem em decodificar as letras, formar palavras e frases; constitui o nível mais superficial da leitura e é o nível em que conseguimos ler e decodificar, mas também é onde o entendimento ainda fica a desejar.
    A compreensão constitui um nível de maior aprofundamento das ideias de um texto e consiste em o leitor reproduzir o que leu com as suas palavras, sem omitir ou inserir informações, ou seja, parafrasear.
    A interpretação é um nível ainda mais profundo que a compreensão, pois aqui o leitor além de decodificar e compreender, consegue perceber a ideologia do texto, ou seja, lê nas entrelinhas.
    A extrapolação é o nível mais profundo de entendimento de um texto, porque consiste em decodificar, compreender, perceber o que não está escrito, mas está dito e finalmente dialogar com as informações ali contidas.
    A extrapolação consiste primeiramente em interagir com o texto e deve ser feita sempre pensando realmente nas leituras autorizadas pelo autor e nas referências textuais contidas no texto. Não devemos extrapolar de forma negativa, levando em consideração qualquer tipo de informação. Devemos em primeiro lugar, ter o bom senso na hora da análise de um texto.

  • Níveis de Leitura

    ESTRATÉGIAS DE LEITURAS

    Estratégias para entender o texto

    Nem sempre é fácil compreender um texto de forma eficaz. Para isto, podemos estabelecer alguns itens que ajudarão na hora de ter uma ideia geral do texto que estamos lendo, que é a técnica de sublinhar e a técnica de esquematizar.
    Não há uma regra específica e exata de como se realizar tais técnicas, cabe o bom senso do leitor e a seleção de informações realmente importantes aos seus objetivos. Sublinhar

    É uma técnica muito eficaz e consiste em destacar tudo o que realmente importa em um texto, pois como sabemos, cada parágrafo de um texto deve ter uma ideia principal e é exatamente aí que queremos chegar.

  • Níveis de Leitura

    Usar esta técnica é muito eficaz na leitura dos enunciados de provas, por exemplo, pois lendo atentamente uma vez e sublinhando as ações solicitadas pelo examinador, temos maior chance de acertar a questão, vejamos:

    Enunciado:
    A comunicação humana acontece mediante ao uso de dois movimentos
    Opções de resposta:
    a.(   ) Fala e audição.
    b.( X ) Codificação e decodificação.
    c.(    ) Conversação e codificação.
    d.(    ) Codificação e audição.
    e.(    ) Codificação e orientação.

    Ao sublinhar os itens mais importantes da questão, esta se torna muito mais clara, pois compreendemos o seu objetivo, e entendemos o que a questão, em exemplo, solicita: "que saibamos os dois movimentos da comunicação humana".
    No caso de um fragmento de texto, a técnica de sublinhar acontece de forma semelhante:
    (...) Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um Clube do Bolinha, em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras¹ .

    ¹ Disponível em: http://www.kanitz.com/veja/mulheres.asp
  • Níveis de Leitura

    Percebemos que ao ler rapidamente o texto e sublinhar as informações mais importantes verificamos que, na visão do administrador do texto apenas 5 mulheres são presidentes em grandes empresas no Brasil.
    Com esta técnica temos em relevo a ideia principal de um texto, ou de um parágrafo apenas.
    Esquematizar

    Outra técnica muito eficaz é a de esquematizar os textos, no entanto não é tão simples, visto que pressupõe a utilização da técnica de sublinhar, a qual já foi anteriormente utilizada, pois para esquematizar é necessário ter os pontos importantes do texto bem claros em mente.

  • Níveis de Leitura

    Administração feminina
    Steven Kanitz

    Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um "Clube do Bolinha", em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras.
    "Mulher não sabe administrar", disse-me o dono de um conglomerado brasileiro, cujas filhas ficavam em casa e os filhos e genros ajudavam o papai a tocar o negócio. 'Administração é coisa para homem', afirmou outro empresário. De fato, muito da teoria e modo de pensar em administração vem de uma forma masculina de ver o mundo: agressivo, calculista, sem escrúpulos. E muitos dos termos usados nesse meio têm origem claramente militar: 'companhia', 'divisão', 'campanha' publicitária, 'guerra' de preços, 'aniquilar' a concorrência, 'conquistar' mercados, e assim por diante.
    A administração teve um avanço depois da II Guerra Mundial, quando várias técnicas desenvolvidas na época, como logística, pesquisa operacional, disciplina regimental foram usadas com grande sucesso nas primeiras multinacionais, necessitadas de que ordens fossem obedecidas a 15.000 quilômetros de distância da sede.
    Nesta cultura militar e masculina, não é de estranhar que mulheres não se sentissem à vontade e desistissem da carreira nas grandes empresas. As poucas mulheres que galgam os altos escalões das 500 maiores, com todo o respeito que elas merecem, o fazem dançando a música dos homens. A contragosto, precisam dar uns socos na mesa de vez em quando e soltar alguns palavrões por aí. Sendo franca minoria, as mulheres nunca conseguem impor sua forma própria, um estilo feminino de administração.

  • Níveis de Leitura

    Conheço todas as 500 maiores empresas brasileiras, as quais analisei durante 25 anos, e de cinco anos para cá comecei a estudar as 400 maiores entidades beneficentes deste país, uma pesquisa que realizo todo ano, e que encontra-se disponível na internet no endereço www.filantropia.org.
    Para a minha grande surpresa notei um novo estilo de administrar. Diferente, mais eficiente, mais competente e mais dinâmico do que aquele visto nas empresas 'masculinas'. Aliás, não deveria ser surpresa, porque as entidades brasileiras sempre viveram com orçamentos apertados, nunca tiveram gordura para cortar. O estoque de uma fábrica fica parado por meses sem precisar de supervisão. Tente fazer o mesmo com 359 crianças de uma creche, por um minuto. Administrar creches, hospitais ou meninos de rua seria um treinamento excelente para os futuros administradores do país.
    As 400 maiores entidades nacionais beneficentes são muito mais bem administradas do que a maioria das empresas brasileiras, por mais absurda que possa parecer esta minha observação. Existem várias razões para esse desempenho superior das entidades beneficentes. Clareza de propósito, ética, motivação dos funcionários, satisfação pessoal com os resultados. Mas a principal razão para mim é bem clara: a grande maioria, se não a totalidade das 400 maiores entidades, é administrada por mulheres.

    Não podemos dizer que este esquema é o único possível, mas podemos entendê-lo como uma possibilidade viável, visto conter todos os itens importantes do texto, e de forma organizada.
    Para que estas duas técnicas de leitura não fiquem jogadas de lado é importante que nunca deixemos de praticá-las, por este motivo, treinar é sempre um aprendizado, além de ajudar muito na interpretação de textos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Tipos de Textos

    Produzir um texto não é algo simples, pois requer habilidades linguísticas e de conhecimento estrutural, já que cada texto tem um objetivo, um propósito. Quanto aos tipos de texto que conhecemos apontamos três: a narração, a descrição e a dissertação, sendo esta última, nosso principal foco de estudo, pois no ambiente de trabalho o mundo corporativo é, dentre esses, o tipo de texto mais usado.
    Diante desta pequena exposição relembremos as três tipologias.

    Narração
    Um texto narrativo é um texto que apresenta uma seqüência de fatos ou de acontecimentos em determinado período de tempo e em um espaço específicos.
    Além disso, uma narrativa compreende a existência de personagens e, principalmente de quem conta a história, o qual pode estar na perspectiva de primeira ou de terceira pessoas.

    EXEMPLO: Maria era uma menina estudiosa e vivia na casa se sua madrinha, pois sua mãe estava trabalhando em um navio e não tinha como fiar com ela

    Uma característica da narrativa é o momento do seu clímax, pois a história começa de uma forma, passa por momentos de tensão, atinge seu clímax, que é o ponto onde os "problemas" terão ou não suas soluções, seguidos do final, que consiste na volta da normalização das ações vividas pelas personagens. O tempo verbal da narrativa é o seu ponto forte e, geralmente, consiste nos pretéritos e no presente.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Descrição

    A descrição marca um texto que apresenta uma sequência de aspectos, sejam qualidades ou defeitos, sejam reais ou imaginárias. Fundamentalmente, a descrição apresenta um grande número de adjetivos e permeia muitas das vezes nos textos narrativos e dissertativos, dificilmente a encontraremos com tipologia única de um texto.
    O texto, conforme já foi explicado, de maior valor neste momento para nós é o texto dissertativo, que compreende a utilização de uma sequência de ideias e opiniões a respeito de um determinado assunto, ou seja, há um tema e a partir dele, poderão interagir outros textos com outras ideias e o autor poderá ou não tomar parte disto tudo.

    EXEMPLO: neste momento as pessoas trajam ternos, gravatas e vestidos longos, todos em tons claros para se adequarem ao evento ao ar livre.

    Dissertação expositiva

    A dissertação expositiva consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mas sem a apresentação do ponto de vista do autor.
    A dissertação expositiva serve para o leitor como um texto de análise, pois é o leitor que lhe atribuirá valores, não o escritor, visto sua função ser apenas apresentar ao leitor os dados colhidos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Dissertação argumentativa

    A dissertação argumentativa consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Realizar uma argumentação perante os fatos, e ainda selecionar a argumentação de outrem para realizar uma contra-argumentação, que pode ser positiva ou negativa.
    7. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mediante a consolidação do ponto de vista do autor.
    Ao contrário da dissertação expositiva, a qual serve para o leitor como um texto de análise e é este que tira suas conclusões, a dissertação argumentativa apresenta a opinião positiva ou negativa de quem escreve, em forma de argumentação ou contra- argumentação.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Inicialmente é importante lembrar que o princípio de textualidade é a condição inicial para que um emaranhado de palavras soltas e sem sentido seja considerado um texto. Para tanto, convém retomar os mais importantes:

    Coesão

    Anda junto da coerência, mas preocupa-se com a forma como as estruturas gramaticais dão sentido ao texto. Pode-se de dizer que, a grosso modo, a coesão é mais voltada à gramática do que à semântica.
    Um texto coeso possui palavras bem escolhidas, para evitar a ambiguidade, bem como pontuação, pronomes e conjunções específicas para transmitir de forma clara a mensagem:

    Em: Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos.

    Pode parecer que a frase está incorreta? Mas não está, pois bastante é um advérbio de intensidade que se flexiona em número e o pronome este se refere anaforicamente, apenas aos salgados.
    Tais informações somente fazem sentido se conhecemos as propriedades coesivas.
    Ao usar, por exemplo, esses, ao invés de estes, a referencia acontece tanto para doces quanto para salgados:

    Comi bastantes doces e salgados. Esses estavam deliciosos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Quando o pronome se refere ao que vem antes dele, ou seja, anaforicamente, ao usarmos o par este e aquele, o faríamos pela proximidade ou pela distância do pronome em relação ao que pretende comunicar, conforme se vê em:

    Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos, aqueles, mal decorados.

    Diante destes rápidos apontamentos fica muito clara a importância do estudo e o cuidado com a manutenção da coesão de um texto.

    Coerência

    É a parte que dá sentido ao texto, fazendo com que este, aproxime-se das expectativas do leitor. Para que um texto seja coerente é preciso que utilize a norma culta da linguagem, não contenha falácias, que são raciocínios errados ou mentirosos e, ainda que tenha paralelismos, tanto de ideias quanto de estrutura, preocupando-se com a correlação verbal, e o uso de palavras adequadas a cada ambiente. Em um texto técnico-científico o autor pode cometer vários erros, relativizando teorias que, por exemplo, não são aplicáveis ao corpus que ele está pesquisando.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Argumentando de forma errada, seja por raciocinar de maneira única, considerando-a correta, seja por raciocinar de forma equivocada, mesmo tendo em mãos dados reais. Dizer:

    Arranjos da música produzida nos dias de hoje é muito pouco trabalhado, desta forma, ser arranjador musical é inútil.

    Faz uma relação muito errada da segunda oração com a primeira, pois não pressupõe uma relativização, mas generaliza algo de maneira grosseira. Isso pode ser evitado. O fato de os arranjos serem pouco trabalhados não quer dizer que a profissão de arranjador é inútil.
    Outra questão que faz parte da coerência é verificar o paralelismo. Ao ler a sentença:

    Estudo direito porque um grande mercado de trabalho, muitas ramificações de atuação e porque meu pai sonha em me ver advogado.

    Mantém-se um paralelismo sintático, perceptível nos verbos em destaque, visto que eu estudo, há possibilidades e este verbo é retomado pela vírgula, e o meu pai, no caso, ele sonha.
    Sintaticamente a oração pode ser considerada correta, no entanto, no campo das ideias a oração peca, pois o último argumento "meu pai sonha em me ver advogado" Não consiste um argumento de validade no discurso.
    Outra breve explicação que motiva o estudo deste princípio textual. É relevante neste cenário perceber que um princípio depende do outro e o texto precisa de todos estes para que exista sem ruídos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Aceitabilidade e a intencionalidade

    São princípios de textualidade que dependem tanto do receptor, quanto do emissor; visto que emissor tem intenções, objetivos textuais em cada um de seus textos, falados, escritos ou gestuais e depende do receptor aceitar tais intenções ou não, de acordo com o que acredita, acerca de suas crenças e opiniões;
    Ao produzir um texto e ter o conhecimento do público a que ele é destinado, ou seja, pensar sobre o que, por quê, para quê e como o autor deve se manifestar, este tem uma grande chance de que seu texto, seja ele falado ou escrito, seja aceito.

    Situacionalidade

    É um princípio que depende tanto do momento em que o texto foi produzido como do momento em que este é lido. Pode-se entender este ponto quando imaginamos um texto que fale de caixeiros viajantes, profissão antiga, que pode causar estranheza nos dias de hoje, a menos que o leitor saiba do que se trata. No texto técnico é importantíssimo deixar clara a situação de produção, metodologias de pesquisas e análise, bem como a escolha de uma ou de outra teoria, visando sempre quem fará a leitura do trabalho.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Informatividade

    Depende do grau de informação real atrelada ao texto. Quem determina a importância do grau de informação é o leitor, pois ideologicamente o escritor já selecionou o que ele, escritor, percebe como mais importante. Em um texto técnico a informatividade reside no fato de a introdução, ou as considerações iniciais e o resumo serem bem objetivos, de forma que o leitor escolha ou não fazer a leitura do texto.
    Um título bem atribuído pode ajudar na escolha, bem como a disposição das cores e da arte atribuída ao livro ou periódico e, novamente voltam à questão da produção técnica, um trabalho caprichado, formatado adequadamente, limpo, sem muitos ícones que desviem o leitor de sua parte principal é considerado um trabalho de qualidade.

    Intertextualidade

    É um princípio de textualidade que vem sendo muito estudado nos dias de hoje, visto que consiste em um diálogo entre as informações apresentadas no texto, como outras informações já conhecidas pelos leitores; neste ponto há de se considerar que cada leitor tem suas próprias informações e consegue reagir de inúmeras formas com um texto, mediante sua história de vida, seus valores, enfim, sua ideologia.
    Todos os princípios de um texto são importantes para a sua estrutura. Não se pode elencar uma mais importante do que o outro; é preciso que saibamos que um destes princípios pode estar mais ou menos contido no que o qual o autor se propôs escrever.
    A busca pela articulação de um texto é o caminho para que este possua clareza, objetividade, eficácia, eficiência e, portanto, flua. Pois como já foi dito o principio de textualidade é o que torna o texto, realmente um texto.
    Para melhor fixação destas questões é importante que o leitor verifique o resumo sintetizado a seguir, pois alguns leitores conseguem visualizar melhor o conteúdo quando desmembrado de articulações lingüísticas.
    Para o entendimento tal técnica é extremamente válida, o que não podemos e escrever desta forma. Na escrita toda e qualquer articulação de um texto, deve ser preservada. Confira o resumo deste capítulo para melhor entendê-lo:

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

     

    Princípio

    Foco, especificações.

    1

    Coesão

    Estrutura sintática do texto, ou seja, gramaticalidade.

    2

    Coerência

    Estrutura semântica do texto, ou seja, a construção

    3

    Situacionalidade

    A situação em que o texto foi produzido junto à situação em que o texto foi lido, pois algumas vezes não há tal possibilidade, pois o texto retrata coisas que o leitor desconhece e, desta forma, fica sem sentido.

    4

    Informatividade

    A quantidade, valorização e veracidade das informações do texto.

    5

    Aceitabilidade

    Parte do leitor. Ë o leitor que aceita ou não o conteúdo do texto.

    6

    Intencionalidade

    Parte do emissor consiste nas intenções que este tem ao escrever.

    7

    Intertextualidade

    A relação que pode se estabelecer de um texto com outros textos.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://pvsitaperuna.blogspot.com.br/2012/04/tipos-textuais-exercicios.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/10/exercicios-de-coesao-textual.html

  • Autoavaliação

    Autoavaliação

    1. Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo:
    O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangência _________ tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudança existiu como algo inerente ao sistema social.
    (Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)


    a. Não obstante – com que

    2. Marque a sequência que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente:
    A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa sociedade ________ forma de codificação das relações sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos interessados.
    (Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações)


    c. cuja – já que

    Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá seqüência com coerência e coesão:
    Em nossos dias, a ética ressurge e se revigora em muitas áreas da sociedade industrial e pós-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidadãos e as organizações, encarando construtivamente as inúmeras modificações que são verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivíduo passa a aferir-se pela relação deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizações de que participa e com a própria sociedade em que está inserido.
    (José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002).


    c. Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas éticos e suas respectivas soluções
  • Módulo 8: Tipos, objetivos e estratégias de leitura, gêneros textuais e objetivos

    Assim como acontece com os objetivos que devemos ter ao falar e escrever, acontece ao lermos alguma coisa.

    Para o leitor proficiente é muito comum, ao ler o título, imaginar o que vem a seguir, no entanto há perigos; muitos títulos são um resumo do texto e por este motivo o chamamos de orientadores, mas alguns são tão diferentes do esperado que chamamos de desorientadores.

    Será orientador quando for um resumo real do que foi lido, e desta forma facilitará seu entendimento; será desorientador se sua função for satirizar questionar ou "sair fora" do que o leitor imagina encontrar. Esta prática não está errada, porém é muito astuciosa e exige habilidades muito bem definidas para ser realizada.

    Ao estabelecermos objetivos de leitura de um texto, deparamo-nos com três tipologias diferentes relacionadas à leitura: a seletiva e informativa crítica e a interpretativa, cada uma destas exige do leitor habilidades muito distintas.

  • Tipos de Leituras

    TIPOS DE LEITURAS

    Leitura informativa seletiva

    Para realizar tal leitura, o leitor deve ter a habilidade de saber claramente o motivo porque está lendo determinado texto, para possivelmente realizar instruções provenientes dela ou ainda, verificar se as informações ali contidas interessam ou não aos seus objetivos.
    Quando lemos textos instrucionais, tais como manuais de eletro-eletrônicos, bulas de remédios ou receitas diversas, realizando a habilidade anteriormente citada, da mesma forma em que lemos o resumo de um artigo científico, ou a manchete de um jornal; pois nossas primeiras impressões quanto ao conteúdo farão com que sigamos ou não a leitura.

  • Tipos de Leituras

    Leitura informativa crítica

    Ao realizar uma leitura informativa crítica, o leitor já sabe se continua ou não a leitura, pois já realizou a seleção dos textos que irá consultar ou da receita que irá fazer, por exemplo.
    Para realizar tal escolha, o leitor deve ter a habilidade de sintetizar o que lhe é mais importante, ou o que lhe mais interessa e, com isso, continuar a sua leitura. Neste caso ainda o leitor, para saber o que lhe interessa e ter optado por tal escolha deve ter um conhecimento, ainda que pequeno, sobre o que está lendo para só então manifestar-se de forma crítica diante das informações lidas; ou seja, o leitor após ter selecionado o texto e ter se aprofundado nele tem capacidade de interação, aplicando seus conhecimentos sobre o mesmo tema. No caso da receita, o leitor pode interagir utilizando mudanças de ingredientes ou de quantidades, bem como no caso de uma produção científica, onde o leitor pode interagir junto a seus conhecimentos, preenchendo suas lacunas quanto à falta de conteúdo da sua mensagem, ou simplesmente reforçando-a.

    Leitura interpretativa

    Para a realização deste tipo de leitura, o leitor deve já ter feito sua seleção, deve também já ter dialogado com o texto, levando em consideração seus conhecimentos de mundo e o próximo passo é ler o que não está efetivamente dito por palavras, mas por intenções.
    Sabemos que todo o texto é uma resposta a outro texto, e que ninguém que escreve ou fala espera não ser ouvido. Sabemos também, que o texto possui componentes ideacionais, os quais já estudamos e, por este motivo o bom leitor sabe que não está diante de um aglomerado de palavras, mas de um todo de ideias, e para desvendá-las parte de muitas observações, tais como: saber onde foi publicado, quem é o autor, a questão histórica do momento, dentre outros itens.

  • Níveis de Leitura

    Níveis de leitura

    Embora devamos ter objetivos muito claros ao realizar qualquer tipo de leitura, sejam as leituras informativas ou interpretativas, devemos saber que interiormente obedecemos a passos a serem seguidos para que realmente consigamos interagir com o texto que estamos lendo.
    Gradualmente, ao ativarmos nossa capacidade de leitura, deveríamos ter as seguintes habilidades: intelecção, compreensão, interpretação e extrapolação.
    A intelecção é a capacidade que o leitor tem em decodificar as letras, formar palavras e frases; constitui o nível mais superficial da leitura e é o nível em que conseguimos ler e decodificar, mas também é onde o entendimento ainda fica a desejar.
    A compreensão constitui um nível de maior aprofundamento das ideias de um texto e consiste em o leitor reproduzir o que leu com as suas palavras, sem omitir ou inserir informações, ou seja, parafrasear.
    A interpretação é um nível ainda mais profundo que a compreensão, pois aqui o leitor além de decodificar e compreender, consegue perceber a ideologia do texto, ou seja, lê nas entrelinhas.
    A extrapolação é o nível mais profundo de entendimento de um texto, porque consiste em decodificar, compreender, perceber o que não está escrito, mas está dito e finalmente dialogar com as informações ali contidas.
    A extrapolação consiste primeiramente em interagir com o texto e deve ser feita sempre pensando realmente nas leituras autorizadas pelo autor e nas referências textuais contidas no texto. Não devemos extrapolar de forma negativa, levando em consideração qualquer tipo de informação. Devemos em primeiro lugar, ter o bom senso na hora da análise de um texto.

  • Níveis de Leitura

    ESTRATÉGIAS DE LEITURAS

    Estratégias para entender o texto

    Nem sempre é fácil compreender um texto de forma eficaz. Para isto, podemos estabelecer alguns itens que ajudarão na hora de ter uma ideia geral do texto que estamos lendo, que é a técnica de sublinhar e a técnica de esquematizar.
    Não há uma regra específica e exata de como se realizar tais técnicas, cabe o bom senso do leitor e a seleção de informações realmente importantes aos seus objetivos. Sublinhar

    É uma técnica muito eficaz e consiste em destacar tudo o que realmente importa em um texto, pois como sabemos, cada parágrafo de um texto deve ter uma ideia principal e é exatamente aí que queremos chegar.

  • Níveis de Leitura

    Usar esta técnica é muito eficaz na leitura dos enunciados de provas, por exemplo, pois lendo atentamente uma vez e sublinhando as ações solicitadas pelo examinador, temos maior chance de acertar a questão, vejamos:

    Enunciado:
    A comunicação humana acontece mediante ao uso de dois movimentos
    Opções de resposta:
    a.(   ) Fala e audição.
    b.( X ) Codificação e decodificação.
    c.(    ) Conversação e codificação.
    d.(    ) Codificação e audição.
    e.(    ) Codificação e orientação.

    Ao sublinhar os itens mais importantes da questão, esta se torna muito mais clara, pois compreendemos o seu objetivo, e entendemos o que a questão, em exemplo, solicita: "que saibamos os dois movimentos da comunicação humana".
    No caso de um fragmento de texto, a técnica de sublinhar acontece de forma semelhante:
    (...) Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um Clube do Bolinha, em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras¹ .

    ¹ Disponível em: http://www.kanitz.com/veja/mulheres.asp
  • Níveis de Leitura

    Percebemos que ao ler rapidamente o texto e sublinhar as informações mais importantes verificamos que, na visão do administrador do texto apenas 5 mulheres são presidentes em grandes empresas no Brasil.
    Com esta técnica temos em relevo a ideia principal de um texto, ou de um parágrafo apenas.
    Esquematizar

    Outra técnica muito eficaz é a de esquematizar os textos, no entanto não é tão simples, visto que pressupõe a utilização da técnica de sublinhar, a qual já foi anteriormente utilizada, pois para esquematizar é necessário ter os pontos importantes do texto bem claros em mente.

  • Níveis de Leitura

    Administração feminina
    Steven Kanitz

    Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um "Clube do Bolinha", em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras.
    "Mulher não sabe administrar", disse-me o dono de um conglomerado brasileiro, cujas filhas ficavam em casa e os filhos e genros ajudavam o papai a tocar o negócio. 'Administração é coisa para homem', afirmou outro empresário. De fato, muito da teoria e modo de pensar em administração vem de uma forma masculina de ver o mundo: agressivo, calculista, sem escrúpulos. E muitos dos termos usados nesse meio têm origem claramente militar: 'companhia', 'divisão', 'campanha' publicitária, 'guerra' de preços, 'aniquilar' a concorrência, 'conquistar' mercados, e assim por diante.
    A administração teve um avanço depois da II Guerra Mundial, quando várias técnicas desenvolvidas na época, como logística, pesquisa operacional, disciplina regimental foram usadas com grande sucesso nas primeiras multinacionais, necessitadas de que ordens fossem obedecidas a 15.000 quilômetros de distância da sede.
    Nesta cultura militar e masculina, não é de estranhar que mulheres não se sentissem à vontade e desistissem da carreira nas grandes empresas. As poucas mulheres que galgam os altos escalões das 500 maiores, com todo o respeito que elas merecem, o fazem dançando a música dos homens. A contragosto, precisam dar uns socos na mesa de vez em quando e soltar alguns palavrões por aí. Sendo franca minoria, as mulheres nunca conseguem impor sua forma própria, um estilo feminino de administração.

  • Níveis de Leitura

    Conheço todas as 500 maiores empresas brasileiras, as quais analisei durante 25 anos, e de cinco anos para cá comecei a estudar as 400 maiores entidades beneficentes deste país, uma pesquisa que realizo todo ano, e que encontra-se disponível na internet no endereço www.filantropia.org.
    Para a minha grande surpresa notei um novo estilo de administrar. Diferente, mais eficiente, mais competente e mais dinâmico do que aquele visto nas empresas 'masculinas'. Aliás, não deveria ser surpresa, porque as entidades brasileiras sempre viveram com orçamentos apertados, nunca tiveram gordura para cortar. O estoque de uma fábrica fica parado por meses sem precisar de supervisão. Tente fazer o mesmo com 359 crianças de uma creche, por um minuto. Administrar creches, hospitais ou meninos de rua seria um treinamento excelente para os futuros administradores do país.
    As 400 maiores entidades nacionais beneficentes são muito mais bem administradas do que a maioria das empresas brasileiras, por mais absurda que possa parecer esta minha observação. Existem várias razões para esse desempenho superior das entidades beneficentes. Clareza de propósito, ética, motivação dos funcionários, satisfação pessoal com os resultados. Mas a principal razão para mim é bem clara: a grande maioria, se não a totalidade das 400 maiores entidades, é administrada por mulheres.

    Não podemos dizer que este esquema é o único possível, mas podemos entendê-lo como uma possibilidade viável, visto conter todos os itens importantes do texto, e de forma organizada.
    Para que estas duas técnicas de leitura não fiquem jogadas de lado é importante que nunca deixemos de praticá-las, por este motivo, treinar é sempre um aprendizado, além de ajudar muito na interpretação de textos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Tipos de Textos

    Produzir um texto não é algo simples, pois requer habilidades linguísticas e de conhecimento estrutural, já que cada texto tem um objetivo, um propósito. Quanto aos tipos de texto que conhecemos apontamos três: a narração, a descrição e a dissertação, sendo esta última, nosso principal foco de estudo, pois no ambiente de trabalho o mundo corporativo é, dentre esses, o tipo de texto mais usado.
    Diante desta pequena exposição relembremos as três tipologias.

    Narração
    Um texto narrativo é um texto que apresenta uma seqüência de fatos ou de acontecimentos em determinado período de tempo e em um espaço específicos.
    Além disso, uma narrativa compreende a existência de personagens e, principalmente de quem conta a história, o qual pode estar na perspectiva de primeira ou de terceira pessoas.

    EXEMPLO: Maria era uma menina estudiosa e vivia na casa se sua madrinha, pois sua mãe estava trabalhando em um navio e não tinha como fiar com ela

    Uma característica da narrativa é o momento do seu clímax, pois a história começa de uma forma, passa por momentos de tensão, atinge seu clímax, que é o ponto onde os "problemas" terão ou não suas soluções, seguidos do final, que consiste na volta da normalização das ações vividas pelas personagens. O tempo verbal da narrativa é o seu ponto forte e, geralmente, consiste nos pretéritos e no presente.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Descrição

    A descrição marca um texto que apresenta uma sequência de aspectos, sejam qualidades ou defeitos, sejam reais ou imaginárias. Fundamentalmente, a descrição apresenta um grande número de adjetivos e permeia muitas das vezes nos textos narrativos e dissertativos, dificilmente a encontraremos com tipologia única de um texto.
    O texto, conforme já foi explicado, de maior valor neste momento para nós é o texto dissertativo, que compreende a utilização de uma sequência de ideias e opiniões a respeito de um determinado assunto, ou seja, há um tema e a partir dele, poderão interagir outros textos com outras ideias e o autor poderá ou não tomar parte disto tudo.

    EXEMPLO: neste momento as pessoas trajam ternos, gravatas e vestidos longos, todos em tons claros para se adequarem ao evento ao ar livre.

    Dissertação expositiva

    A dissertação expositiva consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mas sem a apresentação do ponto de vista do autor.
    A dissertação expositiva serve para o leitor como um texto de análise, pois é o leitor que lhe atribuirá valores, não o escritor, visto sua função ser apenas apresentar ao leitor os dados colhidos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Dissertação argumentativa

    A dissertação argumentativa consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Realizar uma argumentação perante os fatos, e ainda selecionar a argumentação de outrem para realizar uma contra-argumentação, que pode ser positiva ou negativa.
    7. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mediante a consolidação do ponto de vista do autor.
    Ao contrário da dissertação expositiva, a qual serve para o leitor como um texto de análise e é este que tira suas conclusões, a dissertação argumentativa apresenta a opinião positiva ou negativa de quem escreve, em forma de argumentação ou contra- argumentação.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Inicialmente é importante lembrar que o princípio de textualidade é a condição inicial para que um emaranhado de palavras soltas e sem sentido seja considerado um texto. Para tanto, convém retomar os mais importantes:

    Coesão

    Anda junto da coerência, mas preocupa-se com a forma como as estruturas gramaticais dão sentido ao texto. Pode-se de dizer que, a grosso modo, a coesão é mais voltada à gramática do que à semântica.
    Um texto coeso possui palavras bem escolhidas, para evitar a ambiguidade, bem como pontuação, pronomes e conjunções específicas para transmitir de forma clara a mensagem:

    Em: Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos.

    Pode parecer que a frase está incorreta? Mas não está, pois bastante é um advérbio de intensidade que se flexiona em número e o pronome este se refere anaforicamente, apenas aos salgados.
    Tais informações somente fazem sentido se conhecemos as propriedades coesivas.
    Ao usar, por exemplo, esses, ao invés de estes, a referencia acontece tanto para doces quanto para salgados:

    Comi bastantes doces e salgados. Esses estavam deliciosos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Quando o pronome se refere ao que vem antes dele, ou seja, anaforicamente, ao usarmos o par este e aquele, o faríamos pela proximidade ou pela distância do pronome em relação ao que pretende comunicar, conforme se vê em:

    Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos, aqueles, mal decorados.

    Diante destes rápidos apontamentos fica muito clara a importância do estudo e o cuidado com a manutenção da coesão de um texto.

    Coerência

    É a parte que dá sentido ao texto, fazendo com que este, aproxime-se das expectativas do leitor. Para que um texto seja coerente é preciso que utilize a norma culta da linguagem, não contenha falácias, que são raciocínios errados ou mentirosos e, ainda que tenha paralelismos, tanto de ideias quanto de estrutura, preocupando-se com a correlação verbal, e o uso de palavras adequadas a cada ambiente. Em um texto técnico-científico o autor pode cometer vários erros, relativizando teorias que, por exemplo, não são aplicáveis ao corpus que ele está pesquisando.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Argumentando de forma errada, seja por raciocinar de maneira única, considerando-a correta, seja por raciocinar de forma equivocada, mesmo tendo em mãos dados reais. Dizer:

    Arranjos da música produzida nos dias de hoje é muito pouco trabalhado, desta forma, ser arranjador musical é inútil.

    Faz uma relação muito errada da segunda oração com a primeira, pois não pressupõe uma relativização, mas generaliza algo de maneira grosseira. Isso pode ser evitado. O fato de os arranjos serem pouco trabalhados não quer dizer que a profissão de arranjador é inútil.
    Outra questão que faz parte da coerência é verificar o paralelismo. Ao ler a sentença:

    Estudo direito porque um grande mercado de trabalho, muitas ramificações de atuação e porque meu pai sonha em me ver advogado.

    Mantém-se um paralelismo sintático, perceptível nos verbos em destaque, visto que eu estudo, há possibilidades e este verbo é retomado pela vírgula, e o meu pai, no caso, ele sonha.
    Sintaticamente a oração pode ser considerada correta, no entanto, no campo das ideias a oração peca, pois o último argumento "meu pai sonha em me ver advogado" Não consiste um argumento de validade no discurso.
    Outra breve explicação que motiva o estudo deste princípio textual. É relevante neste cenário perceber que um princípio depende do outro e o texto precisa de todos estes para que exista sem ruídos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Aceitabilidade e a intencionalidade

    São princípios de textualidade que dependem tanto do receptor, quanto do emissor; visto que emissor tem intenções, objetivos textuais em cada um de seus textos, falados, escritos ou gestuais e depende do receptor aceitar tais intenções ou não, de acordo com o que acredita, acerca de suas crenças e opiniões;
    Ao produzir um texto e ter o conhecimento do público a que ele é destinado, ou seja, pensar sobre o que, por quê, para quê e como o autor deve se manifestar, este tem uma grande chance de que seu texto, seja ele falado ou escrito, seja aceito.

    Situacionalidade

    É um princípio que depende tanto do momento em que o texto foi produzido como do momento em que este é lido. Pode-se entender este ponto quando imaginamos um texto que fale de caixeiros viajantes, profissão antiga, que pode causar estranheza nos dias de hoje, a menos que o leitor saiba do que se trata. No texto técnico é importantíssimo deixar clara a situação de produção, metodologias de pesquisas e análise, bem como a escolha de uma ou de outra teoria, visando sempre quem fará a leitura do trabalho.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Informatividade

    Depende do grau de informação real atrelada ao texto. Quem determina a importância do grau de informação é o leitor, pois ideologicamente o escritor já selecionou o que ele, escritor, percebe como mais importante. Em um texto técnico a informatividade reside no fato de a introdução, ou as considerações iniciais e o resumo serem bem objetivos, de forma que o leitor escolha ou não fazer a leitura do texto.
    Um título bem atribuído pode ajudar na escolha, bem como a disposição das cores e da arte atribuída ao livro ou periódico e, novamente voltam à questão da produção técnica, um trabalho caprichado, formatado adequadamente, limpo, sem muitos ícones que desviem o leitor de sua parte principal é considerado um trabalho de qualidade.

    Intertextualidade

    É um princípio de textualidade que vem sendo muito estudado nos dias de hoje, visto que consiste em um diálogo entre as informações apresentadas no texto, como outras informações já conhecidas pelos leitores; neste ponto há de se considerar que cada leitor tem suas próprias informações e consegue reagir de inúmeras formas com um texto, mediante sua história de vida, seus valores, enfim, sua ideologia.
    Todos os princípios de um texto são importantes para a sua estrutura. Não se pode elencar uma mais importante do que o outro; é preciso que saibamos que um destes princípios pode estar mais ou menos contido no que o qual o autor se propôs escrever.
    A busca pela articulação de um texto é o caminho para que este possua clareza, objetividade, eficácia, eficiência e, portanto, flua. Pois como já foi dito o principio de textualidade é o que torna o texto, realmente um texto.
    Para melhor fixação destas questões é importante que o leitor verifique o resumo sintetizado a seguir, pois alguns leitores conseguem visualizar melhor o conteúdo quando desmembrado de articulações lingüísticas.
    Para o entendimento tal técnica é extremamente válida, o que não podemos e escrever desta forma. Na escrita toda e qualquer articulação de um texto, deve ser preservada. Confira o resumo deste capítulo para melhor entendê-lo:

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

     

    Princípio

    Foco, especificações.

    1

    Coesão

    Estrutura sintática do texto, ou seja, gramaticalidade.

    2

    Coerência

    Estrutura semântica do texto, ou seja, a construção

    3

    Situacionalidade

    A situação em que o texto foi produzido junto à situação em que o texto foi lido, pois algumas vezes não há tal possibilidade, pois o texto retrata coisas que o leitor desconhece e, desta forma, fica sem sentido.

    4

    Informatividade

    A quantidade, valorização e veracidade das informações do texto.

    5

    Aceitabilidade

    Parte do leitor. Ë o leitor que aceita ou não o conteúdo do texto.

    6

    Intencionalidade

    Parte do emissor consiste nas intenções que este tem ao escrever.

    7

    Intertextualidade

    A relação que pode se estabelecer de um texto com outros textos.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://pvsitaperuna.blogspot.com.br/2012/04/tipos-textuais-exercicios.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/10/exercicios-de-coesao-textual.html

Cursos Online - ESAGS - Escola Superior de Administração e Gestão
Oficina de Gramática
Área de Inscrição - Preencha os campos abaixo:
Tipos, objetivos de leitura, gêneros textuais e objetivos
  • Módulo 8: Tipos, objetivos e estratégias de leitura, gêneros textuais e objetivos

    Assim como acontece com os objetivos que devemos ter ao falar e escrever, acontece ao lermos alguma coisa.

    Para o leitor proficiente é muito comum, ao ler o título, imaginar o que vem a seguir, no entanto há perigos; muitos títulos são um resumo do texto e por este motivo o chamamos de orientadores, mas alguns são tão diferentes do esperado que chamamos de desorientadores.

    Será orientador quando for um resumo real do que foi lido, e desta forma facilitará seu entendimento; será desorientador se sua função for satirizar questionar ou "sair fora" do que o leitor imagina encontrar. Esta prática não está errada, porém é muito astuciosa e exige habilidades muito bem definidas para ser realizada.

    Ao estabelecermos objetivos de leitura de um texto, deparamo-nos com três tipologias diferentes relacionadas à leitura: a seletiva e informativa crítica e a interpretativa, cada uma destas exige do leitor habilidades muito distintas.

  • Tipos de Leituras

    TIPOS DE LEITURAS

    Leitura informativa seletiva

    Para realizar tal leitura, o leitor deve ter a habilidade de saber claramente o motivo porque está lendo determinado texto, para possivelmente realizar instruções provenientes dela ou ainda, verificar se as informações ali contidas interessam ou não aos seus objetivos.
    Quando lemos textos instrucionais, tais como manuais de eletro-eletrônicos, bulas de remédios ou receitas diversas, realizando a habilidade anteriormente citada, da mesma forma em que lemos o resumo de um artigo científico, ou a manchete de um jornal; pois nossas primeiras impressões quanto ao conteúdo farão com que sigamos ou não a leitura.

  • Tipos de Leituras

    Leitura informativa crítica

    Ao realizar uma leitura informativa crítica, o leitor já sabe se continua ou não a leitura, pois já realizou a seleção dos textos que irá consultar ou da receita que irá fazer, por exemplo.
    Para realizar tal escolha, o leitor deve ter a habilidade de sintetizar o que lhe é mais importante, ou o que lhe mais interessa e, com isso, continuar a sua leitura. Neste caso ainda o leitor, para saber o que lhe interessa e ter optado por tal escolha deve ter um conhecimento, ainda que pequeno, sobre o que está lendo para só então manifestar-se de forma crítica diante das informações lidas; ou seja, o leitor após ter selecionado o texto e ter se aprofundado nele tem capacidade de interação, aplicando seus conhecimentos sobre o mesmo tema. No caso da receita, o leitor pode interagir utilizando mudanças de ingredientes ou de quantidades, bem como no caso de uma produção científica, onde o leitor pode interagir junto a seus conhecimentos, preenchendo suas lacunas quanto à falta de conteúdo da sua mensagem, ou simplesmente reforçando-a.

    Leitura interpretativa

    Para a realização deste tipo de leitura, o leitor deve já ter feito sua seleção, deve também já ter dialogado com o texto, levando em consideração seus conhecimentos de mundo e o próximo passo é ler o que não está efetivamente dito por palavras, mas por intenções.
    Sabemos que todo o texto é uma resposta a outro texto, e que ninguém que escreve ou fala espera não ser ouvido. Sabemos também, que o texto possui componentes ideacionais, os quais já estudamos e, por este motivo o bom leitor sabe que não está diante de um aglomerado de palavras, mas de um todo de ideias, e para desvendá-las parte de muitas observações, tais como: saber onde foi publicado, quem é o autor, a questão histórica do momento, dentre outros itens.

  • Níveis de Leitura

    Níveis de leitura

    Embora devamos ter objetivos muito claros ao realizar qualquer tipo de leitura, sejam as leituras informativas ou interpretativas, devemos saber que interiormente obedecemos a passos a serem seguidos para que realmente consigamos interagir com o texto que estamos lendo.
    Gradualmente, ao ativarmos nossa capacidade de leitura, deveríamos ter as seguintes habilidades: intelecção, compreensão, interpretação e extrapolação.
    A intelecção é a capacidade que o leitor tem em decodificar as letras, formar palavras e frases; constitui o nível mais superficial da leitura e é o nível em que conseguimos ler e decodificar, mas também é onde o entendimento ainda fica a desejar.
    A compreensão constitui um nível de maior aprofundamento das ideias de um texto e consiste em o leitor reproduzir o que leu com as suas palavras, sem omitir ou inserir informações, ou seja, parafrasear.
    A interpretação é um nível ainda mais profundo que a compreensão, pois aqui o leitor além de decodificar e compreender, consegue perceber a ideologia do texto, ou seja, lê nas entrelinhas.
    A extrapolação é o nível mais profundo de entendimento de um texto, porque consiste em decodificar, compreender, perceber o que não está escrito, mas está dito e finalmente dialogar com as informações ali contidas.
    A extrapolação consiste primeiramente em interagir com o texto e deve ser feita sempre pensando realmente nas leituras autorizadas pelo autor e nas referências textuais contidas no texto. Não devemos extrapolar de forma negativa, levando em consideração qualquer tipo de informação. Devemos em primeiro lugar, ter o bom senso na hora da análise de um texto.

  • Níveis de Leitura

    ESTRATÉGIAS DE LEITURAS

    Estratégias para entender o texto

    Nem sempre é fácil compreender um texto de forma eficaz. Para isto, podemos estabelecer alguns itens que ajudarão na hora de ter uma ideia geral do texto que estamos lendo, que é a técnica de sublinhar e a técnica de esquematizar.
    Não há uma regra específica e exata de como se realizar tais técnicas, cabe o bom senso do leitor e a seleção de informações realmente importantes aos seus objetivos. Sublinhar

    É uma técnica muito eficaz e consiste em destacar tudo o que realmente importa em um texto, pois como sabemos, cada parágrafo de um texto deve ter uma ideia principal e é exatamente aí que queremos chegar.

  • Níveis de Leitura

    Usar esta técnica é muito eficaz na leitura dos enunciados de provas, por exemplo, pois lendo atentamente uma vez e sublinhando as ações solicitadas pelo examinador, temos maior chance de acertar a questão, vejamos:

    Enunciado:
    A comunicação humana acontece mediante ao uso de dois movimentos
    Opções de resposta:
    a.(   ) Fala e audição.
    b.( X ) Codificação e decodificação.
    c.(    ) Conversação e codificação.
    d.(    ) Codificação e audição.
    e.(    ) Codificação e orientação.

    Ao sublinhar os itens mais importantes da questão, esta se torna muito mais clara, pois compreendemos o seu objetivo, e entendemos o que a questão, em exemplo, solicita: "que saibamos os dois movimentos da comunicação humana".
    No caso de um fragmento de texto, a técnica de sublinhar acontece de forma semelhante:
    (...) Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um Clube do Bolinha, em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras¹ .

    ¹ Disponível em: http://www.kanitz.com/veja/mulheres.asp
  • Níveis de Leitura

    Percebemos que ao ler rapidamente o texto e sublinhar as informações mais importantes verificamos que, na visão do administrador do texto apenas 5 mulheres são presidentes em grandes empresas no Brasil.
    Com esta técnica temos em relevo a ideia principal de um texto, ou de um parágrafo apenas.
    Esquematizar

    Outra técnica muito eficaz é a de esquematizar os textos, no entanto não é tão simples, visto que pressupõe a utilização da técnica de sublinhar, a qual já foi anteriormente utilizada, pois para esquematizar é necessário ter os pontos importantes do texto bem claros em mente.

  • Níveis de Leitura

    Administração feminina
    Steven Kanitz

    Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um "Clube do Bolinha", em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras.
    "Mulher não sabe administrar", disse-me o dono de um conglomerado brasileiro, cujas filhas ficavam em casa e os filhos e genros ajudavam o papai a tocar o negócio. 'Administração é coisa para homem', afirmou outro empresário. De fato, muito da teoria e modo de pensar em administração vem de uma forma masculina de ver o mundo: agressivo, calculista, sem escrúpulos. E muitos dos termos usados nesse meio têm origem claramente militar: 'companhia', 'divisão', 'campanha' publicitária, 'guerra' de preços, 'aniquilar' a concorrência, 'conquistar' mercados, e assim por diante.
    A administração teve um avanço depois da II Guerra Mundial, quando várias técnicas desenvolvidas na época, como logística, pesquisa operacional, disciplina regimental foram usadas com grande sucesso nas primeiras multinacionais, necessitadas de que ordens fossem obedecidas a 15.000 quilômetros de distância da sede.
    Nesta cultura militar e masculina, não é de estranhar que mulheres não se sentissem à vontade e desistissem da carreira nas grandes empresas. As poucas mulheres que galgam os altos escalões das 500 maiores, com todo o respeito que elas merecem, o fazem dançando a música dos homens. A contragosto, precisam dar uns socos na mesa de vez em quando e soltar alguns palavrões por aí. Sendo franca minoria, as mulheres nunca conseguem impor sua forma própria, um estilo feminino de administração.

  • Níveis de Leitura

    Conheço todas as 500 maiores empresas brasileiras, as quais analisei durante 25 anos, e de cinco anos para cá comecei a estudar as 400 maiores entidades beneficentes deste país, uma pesquisa que realizo todo ano, e que encontra-se disponível na internet no endereço www.filantropia.org.
    Para a minha grande surpresa notei um novo estilo de administrar. Diferente, mais eficiente, mais competente e mais dinâmico do que aquele visto nas empresas 'masculinas'. Aliás, não deveria ser surpresa, porque as entidades brasileiras sempre viveram com orçamentos apertados, nunca tiveram gordura para cortar. O estoque de uma fábrica fica parado por meses sem precisar de supervisão. Tente fazer o mesmo com 359 crianças de uma creche, por um minuto. Administrar creches, hospitais ou meninos de rua seria um treinamento excelente para os futuros administradores do país.
    As 400 maiores entidades nacionais beneficentes são muito mais bem administradas do que a maioria das empresas brasileiras, por mais absurda que possa parecer esta minha observação. Existem várias razões para esse desempenho superior das entidades beneficentes. Clareza de propósito, ética, motivação dos funcionários, satisfação pessoal com os resultados. Mas a principal razão para mim é bem clara: a grande maioria, se não a totalidade das 400 maiores entidades, é administrada por mulheres.

    Não podemos dizer que este esquema é o único possível, mas podemos entendê-lo como uma possibilidade viável, visto conter todos os itens importantes do texto, e de forma organizada.
    Para que estas duas técnicas de leitura não fiquem jogadas de lado é importante que nunca deixemos de praticá-las, por este motivo, treinar é sempre um aprendizado, além de ajudar muito na interpretação de textos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Tipos de Textos

    Produzir um texto não é algo simples, pois requer habilidades linguísticas e de conhecimento estrutural, já que cada texto tem um objetivo, um propósito. Quanto aos tipos de texto que conhecemos apontamos três: a narração, a descrição e a dissertação, sendo esta última, nosso principal foco de estudo, pois no ambiente de trabalho o mundo corporativo é, dentre esses, o tipo de texto mais usado.
    Diante desta pequena exposição relembremos as três tipologias.

    Narração
    Um texto narrativo é um texto que apresenta uma seqüência de fatos ou de acontecimentos em determinado período de tempo e em um espaço específicos.
    Além disso, uma narrativa compreende a existência de personagens e, principalmente de quem conta a história, o qual pode estar na perspectiva de primeira ou de terceira pessoas.

    EXEMPLO: Maria era uma menina estudiosa e vivia na casa se sua madrinha, pois sua mãe estava trabalhando em um navio e não tinha como fiar com ela

    Uma característica da narrativa é o momento do seu clímax, pois a história começa de uma forma, passa por momentos de tensão, atinge seu clímax, que é o ponto onde os "problemas" terão ou não suas soluções, seguidos do final, que consiste na volta da normalização das ações vividas pelas personagens. O tempo verbal da narrativa é o seu ponto forte e, geralmente, consiste nos pretéritos e no presente.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Descrição

    A descrição marca um texto que apresenta uma sequência de aspectos, sejam qualidades ou defeitos, sejam reais ou imaginárias. Fundamentalmente, a descrição apresenta um grande número de adjetivos e permeia muitas das vezes nos textos narrativos e dissertativos, dificilmente a encontraremos com tipologia única de um texto.
    O texto, conforme já foi explicado, de maior valor neste momento para nós é o texto dissertativo, que compreende a utilização de uma sequência de ideias e opiniões a respeito de um determinado assunto, ou seja, há um tema e a partir dele, poderão interagir outros textos com outras ideias e o autor poderá ou não tomar parte disto tudo.

    EXEMPLO: neste momento as pessoas trajam ternos, gravatas e vestidos longos, todos em tons claros para se adequarem ao evento ao ar livre.

    Dissertação expositiva

    A dissertação expositiva consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mas sem a apresentação do ponto de vista do autor.
    A dissertação expositiva serve para o leitor como um texto de análise, pois é o leitor que lhe atribuirá valores, não o escritor, visto sua função ser apenas apresentar ao leitor os dados colhidos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Dissertação argumentativa

    A dissertação argumentativa consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Realizar uma argumentação perante os fatos, e ainda selecionar a argumentação de outrem para realizar uma contra-argumentação, que pode ser positiva ou negativa.
    7. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mediante a consolidação do ponto de vista do autor.
    Ao contrário da dissertação expositiva, a qual serve para o leitor como um texto de análise e é este que tira suas conclusões, a dissertação argumentativa apresenta a opinião positiva ou negativa de quem escreve, em forma de argumentação ou contra- argumentação.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Inicialmente é importante lembrar que o princípio de textualidade é a condição inicial para que um emaranhado de palavras soltas e sem sentido seja considerado um texto. Para tanto, convém retomar os mais importantes:

    Coesão

    Anda junto da coerência, mas preocupa-se com a forma como as estruturas gramaticais dão sentido ao texto. Pode-se de dizer que, a grosso modo, a coesão é mais voltada à gramática do que à semântica.
    Um texto coeso possui palavras bem escolhidas, para evitar a ambiguidade, bem como pontuação, pronomes e conjunções específicas para transmitir de forma clara a mensagem:

    Em: Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos.

    Pode parecer que a frase está incorreta? Mas não está, pois bastante é um advérbio de intensidade que se flexiona em número e o pronome este se refere anaforicamente, apenas aos salgados.
    Tais informações somente fazem sentido se conhecemos as propriedades coesivas.
    Ao usar, por exemplo, esses, ao invés de estes, a referencia acontece tanto para doces quanto para salgados:

    Comi bastantes doces e salgados. Esses estavam deliciosos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Quando o pronome se refere ao que vem antes dele, ou seja, anaforicamente, ao usarmos o par este e aquele, o faríamos pela proximidade ou pela distância do pronome em relação ao que pretende comunicar, conforme se vê em:

    Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos, aqueles, mal decorados.

    Diante destes rápidos apontamentos fica muito clara a importância do estudo e o cuidado com a manutenção da coesão de um texto.

    Coerência

    É a parte que dá sentido ao texto, fazendo com que este, aproxime-se das expectativas do leitor. Para que um texto seja coerente é preciso que utilize a norma culta da linguagem, não contenha falácias, que são raciocínios errados ou mentirosos e, ainda que tenha paralelismos, tanto de ideias quanto de estrutura, preocupando-se com a correlação verbal, e o uso de palavras adequadas a cada ambiente. Em um texto técnico-científico o autor pode cometer vários erros, relativizando teorias que, por exemplo, não são aplicáveis ao corpus que ele está pesquisando.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Argumentando de forma errada, seja por raciocinar de maneira única, considerando-a correta, seja por raciocinar de forma equivocada, mesmo tendo em mãos dados reais. Dizer:

    Arranjos da música produzida nos dias de hoje é muito pouco trabalhado, desta forma, ser arranjador musical é inútil.

    Faz uma relação muito errada da segunda oração com a primeira, pois não pressupõe uma relativização, mas generaliza algo de maneira grosseira. Isso pode ser evitado. O fato de os arranjos serem pouco trabalhados não quer dizer que a profissão de arranjador é inútil.
    Outra questão que faz parte da coerência é verificar o paralelismo. Ao ler a sentença:

    Estudo direito porque um grande mercado de trabalho, muitas ramificações de atuação e porque meu pai sonha em me ver advogado.

    Mantém-se um paralelismo sintático, perceptível nos verbos em destaque, visto que eu estudo, há possibilidades e este verbo é retomado pela vírgula, e o meu pai, no caso, ele sonha.
    Sintaticamente a oração pode ser considerada correta, no entanto, no campo das ideias a oração peca, pois o último argumento "meu pai sonha em me ver advogado" Não consiste um argumento de validade no discurso.
    Outra breve explicação que motiva o estudo deste princípio textual. É relevante neste cenário perceber que um princípio depende do outro e o texto precisa de todos estes para que exista sem ruídos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Aceitabilidade e a intencionalidade

    São princípios de textualidade que dependem tanto do receptor, quanto do emissor; visto que emissor tem intenções, objetivos textuais em cada um de seus textos, falados, escritos ou gestuais e depende do receptor aceitar tais intenções ou não, de acordo com o que acredita, acerca de suas crenças e opiniões;
    Ao produzir um texto e ter o conhecimento do público a que ele é destinado, ou seja, pensar sobre o que, por quê, para quê e como o autor deve se manifestar, este tem uma grande chance de que seu texto, seja ele falado ou escrito, seja aceito.

    Situacionalidade

    É um princípio que depende tanto do momento em que o texto foi produzido como do momento em que este é lido. Pode-se entender este ponto quando imaginamos um texto que fale de caixeiros viajantes, profissão antiga, que pode causar estranheza nos dias de hoje, a menos que o leitor saiba do que se trata. No texto técnico é importantíssimo deixar clara a situação de produção, metodologias de pesquisas e análise, bem como a escolha de uma ou de outra teoria, visando sempre quem fará a leitura do trabalho.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Informatividade

    Depende do grau de informação real atrelada ao texto. Quem determina a importância do grau de informação é o leitor, pois ideologicamente o escritor já selecionou o que ele, escritor, percebe como mais importante. Em um texto técnico a informatividade reside no fato de a introdução, ou as considerações iniciais e o resumo serem bem objetivos, de forma que o leitor escolha ou não fazer a leitura do texto.
    Um título bem atribuído pode ajudar na escolha, bem como a disposição das cores e da arte atribuída ao livro ou periódico e, novamente voltam à questão da produção técnica, um trabalho caprichado, formatado adequadamente, limpo, sem muitos ícones que desviem o leitor de sua parte principal é considerado um trabalho de qualidade.

    Intertextualidade

    É um princípio de textualidade que vem sendo muito estudado nos dias de hoje, visto que consiste em um diálogo entre as informações apresentadas no texto, como outras informações já conhecidas pelos leitores; neste ponto há de se considerar que cada leitor tem suas próprias informações e consegue reagir de inúmeras formas com um texto, mediante sua história de vida, seus valores, enfim, sua ideologia.
    Todos os princípios de um texto são importantes para a sua estrutura. Não se pode elencar uma mais importante do que o outro; é preciso que saibamos que um destes princípios pode estar mais ou menos contido no que o qual o autor se propôs escrever.
    A busca pela articulação de um texto é o caminho para que este possua clareza, objetividade, eficácia, eficiência e, portanto, flua. Pois como já foi dito o principio de textualidade é o que torna o texto, realmente um texto.
    Para melhor fixação destas questões é importante que o leitor verifique o resumo sintetizado a seguir, pois alguns leitores conseguem visualizar melhor o conteúdo quando desmembrado de articulações lingüísticas.
    Para o entendimento tal técnica é extremamente válida, o que não podemos e escrever desta forma. Na escrita toda e qualquer articulação de um texto, deve ser preservada. Confira o resumo deste capítulo para melhor entendê-lo:

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

     

    Princípio

    Foco, especificações.

    1

    Coesão

    Estrutura sintática do texto, ou seja, gramaticalidade.

    2

    Coerência

    Estrutura semântica do texto, ou seja, a construção

    3

    Situacionalidade

    A situação em que o texto foi produzido junto à situação em que o texto foi lido, pois algumas vezes não há tal possibilidade, pois o texto retrata coisas que o leitor desconhece e, desta forma, fica sem sentido.

    4

    Informatividade

    A quantidade, valorização e veracidade das informações do texto.

    5

    Aceitabilidade

    Parte do leitor. Ë o leitor que aceita ou não o conteúdo do texto.

    6

    Intencionalidade

    Parte do emissor consiste nas intenções que este tem ao escrever.

    7

    Intertextualidade

    A relação que pode se estabelecer de um texto com outros textos.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://pvsitaperuna.blogspot.com.br/2012/04/tipos-textuais-exercicios.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/10/exercicios-de-coesao-textual.html

  • Autoavaliação

    Autoavaliação

    1. Assinale a opção que preenche, de forma coesa e coerente, as lacunas do texto abaixo:
    O fenômeno da globalização econômica ocasionou uma série ampla e complexa de mudanças sociais no nível interno e externo da sociedade, afetando, em especial, o poder regulador do Estado. _________________ a estonteante rapidez e abrangência _________ tais mudanças ocorrem, é preciso considerar que em qualquer sociedade, em todos os tempos, a mudança existiu como algo inerente ao sistema social.
    (Adaptado de texto da Revista do TCU, nº82)


    a. Não obstante – com que

    2. Marque a sequência que completa corretamente as lacunas para que o trecho a seguir seja coerente:
    A visão sistêmica exclui o diálogo, de resto necessário numa sociedade ________ forma de codificação das relações sociais encontrou no dinheiro uma linguagem universal. A validade dessa linguagem não precisa ser questionada, ________ o sistema funciona na base de imperativos automáticos que jamais foram objeto de discussão dos interessados.
    (Barbara Freytag, A Teoria Crítica Ontem e Hoje, pág. 61, com adaptações)


    c. cuja – já que

    Leia o texto a seguir e assinale a opção que dá seqüência com coerência e coesão:
    Em nossos dias, a ética ressurge e se revigora em muitas áreas da sociedade industrial e pós-industrial. Ela procura novos caminhos para os cidadãos e as organizações, encarando construtivamente as inúmeras modificações que são verificadas no quadro referencial de valores. A dignidade do indivíduo passa a aferir-se pela relação deste com seus semelhantes, muito em especial com as organizações de que participa e com a própria sociedade em que está inserido.
    (José de Ávila Aguiar Coimbra – Fronteiras da Ética, São Paulo, Editora SENAC, 2002).


    c. Não é de estranhar, pois, que tanto a administração pública quanto a iniciativa privada estejam ocupando-se de problemas éticos e suas respectivas soluções
  • Módulo 8: Tipos, objetivos e estratégias de leitura, gêneros textuais e objetivos

    Assim como acontece com os objetivos que devemos ter ao falar e escrever, acontece ao lermos alguma coisa.

    Para o leitor proficiente é muito comum, ao ler o título, imaginar o que vem a seguir, no entanto há perigos; muitos títulos são um resumo do texto e por este motivo o chamamos de orientadores, mas alguns são tão diferentes do esperado que chamamos de desorientadores.

    Será orientador quando for um resumo real do que foi lido, e desta forma facilitará seu entendimento; será desorientador se sua função for satirizar questionar ou "sair fora" do que o leitor imagina encontrar. Esta prática não está errada, porém é muito astuciosa e exige habilidades muito bem definidas para ser realizada.

    Ao estabelecermos objetivos de leitura de um texto, deparamo-nos com três tipologias diferentes relacionadas à leitura: a seletiva e informativa crítica e a interpretativa, cada uma destas exige do leitor habilidades muito distintas.

  • Tipos de Leituras

    TIPOS DE LEITURAS

    Leitura informativa seletiva

    Para realizar tal leitura, o leitor deve ter a habilidade de saber claramente o motivo porque está lendo determinado texto, para possivelmente realizar instruções provenientes dela ou ainda, verificar se as informações ali contidas interessam ou não aos seus objetivos.
    Quando lemos textos instrucionais, tais como manuais de eletro-eletrônicos, bulas de remédios ou receitas diversas, realizando a habilidade anteriormente citada, da mesma forma em que lemos o resumo de um artigo científico, ou a manchete de um jornal; pois nossas primeiras impressões quanto ao conteúdo farão com que sigamos ou não a leitura.

  • Tipos de Leituras

    Leitura informativa crítica

    Ao realizar uma leitura informativa crítica, o leitor já sabe se continua ou não a leitura, pois já realizou a seleção dos textos que irá consultar ou da receita que irá fazer, por exemplo.
    Para realizar tal escolha, o leitor deve ter a habilidade de sintetizar o que lhe é mais importante, ou o que lhe mais interessa e, com isso, continuar a sua leitura. Neste caso ainda o leitor, para saber o que lhe interessa e ter optado por tal escolha deve ter um conhecimento, ainda que pequeno, sobre o que está lendo para só então manifestar-se de forma crítica diante das informações lidas; ou seja, o leitor após ter selecionado o texto e ter se aprofundado nele tem capacidade de interação, aplicando seus conhecimentos sobre o mesmo tema. No caso da receita, o leitor pode interagir utilizando mudanças de ingredientes ou de quantidades, bem como no caso de uma produção científica, onde o leitor pode interagir junto a seus conhecimentos, preenchendo suas lacunas quanto à falta de conteúdo da sua mensagem, ou simplesmente reforçando-a.

    Leitura interpretativa

    Para a realização deste tipo de leitura, o leitor deve já ter feito sua seleção, deve também já ter dialogado com o texto, levando em consideração seus conhecimentos de mundo e o próximo passo é ler o que não está efetivamente dito por palavras, mas por intenções.
    Sabemos que todo o texto é uma resposta a outro texto, e que ninguém que escreve ou fala espera não ser ouvido. Sabemos também, que o texto possui componentes ideacionais, os quais já estudamos e, por este motivo o bom leitor sabe que não está diante de um aglomerado de palavras, mas de um todo de ideias, e para desvendá-las parte de muitas observações, tais como: saber onde foi publicado, quem é o autor, a questão histórica do momento, dentre outros itens.

  • Níveis de Leitura

    Níveis de leitura

    Embora devamos ter objetivos muito claros ao realizar qualquer tipo de leitura, sejam as leituras informativas ou interpretativas, devemos saber que interiormente obedecemos a passos a serem seguidos para que realmente consigamos interagir com o texto que estamos lendo.
    Gradualmente, ao ativarmos nossa capacidade de leitura, deveríamos ter as seguintes habilidades: intelecção, compreensão, interpretação e extrapolação.
    A intelecção é a capacidade que o leitor tem em decodificar as letras, formar palavras e frases; constitui o nível mais superficial da leitura e é o nível em que conseguimos ler e decodificar, mas também é onde o entendimento ainda fica a desejar.
    A compreensão constitui um nível de maior aprofundamento das ideias de um texto e consiste em o leitor reproduzir o que leu com as suas palavras, sem omitir ou inserir informações, ou seja, parafrasear.
    A interpretação é um nível ainda mais profundo que a compreensão, pois aqui o leitor além de decodificar e compreender, consegue perceber a ideologia do texto, ou seja, lê nas entrelinhas.
    A extrapolação é o nível mais profundo de entendimento de um texto, porque consiste em decodificar, compreender, perceber o que não está escrito, mas está dito e finalmente dialogar com as informações ali contidas.
    A extrapolação consiste primeiramente em interagir com o texto e deve ser feita sempre pensando realmente nas leituras autorizadas pelo autor e nas referências textuais contidas no texto. Não devemos extrapolar de forma negativa, levando em consideração qualquer tipo de informação. Devemos em primeiro lugar, ter o bom senso na hora da análise de um texto.

  • Níveis de Leitura

    ESTRATÉGIAS DE LEITURAS

    Estratégias para entender o texto

    Nem sempre é fácil compreender um texto de forma eficaz. Para isto, podemos estabelecer alguns itens que ajudarão na hora de ter uma ideia geral do texto que estamos lendo, que é a técnica de sublinhar e a técnica de esquematizar.
    Não há uma regra específica e exata de como se realizar tais técnicas, cabe o bom senso do leitor e a seleção de informações realmente importantes aos seus objetivos. Sublinhar

    É uma técnica muito eficaz e consiste em destacar tudo o que realmente importa em um texto, pois como sabemos, cada parágrafo de um texto deve ter uma ideia principal e é exatamente aí que queremos chegar.

  • Níveis de Leitura

    Usar esta técnica é muito eficaz na leitura dos enunciados de provas, por exemplo, pois lendo atentamente uma vez e sublinhando as ações solicitadas pelo examinador, temos maior chance de acertar a questão, vejamos:

    Enunciado:
    A comunicação humana acontece mediante ao uso de dois movimentos
    Opções de resposta:
    a.(   ) Fala e audição.
    b.( X ) Codificação e decodificação.
    c.(    ) Conversação e codificação.
    d.(    ) Codificação e audição.
    e.(    ) Codificação e orientação.

    Ao sublinhar os itens mais importantes da questão, esta se torna muito mais clara, pois compreendemos o seu objetivo, e entendemos o que a questão, em exemplo, solicita: "que saibamos os dois movimentos da comunicação humana".
    No caso de um fragmento de texto, a técnica de sublinhar acontece de forma semelhante:
    (...) Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um Clube do Bolinha, em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras¹ .

    ¹ Disponível em: http://www.kanitz.com/veja/mulheres.asp
  • Níveis de Leitura

    Percebemos que ao ler rapidamente o texto e sublinhar as informações mais importantes verificamos que, na visão do administrador do texto apenas 5 mulheres são presidentes em grandes empresas no Brasil.
    Com esta técnica temos em relevo a ideia principal de um texto, ou de um parágrafo apenas.
    Esquematizar

    Outra técnica muito eficaz é a de esquematizar os textos, no entanto não é tão simples, visto que pressupõe a utilização da técnica de sublinhar, a qual já foi anteriormente utilizada, pois para esquematizar é necessário ter os pontos importantes do texto bem claros em mente.

  • Níveis de Leitura

    Administração feminina
    Steven Kanitz

    Poucas mulheres comandam as 500 maiores empresas brasileiras ou mundiais. A diretoria das grandes companhias é em geral um "Clube do Bolinha", em que mulheres não entram. Da última vez que contei, não passavam de cinco as mulheres presidentes das 500 maiores empresas brasileiras.
    "Mulher não sabe administrar", disse-me o dono de um conglomerado brasileiro, cujas filhas ficavam em casa e os filhos e genros ajudavam o papai a tocar o negócio. 'Administração é coisa para homem', afirmou outro empresário. De fato, muito da teoria e modo de pensar em administração vem de uma forma masculina de ver o mundo: agressivo, calculista, sem escrúpulos. E muitos dos termos usados nesse meio têm origem claramente militar: 'companhia', 'divisão', 'campanha' publicitária, 'guerra' de preços, 'aniquilar' a concorrência, 'conquistar' mercados, e assim por diante.
    A administração teve um avanço depois da II Guerra Mundial, quando várias técnicas desenvolvidas na época, como logística, pesquisa operacional, disciplina regimental foram usadas com grande sucesso nas primeiras multinacionais, necessitadas de que ordens fossem obedecidas a 15.000 quilômetros de distância da sede.
    Nesta cultura militar e masculina, não é de estranhar que mulheres não se sentissem à vontade e desistissem da carreira nas grandes empresas. As poucas mulheres que galgam os altos escalões das 500 maiores, com todo o respeito que elas merecem, o fazem dançando a música dos homens. A contragosto, precisam dar uns socos na mesa de vez em quando e soltar alguns palavrões por aí. Sendo franca minoria, as mulheres nunca conseguem impor sua forma própria, um estilo feminino de administração.

  • Níveis de Leitura

    Conheço todas as 500 maiores empresas brasileiras, as quais analisei durante 25 anos, e de cinco anos para cá comecei a estudar as 400 maiores entidades beneficentes deste país, uma pesquisa que realizo todo ano, e que encontra-se disponível na internet no endereço www.filantropia.org.
    Para a minha grande surpresa notei um novo estilo de administrar. Diferente, mais eficiente, mais competente e mais dinâmico do que aquele visto nas empresas 'masculinas'. Aliás, não deveria ser surpresa, porque as entidades brasileiras sempre viveram com orçamentos apertados, nunca tiveram gordura para cortar. O estoque de uma fábrica fica parado por meses sem precisar de supervisão. Tente fazer o mesmo com 359 crianças de uma creche, por um minuto. Administrar creches, hospitais ou meninos de rua seria um treinamento excelente para os futuros administradores do país.
    As 400 maiores entidades nacionais beneficentes são muito mais bem administradas do que a maioria das empresas brasileiras, por mais absurda que possa parecer esta minha observação. Existem várias razões para esse desempenho superior das entidades beneficentes. Clareza de propósito, ética, motivação dos funcionários, satisfação pessoal com os resultados. Mas a principal razão para mim é bem clara: a grande maioria, se não a totalidade das 400 maiores entidades, é administrada por mulheres.

    Não podemos dizer que este esquema é o único possível, mas podemos entendê-lo como uma possibilidade viável, visto conter todos os itens importantes do texto, e de forma organizada.
    Para que estas duas técnicas de leitura não fiquem jogadas de lado é importante que nunca deixemos de praticá-las, por este motivo, treinar é sempre um aprendizado, além de ajudar muito na interpretação de textos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Tipos de Textos

    Produzir um texto não é algo simples, pois requer habilidades linguísticas e de conhecimento estrutural, já que cada texto tem um objetivo, um propósito. Quanto aos tipos de texto que conhecemos apontamos três: a narração, a descrição e a dissertação, sendo esta última, nosso principal foco de estudo, pois no ambiente de trabalho o mundo corporativo é, dentre esses, o tipo de texto mais usado.
    Diante desta pequena exposição relembremos as três tipologias.

    Narração
    Um texto narrativo é um texto que apresenta uma seqüência de fatos ou de acontecimentos em determinado período de tempo e em um espaço específicos.
    Além disso, uma narrativa compreende a existência de personagens e, principalmente de quem conta a história, o qual pode estar na perspectiva de primeira ou de terceira pessoas.

    EXEMPLO: Maria era uma menina estudiosa e vivia na casa se sua madrinha, pois sua mãe estava trabalhando em um navio e não tinha como fiar com ela

    Uma característica da narrativa é o momento do seu clímax, pois a história começa de uma forma, passa por momentos de tensão, atinge seu clímax, que é o ponto onde os "problemas" terão ou não suas soluções, seguidos do final, que consiste na volta da normalização das ações vividas pelas personagens. O tempo verbal da narrativa é o seu ponto forte e, geralmente, consiste nos pretéritos e no presente.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Descrição

    A descrição marca um texto que apresenta uma sequência de aspectos, sejam qualidades ou defeitos, sejam reais ou imaginárias. Fundamentalmente, a descrição apresenta um grande número de adjetivos e permeia muitas das vezes nos textos narrativos e dissertativos, dificilmente a encontraremos com tipologia única de um texto.
    O texto, conforme já foi explicado, de maior valor neste momento para nós é o texto dissertativo, que compreende a utilização de uma sequência de ideias e opiniões a respeito de um determinado assunto, ou seja, há um tema e a partir dele, poderão interagir outros textos com outras ideias e o autor poderá ou não tomar parte disto tudo.

    EXEMPLO: neste momento as pessoas trajam ternos, gravatas e vestidos longos, todos em tons claros para se adequarem ao evento ao ar livre.

    Dissertação expositiva

    A dissertação expositiva consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mas sem a apresentação do ponto de vista do autor.
    A dissertação expositiva serve para o leitor como um texto de análise, pois é o leitor que lhe atribuirá valores, não o escritor, visto sua função ser apenas apresentar ao leitor os dados colhidos.

  • TIPOS DE TEXTOS

    Dissertação argumentativa

    A dissertação argumentativa consiste basicamente em:
    1. Delimitar o tema.
    2. Levantar idéias.
    3. Realizar um plano de escrita.
    4. Desenvolver a introdução, em que o tema é apresentado.
    5. Desenvolver o conteúdo do texto, onde são mostradas ideias contra ou a favor da tese apresentada.
    6. Realizar uma argumentação perante os fatos, e ainda selecionar a argumentação de outrem para realizar uma contra-argumentação, que pode ser positiva ou negativa.
    7. Desenvolver a conclusão, realizando um fechamento de tudo o que foi escrito, mediante a consolidação do ponto de vista do autor.
    Ao contrário da dissertação expositiva, a qual serve para o leitor como um texto de análise e é este que tira suas conclusões, a dissertação argumentativa apresenta a opinião positiva ou negativa de quem escreve, em forma de argumentação ou contra- argumentação.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Inicialmente é importante lembrar que o princípio de textualidade é a condição inicial para que um emaranhado de palavras soltas e sem sentido seja considerado um texto. Para tanto, convém retomar os mais importantes:

    Coesão

    Anda junto da coerência, mas preocupa-se com a forma como as estruturas gramaticais dão sentido ao texto. Pode-se de dizer que, a grosso modo, a coesão é mais voltada à gramática do que à semântica.
    Um texto coeso possui palavras bem escolhidas, para evitar a ambiguidade, bem como pontuação, pronomes e conjunções específicas para transmitir de forma clara a mensagem:

    Em: Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos.

    Pode parecer que a frase está incorreta? Mas não está, pois bastante é um advérbio de intensidade que se flexiona em número e o pronome este se refere anaforicamente, apenas aos salgados.
    Tais informações somente fazem sentido se conhecemos as propriedades coesivas.
    Ao usar, por exemplo, esses, ao invés de estes, a referencia acontece tanto para doces quanto para salgados:

    Comi bastantes doces e salgados. Esses estavam deliciosos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Quando o pronome se refere ao que vem antes dele, ou seja, anaforicamente, ao usarmos o par este e aquele, o faríamos pela proximidade ou pela distância do pronome em relação ao que pretende comunicar, conforme se vê em:

    Comi bastantes doces e salgados. Estes estavam deliciosos, aqueles, mal decorados.

    Diante destes rápidos apontamentos fica muito clara a importância do estudo e o cuidado com a manutenção da coesão de um texto.

    Coerência

    É a parte que dá sentido ao texto, fazendo com que este, aproxime-se das expectativas do leitor. Para que um texto seja coerente é preciso que utilize a norma culta da linguagem, não contenha falácias, que são raciocínios errados ou mentirosos e, ainda que tenha paralelismos, tanto de ideias quanto de estrutura, preocupando-se com a correlação verbal, e o uso de palavras adequadas a cada ambiente. Em um texto técnico-científico o autor pode cometer vários erros, relativizando teorias que, por exemplo, não são aplicáveis ao corpus que ele está pesquisando.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Argumentando de forma errada, seja por raciocinar de maneira única, considerando-a correta, seja por raciocinar de forma equivocada, mesmo tendo em mãos dados reais. Dizer:

    Arranjos da música produzida nos dias de hoje é muito pouco trabalhado, desta forma, ser arranjador musical é inútil.

    Faz uma relação muito errada da segunda oração com a primeira, pois não pressupõe uma relativização, mas generaliza algo de maneira grosseira. Isso pode ser evitado. O fato de os arranjos serem pouco trabalhados não quer dizer que a profissão de arranjador é inútil.
    Outra questão que faz parte da coerência é verificar o paralelismo. Ao ler a sentença:

    Estudo direito porque um grande mercado de trabalho, muitas ramificações de atuação e porque meu pai sonha em me ver advogado.

    Mantém-se um paralelismo sintático, perceptível nos verbos em destaque, visto que eu estudo, há possibilidades e este verbo é retomado pela vírgula, e o meu pai, no caso, ele sonha.
    Sintaticamente a oração pode ser considerada correta, no entanto, no campo das ideias a oração peca, pois o último argumento "meu pai sonha em me ver advogado" Não consiste um argumento de validade no discurso.
    Outra breve explicação que motiva o estudo deste princípio textual. É relevante neste cenário perceber que um princípio depende do outro e o texto precisa de todos estes para que exista sem ruídos.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Aceitabilidade e a intencionalidade

    São princípios de textualidade que dependem tanto do receptor, quanto do emissor; visto que emissor tem intenções, objetivos textuais em cada um de seus textos, falados, escritos ou gestuais e depende do receptor aceitar tais intenções ou não, de acordo com o que acredita, acerca de suas crenças e opiniões;
    Ao produzir um texto e ter o conhecimento do público a que ele é destinado, ou seja, pensar sobre o que, por quê, para quê e como o autor deve se manifestar, este tem uma grande chance de que seu texto, seja ele falado ou escrito, seja aceito.

    Situacionalidade

    É um princípio que depende tanto do momento em que o texto foi produzido como do momento em que este é lido. Pode-se entender este ponto quando imaginamos um texto que fale de caixeiros viajantes, profissão antiga, que pode causar estranheza nos dias de hoje, a menos que o leitor saiba do que se trata. No texto técnico é importantíssimo deixar clara a situação de produção, metodologias de pesquisas e análise, bem como a escolha de uma ou de outra teoria, visando sempre quem fará a leitura do trabalho.

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

    Informatividade

    Depende do grau de informação real atrelada ao texto. Quem determina a importância do grau de informação é o leitor, pois ideologicamente o escritor já selecionou o que ele, escritor, percebe como mais importante. Em um texto técnico a informatividade reside no fato de a introdução, ou as considerações iniciais e o resumo serem bem objetivos, de forma que o leitor escolha ou não fazer a leitura do texto.
    Um título bem atribuído pode ajudar na escolha, bem como a disposição das cores e da arte atribuída ao livro ou periódico e, novamente voltam à questão da produção técnica, um trabalho caprichado, formatado adequadamente, limpo, sem muitos ícones que desviem o leitor de sua parte principal é considerado um trabalho de qualidade.

    Intertextualidade

    É um princípio de textualidade que vem sendo muito estudado nos dias de hoje, visto que consiste em um diálogo entre as informações apresentadas no texto, como outras informações já conhecidas pelos leitores; neste ponto há de se considerar que cada leitor tem suas próprias informações e consegue reagir de inúmeras formas com um texto, mediante sua história de vida, seus valores, enfim, sua ideologia.
    Todos os princípios de um texto são importantes para a sua estrutura. Não se pode elencar uma mais importante do que o outro; é preciso que saibamos que um destes princípios pode estar mais ou menos contido no que o qual o autor se propôs escrever.
    A busca pela articulação de um texto é o caminho para que este possua clareza, objetividade, eficácia, eficiência e, portanto, flua. Pois como já foi dito o principio de textualidade é o que torna o texto, realmente um texto.
    Para melhor fixação destas questões é importante que o leitor verifique o resumo sintetizado a seguir, pois alguns leitores conseguem visualizar melhor o conteúdo quando desmembrado de articulações lingüísticas.
    Para o entendimento tal técnica é extremamente válida, o que não podemos e escrever desta forma. Na escrita toda e qualquer articulação de um texto, deve ser preservada. Confira o resumo deste capítulo para melhor entendê-lo:

  • PRINCÍPIOS DE TEXTUALIDADE

     

    Princípio

    Foco, especificações.

    1

    Coesão

    Estrutura sintática do texto, ou seja, gramaticalidade.

    2

    Coerência

    Estrutura semântica do texto, ou seja, a construção

    3

    Situacionalidade

    A situação em que o texto foi produzido junto à situação em que o texto foi lido, pois algumas vezes não há tal possibilidade, pois o texto retrata coisas que o leitor desconhece e, desta forma, fica sem sentido.

    4

    Informatividade

    A quantidade, valorização e veracidade das informações do texto.

    5

    Aceitabilidade

    Parte do leitor. Ë o leitor que aceita ou não o conteúdo do texto.

    6

    Intencionalidade

    Parte do emissor consiste nas intenções que este tem ao escrever.

    7

    Intertextualidade

    A relação que pode se estabelecer de um texto com outros textos.

  • DICAS IMPORTANTES

    Fique esperto:

    Na dúvida, consulte sempre uma gramática.
    Uma sugestão é: www.gramaticaonline.com.br

    BIBLIOGRAFIA:
    BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 37ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.
    CUNHA, Celso; CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 2ed. 26º. Impressão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. 1985.
    LIMA, Danielle Guglieri. Bases da Comunicação Empresarial. Da linguística à gramática. Porto Alegre: Alcance, 2009.
    NICOLA, José; INFANTE, Ulisses. Gramática Contemporânea da Língua Portuguesa. 13ed. São Paulo: Scipione, 1994.
    http://pvsitaperuna.blogspot.com.br/2012/04/tipos-textuais-exercicios.html
    http://www.portuguesconcurso.com/2009/10/exercicios-de-coesao-textual.html


Termos de Uso

Cursos Online - ESAGS - Escola Superior de Administração e Gestão